terça-feira, 20 de outubro de 2020

Have I told you how much I love having you with me?

Or how beautiful is the rain when it touches the sea?

Could it perhaps be compared to a violent eruption?

Maybe beauty is but a mere caption...

Does it matter where our eyes have been?

When the beauty is somewhere to be seen...

Or could one really contemplate true affection,

Without even considering one's direction?

Problems and questions of this mind of mine,

But they never get too far, or last long.

My eyes are staring into the love's abyss and they're fine,

Maybe because my heart is humming your song...

Now that the rhythm is up and the pace is set,

Let me tell you some things before I forget...

I'm a true lover of life and sympathy,

But you know you'll be spending your life with me.

Love for us will always continue to fall like the Niagara.

And baby I promise you don't need mascara.

Like the eruption I spoke above,

Our bodies together personify Love.

So let me be real close to you,

So I can whisper these words true...

Love me like I love you forever...

And we will never sever.





Sopras com terrível força,

Quebrando galhos e troncos...

Tão forte que parte a louça.

Quando entram pela janela soltos,

Esses troncos...


Parece que anuncias o fim,

Mas parece tão confortável...

Que não deve ser para mim,

Presumo que não seria tão amável...

Esse fim...


Depois de ter tratado dos imprevistos,

Deleito-me com a tua chegada...

Aguço e desperto os meus sentidos,

E acorda esta alma desejada...


Que o bater das gotas,

Seja o prelúdio de vida a chegar...

Assim como notas soltas,

Todas juntas uma música vão formar...

As plantas regojizam-se com esse alimento,

E eu amo ver a vida acontecer...

Assim vou aproveitar este momento,

E deixar a chuva sobre mim escorrer.

Pois como uma planta, eu não sou mais!

Desejo a água sobre mim também assim...

Que estas raízes fiquem sempre iguais,

Que nunca conheça esse fim!


domingo, 9 de agosto de 2020

Texto do desabafo... da discórdia matinal e mental... da frustação das expectativas...

De todas as coisas que tenho feito,
Não criei nada que fique para depois da minha existência...
Existem essas pressões na sociedade em que não me insiro.
Mas procuro passar esta breve passagem da vida despreocupado,
Livre para te conhecer, para me descobrir... para não viver em função de...
Sei que por causa disto não estou a viver um grande amor...
Para ser sincero, posso não estar a viver amor nenhum.
Cada vez mais aprecio as coisas calmas da vida e as que se desenrolam ao meu ritmo e vontade...
Como num ritmo de samba relaxado, danço pelas gotas da chuva...
Olho para a terra em busca de alimento e é nela que me alegro,
Com as suas dádivas e oferendas, com as suas comunicações discretas e secretas.
Os desejos aparecem sorrateiros nos meus sonhos...
De fininho infiltram-se nos planos individuais alterando-os com pequenas nuances...
O sol vai-se passeando pelo verão inconsequente.
A chuva ficou no horizonte e não quis vir à festa...
Sinto-me pequeno quando contemplo a tua verdade...
Como se estivesse a andar descalço num riacho,
A tentar ser uno com o que me rodeia.
Cada vez mais aprecio o que me dás e tento aprender o máximo que possa...
Sei que tudo é efémero e frugal quando falo de coisas que outros comprendem...
Sei que as perguntas que faço a mim, não são as mesmas que fazem.
A introspecção a que me submeto não é procurada por muitas pessoas...
O conhecimento que tento retirar da vida é algo que não é linear ou simples.
Pois quando se procuram lições perdemos o foco da aprendizagem,
Quando queremos ligar o botão de aceitar e comprender o que nos é dado...
Aí sim, somos nós que escolhemos aprender e é aí que se faz um salto evolutivo...
Mas as pessoas procuram o facilitismo e uma chamada por nome para saber que é a partir de agora...
Quando não existe qualquer altura para aprender e evoluir... sem ser agora!
Mas sempre agora... não daqui a meia hora... é um estado de espírito querer aprender e viver...
Algumas pessoas dizem que gostariam de ter a minha perspectiva de olhar para a vida,
A forma leve e despreocupada como encaro o que se me apresenta é algo que suscita curiosidade...
Como se fosse um ensinamento, como se alguma vez eu pudesse guiar alguém a bom porto...
A forma como encaro a vida é algo que não consigo colocar em palavras...
Conseguirei desde o momento em que não comecem a tentar refutar as minhas contradições...
Problemas sem resposta que me levaram a outras perspectivas e vontades.
E com as mãos a passear nas searas e com o sol na cara sorrio...
Sorrio não porque caminho na tua direcção,
Mas sim porque me sinto confiante e com vontade de encontrar tudo o que coloques no meu caminho...
Não caminho com receio...
Sou quem sou e não tenho qualquer réstia de dúvida que terei de me aturar a mim próprio.
Por isso não procuro o brilho do meu olhar no teu...
Não vejo nada como inquestionável ou eterno.
As interacções que mantenho são apenas as que me fazem sorrir...
As pessoas que procuro são apenas aquelas que não cobram...
Os desejos alheios já nada têm a ver comigo e para além de não me sentir responsável por eles...
Nada me custa não entrar em barcos que não seguem o meu destino...
Add caption

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Devagar a cortina sobe...
O palco ainda com restos da última cena...
Está tudo menos pronto para a próxima.
Mas o tempo não pára,
Os ritmos dos corações estão acelerados...
O som dos passos amontoa-se cada vez mais perto,
Enquanto fecho os olhos e me tento concentrar.
Enquanto o teu rosto é projectado em mim,
E todas as tuas imperfeições se tornam em beleza...
As poses que treinámos para esta subida de pano,
Ficam em nós com os pés nos sítios marcados...
A respiração ofegante quase que chama por ti.
O teu olhar naquele instante e o esgar desse lábio matreiro,
Fazem-me sorrir por dentro...
Tu chegarias para me fazer feliz penso!
E sei que se o mundo acabasse amanhã,
Serias tu que queria para me agarrar a mão...
Mas o amor é como tudo o resto na vida,
Quando pensas que o apanhaste ou que ficaste com um para a vida,
Descobres que nada é eterno...
Que até essa sensação que te faz sentir poderoso,
Compreendido e amado...
Pode acabar com a mesma facilidade que chover em Abril...

terça-feira, 7 de julho de 2020

When the night comes in,
Bringing your quietness and harmony...
I find myself in peace,
Holding you in my arms.
Stroking your hair with my fingers,
As if I'm pushing the clouds away,
In order to stare at my sun, my light...
Everything else is pushed back when you smile,
Time bows to such energy and might...
And happiness is part of me when I'm with you.
The distance doesn't diminish the image,
It burned bright in my mind and will be kept there for a while.
The image is one of us together in a distant future...
Walking on the sand following smaller footprints,
With occasional runs and splashes of water...
But like magnets almost pulled into each other after being apart...
With such strength and might that not even God could pull them apart.

The depth of your stare,
The scars on your skin...
The taste of your lips,
The smell of your hair,
The touch that makes me shake,
The kiss that makes me shiver...
Waking up to watch you,
Is like contemplating the moon...
Even knowing the star map,
There's always something new in that beautiful face of yours...
A new freckle... the perfect imperfection that makes you... you!
Makes me fall in love with you all over again..
Every day!


These like minded spirits create a reaction in people around them,
Where the pull of the good energy is far greater than any other.
So people have a natural tendency to cluster up to them,
To ride that amazing energy and to take as much lessons as possible,
For this might be the road to happiness,
To personal discovery and enlightenment...


domingo, 5 de julho de 2020

Marshall LAW :-D

There's so much to say...
From the time you were here.
I wish you could stay,
Could I be more honest and sincere?
Now you hike in beautiful hills,
And the skies are reflected in your eyes...
Wish I had kiss you to know how it feels,
Your tender lips are romance is disguise.
There's no doubt in my heart...
I knew you had lit this fire,
Even though now that we are apart...
I am now balancing in this wire...
This hole that was left in my chest,
Could it have been a bit smaller?
With these butterflies and the lack of rest,
I just feel I need to go and get her!!!

terça-feira, 30 de junho de 2020

Love and hate, solitude and companionship... Drifting with the currents I'm lost in you... Will it ever come true?

So time keeps clumping on into lumps of people
Getting divided by different phases in your life...
By all the awkward desires one has on solitude,
And in the not knowing what to do with ourselves.
My hollow love keeps changing it's insights,
My life's desire is something ephemeral and timeless,
According to the amount of love I get from life.
I wake up sad in some days,
Remembering what could have been done before...
But the reasons in my head that make me get up...
Tell me tomorrow and today are all but at my doorstep,
What I do with them is my own consequence.
The laughter is confused with the ignorance,
The sweetness mistaken for weakness...
And all those little actions I strive to achieve to draw that smile,
Are taken into a little bucket where the garbage goes after dinner...
The distance grows...
Again I feel the pull of the wild.
Again I question all this crazy society that surrounds us...
All these expectations and secretive agendas,
They take away the will to smile and love,
They dilute our emotions and actions and refrain creativity and trust...

This puddle of emotions is something I haven't found the bottom still,
It's a constant struggle to fall all the way down...
To really reach the depths of my soul, to grasp the real intention of my heart...
Sometimes I feel I'm supposed to be alone in time,
So I can sink in all the other necessities other ask of me,
But wouldn't that defy the whole purpose of living in society or close to it...?

Being alone sucks!
Sometimes, I'm lucky enough to find magic in someone else's eyes...
Sometimes... I'm not...
But the worst thing is I have that anytime I want...
But I don't have it from you!
And your eyes where shooting out stars in my direction...
Maybe it wasn't as much me as it was you... but that magic that you shoot from your eyes got me good...
The image I have in the back of my skull is one of yourself just looking at me in the swimming pool...
Staring into my abyss and smiling as if you're understanding the depths of the secrets, the famous skeletons no one knows...
And I welcome your magic into my abyss...
And I'll have your love into my happiness...
Your love is my happiness and freedom...
 

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Like a jigsaw I assemble the fuzzy images in my head,
They hide a message deep deep inside...
They say I don't want to be whole again,
But I refuse these thoughts of dark ends...
Although I make myself this way...
Every day!
She was my queen...
She was my darling...
I was her everything...
To a point of time...
To a place of crime,
Where my soul had died...
And love was forever cast to be someone else's...
But mine...
Happiness is captive in the past,
And thoughts of the future look stormy.
I am in a constant struggle with myself,
Looking for a better me,
But looking forward to meet you in the prelude of the end...
It's getting to hard to believe things will get better,
When this vessel sails into the waves hopeless,
When the crew has been dragged across the seven oceans for foal's gold...
And came back with nothing but sand in their chests,
And blood in their tears.
Still... So still... my heart lies afraid of beating to hard...
Hard, but so hard is this rock that I call heart that I fight any flame that might spark it once again.
I am in fright, when nothing more lies for me but the solitude of my soul,
When life's sweet surprises keep eluding my grasp,
Why am I here? Seeking for a purpose in all the wrong places...
Should I be better at loving? Or showing how much I care?
Should I be someone else? Was I not there?
Nothing comes close...
Like the first time I bathed in your waters,
Like the first time you said you wanted to grow old with me...












If there is oh so many things to put us down...
Let's keep in mind some things are there to keep us up and alive.
To keep making us get out of bed and pulling up the sheets...
To make us smile...

This is to you...
Who make me smile! :-D

Thank you!
Sometimes You are more than enough to bright the whole year... sometimes, not
Well I can see you're giving up...
Laying the towel on the floor,
And packing your bags close to the door...
As the bed is scarce of space from the presents I gave you.
The tears which roll down my face,
Say nothing of what I want to,
Mean nothing but the hole in my chest...
And the total despair of the lack of love...
Finally realizing the solitude of oneself.
Bring me to contemplate how the clouds fast arrive,
How the world just turned dark and gloomy...
How the bottle became the confident,
And life has no more thrills for me...
Darkness does no longer scare me,
And loneliness is the destination,
Because I could never believe love again..
Because love is the first flaw to show us...
We're humans!

But your eyes are still engraved in my eye lids,
Every time I close my eyes, you're all I see!
Darkness brings your smell in a soft breeze...
And I still crave your touch, your breath,
Our intimacy... made me feel alive,
Now life has been taken away from me...
Like a bone without purpose I am lost in the dirt...
My heart is growing heavy and heavy...
As if it doesn't belong in this chest anymore...
Maybe you'll find me in a sky one night...
Hanging from a star just to watch the moon on your face...
While playing this old love song in someone else's arms...
I will watch over you in my sleep, my dreams...
In that alternate reality where we would never be apart,
Where I would be complete... and immortal. 

domingo, 28 de junho de 2020

Repeat Mode......

Sarah Marshall - Forgetting Sarah Marshall - Impossible!

How the light is captive,
In the blue of your eyes...
And time stands still when you dance...
Amazed and in aw I am lost of words.
I am in deep contemplation of your energy,
Of the way the breeze gently strokes your hair,
And the way you look at me...

My hair stands up all along the spine,
As you bite your lip teasing me...
I can feel the sweetness of your skin,
Even before touching you...
Even before coming close to you...
The firecrackers are in the air,
Butterflies in my stomach...

And the realization that that too shall pass...
That time is a hard teacher,
And life a series of events where only you can control...
Your own course of action.

quarta-feira, 24 de junho de 2020


Repeat Mode





Love IT!!!!
As the piano keys slowly sing,
The light comes in through a small crack...
The smoke of your cigarette drifts away,
My skin craves for your touch,
How I wish the fire you have,
Would just take me down...
And embrace me until I was no more.

Struck in awe,
I could look nowhere else...
Your eyes had touched something deep...
Something that has been hiding itself from me,
To a point I thought I didn't have it anymore.
These foundations trembled,
My world of certainty and sureness...
Is no more!
Now...
To learn all over again,
To find my truth in here...
I am not alone in this path,
But it is mine to know the way...
As I take deep breaths and contemplate,
The deepness of your soul,
The loving you have for strangers...
The purity of your energy...
Makes me lost in time and space,
As if I was 16 again...
With jumping butterflies out of my chest....
Muscle cramps in my tummy,
And this huge desire to unite my lips to yours...

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Quase tremia quando antecipava...
E o sabor dos teus lábios chegou antes de ti.
O brilho que trazias nos olhos...
Abriu a porta...
E antes de sair uma palavra da tua boca,
Os corpos embateram...
É algo que não precisa ser explicado.
Sentido será a única perspectiva,
Que poderá aceitar esta forma de entropia...
Quiseste o teu nome nas paredes,
A tua música que mais ninguém podia ouvir...
Tiveste mais que tudo isso...
E foste-te embora...
Ficou o sabor ainda nos lábios,
A sensação de que algo não chegou...
De que ficou algo por dizer...
E eu...
Também aqui fiquei...
Onde cada vez mais estou melhor...
Sozinho...

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Veio pelo silêncio frio da noite, sob uma lua calma,
Teve salpicos em suas raízes das minhas lágrimas...
As estrelas como confidentes e o mar sob os nossos pés...
Olhámos para a profundeza do que pensávamos que era o TU.
Um no outro.
E sorrimos...
Sorrimos porque ao pensarmos que nos aceitávamos,
Aceitámos o nosso reflexo nos olhos do que o EU quer ser...
Achando que era por este caminho que o criarias.
Unimos as almas convictos de que seria este o caminho,
Caminhámos escondendo os dissabores em mãos dadas forçadas...
Porque julgámos que o caminho era conjunto...
Porque sentimos que o amparo que nos era dado na altura...
Era o que precisaríamos para o resto das nossas vidas,
Mas a vida é longa e o tempo é cruel...
As emoções são como as correntes do mar...
A forma como as interpretamos é que pode variar...
Pois elas correm sempre da mesma forma nas profundezas,
Mas variam à superfície...
Se nos entretivermos a olhar para o horizonte,
Podemos nos deixar marear com estas correntes,
E menosprezar as verdadeiras correntes que somos...
Qunado submersos... somos uno...
Não há mais ninguém...
Não é suposto...
Quando imersos em nós próprios...
Somos verdadeiros...
Somos energia confiante e inabalável que estremece o chão.
Somos quem é suposto sermos.
O crescimento é algo que não é fácil...
Maior parte das coisas que não são fáceis são as que mais recordamos...
A confrontação com esta minha perspectiva de olhar a realidade...
Não é fácil!
Retira muito do miolo do que pode acontecer de significativo na minha vida,
Sem dúvida que retira a eternidade da equação...
Minimizando ainda a componente amorosa e de amizades.
Cada vez mais a aceitação que tudo é efémero...
Relações, amor, dor, saudade...
Consome-me...
Tudo é relativizado à sensação de solidão...
O medo está sempre presente e não sei porquê ainda condiciona...
Ainda me permito sonhar com a altura em que vou ignorar tudo em que acredito...
Por amor!
Mas já não o desejo!
Já procuro esconder-me de relações com as quais possa depois deixar marcas...
Mesmo que boas...
Tenho sensações contraditórias neste campo e nem sei bem onde piso...
Talvez assunto para outra altura.....


 
Devagar o quadro toma forma,
Os contrastes definem os contornos...
Os contornos estendem a imagem,
Onde os raios de luz se revelam,
Brilhando sobre as searas e as nuvens...
A tinta que não secou ainda,
Permite-se como nós,
A alterações de última hora...
O amor pelo pincél é óbvio,
Na gota demorada que se prolonga...
Antes de se aceitar na tela anseando contacto.
Perco-me na imagem...
Nos pontos de cinzento que preciso nas nuvens,
E no branco que recrio no azul para a água tomar forma.
Como gostaria que a vida fosse assim...
Calma...
O lilás que acidentalmente apareceu,
Vai ser usado para te fazer uma borboleta...
Quase que te vai aterrar na mão,
Enquanto a olhas em espanto...
Como queria que não crescesses!
É essa a beleza da imortalização de uma imagem...
Podemos revivê-la vezes sem fim,
Num caminho claro até ela com a imagem como farol.
O caminho deste quadro...
Para mim, foi terapêutico.
Tive tempo suficiente enquanto a tinta secava,
Para o querer reviver todos os dias...
Confesso até que foi isso que me incentivou.
Como desejava poder voltar a esse dia,
Recordo-me de caminhar com a tua mãe,
Enquanto corrias atrás das borboletas...
De mão dada procurámos uma árvore,
Mas a procura foi mais um passeio,
Pois, naquela altura, de mãos dadas...
Vencíamos tudo com o nosso amor,
E tu sabias disso!
Fruto de um amor ingénuo e sem preconceitos,
De respeito, carinho e amizade.
Chama de paixão reconhecida por outros até,
Mas vista apenas em nós...
Hoje em dia,
As pinceladas são menos precisas e certeiras,
Pois a memória é matreira,
Gosta de contar a nossa perspectiva...
Mesmo quando tentamos ser imparciais ou sinceros.
Há coisas que não consigo recriar no quadro...
Como o som do teu riso...
O calor das tuas mãos...
A doçura dos beijos da tua mãe,
Ou a plenitude que partilhámos nesse dia.
O som dos canários que bebiam água da ribeira,
Juntamente com as rãs e outros pássaros de fundo,
Faziam a melhor composição musical,
Para apreciar a vossa companhia,
Respirar o ar puro e jovial...
Como queria voltar a esse dia...
Já queria que a mão fosse menos trémula...
Para fazer certos detalhes da tua face...
Mas por mais certeiro que seja,
Nunca irei fazer jus à tua beleza,
Ou a de tua mãe por sinal...
Como me lembras ela quando era mais nova...
Como queria voltar a esse dia...
Lembro-me, se é que não é a minha imaginação,
Que fomos passear para o campo por qualquer coisa imprevisível...
Mas algo tão simples como irmos apanhar laranjas...
E tu quiseste ir passear...
Molhar os pés na ribeira.
E como foi bom...
O sol beijou-nos a pele...
E tu, que não saiste a mim ficaste vermelhinha,
Como a tua mãe, rosadas e lindas.
Continuo a querer beijar essas bochechas,
Caminhar naquelas searas e abraçar a vida.

domingo, 14 de junho de 2020

Cair do pano....

A música acabou...
As palmas ainda duram...
Há pessoas de pé na plateia,
Mas houve também aquelas que se levantaram a meio e sairam...
Nem toda a gente pode gostar...
Não foi para isso que a peça foi vivida!
Sem ensaios ou atrasos,
Foi uma obra sentida e orgulhosa...
Amparada por uns,
Criticada por outros...
Mas dirigida e produzida apenas por mim,
Pelos meus altos e baixos,
Pelas minhas inseguranças e dúvidas...
Por ti... sejas tu quem fores neste percurso...
O tempo não fez mais que ritmar esta história,
Esquecida em breve por todos vós...
O que não levou a que não fosse sentida...
Aliás, foi tão sentida que o amanhã era pouco importante...
Já que apenas vivo no hoje...
E é o hoje que incentiva esta viagem,
Com início, meio e fim regido pelas refeições do dia,
Mas que se vão colando os fins aos inícios...
E fazendo uma história mais longa,
Carregada de emoção, sensação, dor e amor
Somos o que snetimos em alturas da nossa vida...
Agora sou pouco ou nada...
Asim quero deixar cair o pano,
Deixar terminar este ato...
E ficar na escuridão apenas mais um bocado.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Cada vez que ando para a frente...
Ando para trás.
As decisões que joguei por cima dos ombros levianamente,
Perseguiram-me até hoje...
Até as mais decisivas ou importantes,
Foram desconsideradas pela crença de que o que terá de acontecer,
Acontecerá!
A vida não espera por ninguém!
Sei disso e deveria ter tido essa informação mais em conta...
Mas também acho que aproveitei todo o sumo que a vida me deu...
Que espremi as laranjas com toda a força que tinha e a técnica que vim adquirindo ao longo dos tempos...
E o sumo tem sido sempre doce...
Ocasionalmente com uma laranja doce demais para o meu sabor,
Mas continuo a adorar sumo de laranja...
Houveram dissabores no meu percurso...
Idéias erradas também...
Cheguei a dizer várias vezes a alguém que era a mulher da minha vida...
Hoje estou sozinho!
Acredito cada vez menos nos sistemas montados pelo Homem,
Mas dou comigo impossibilitado de fazer a minha vida fora deles...
Sucumbindo nos valores morais e económicos para me inserir.
Não me considero normal...
Nem assim o desejo.
Tenho os olhos abertos demais!
Já sei aceitar o desconhecido como causa,
Mais levianamente que aceitar um erro humano sem consideração ou consequência.
Vejo os valores dos outros a tentarem afectar o meu juízo,
E da mesma forma que se aproximam de mim para ficarem um pouco mais como eu...
Também eles tentam que eu vá ficando um pouco mais como eles.
Como a aceitação e sensação de pertença te fazem fazer coisas que nunca farias de outra forma...
Como mudar alguém de quem gostas...
Com a pandemia tudo se tornou mais sério...
As ruas estão vazias, assim como os estabelecimentos e lojas...
O dinheiro estagnou nas contas bancárias e todos os luxos que temos foram usados.
A civilização moderna mostrou o seu jogo de cintura e demonstrou como a realidade que conhecemos...
Pode e irá mudar.
O medo foi instalado novamente na mente das pessoas,
A agenda não foi revelada.
Alguns lobbies lucram abissalmente e outros caem na ruína...
Estados Super Potências erram e assumem falta de liderança,
Enquanto outros são apontados como chefes da OMS...
Os aviões e consequentemente os aeroportos são fechados,
Mas os navios navegam livremente na calma do mar.
Os casos de contágio aumentam...
Fecham-se os estabelecimentos e ordena-se quarentena...
Começam os problemas financeiros devido à quarentena.
Os casos não aumentam mais... Acaba a quarentena...
Começa o verão.
Transportes Fluviais enchem-se de pessoas que procuram um metro quadrado de areia na praia,
Ignorando a distância social pedida...
As restrições às deslocações são levantadas e as casas do Algarve voltam a ser ocupadas por uma semana.
O trânsito volta a existir e afinal ainda nem sequer é verão...


segunda-feira, 11 de maio de 2020




Como o dia se demora quando não estás aqui...
E o tempo custa a rodar nos ponteiros do relógio.
As expectativas do que é normal ficam para segundo plano...
Se não estás aqui... por onde andarás...?
Já passaram horas a mais desde que te vi...
Houve crianças que ficaram homens e familias a serem criadas...
Em todo este tempo, vil carrasco do amor a distância.
Apenas te vi nos meus sonhos e pensamentos...
A foto que tenho tua já não se parece com a imagem que imortalizei no meu peito...
Que recordo cada vez que fecho os olhos...
Não sei se sou eu que já não sou o mesmo ou se a foto se alterou...
Estes milhões de segundos que me condenam sem ti,
Deram-me tempo a mais para reviver os erros, mas não lá permanecer...
Deram-me tempo demais para te recordar e querer te abraçar...
Deram-me sabedoria tanta que só te anseio qualquer que seja a tua vontade...
E de repente o sol fura as nuvens,
A visão alcança agora o horizonte...
Na pausa das gotas, a tua face como imagem...
O barco que cria a gota de profundidade nesta imagem...
E o silêncio...
Esse passarinho silencioso que aterrou neste ombro,
Que me ensinou que nele tudo é mais puro.
O pano da noite cai e com ele a luz esconde-se,
As gotas da chuva cessaram, timidamente ficaram minúsculas...
Deixaram um aspecto tenebroso da noite...
E a forma como essas goticúlas se seguram em tuas pestanas,
Chamam estes lábios ao seu encontro,
Deixam a casa mais convidativa...
Dão o augurio da renovação e da frescura...
Chamam o desejo...

domingo, 10 de maio de 2020

O cheiro a whiskey...
O fumo no quarto...
O som do piano que toca no teu telemóvel...
E a porta que bate atrás de mim.
O passo é certo e na tua direção...
O casaco ficou no chão perto da porta,
E a t-shirt já saiu...
Já não sei se é o teu perfume,
Se o cheiro do tabaco misturado...
Na minha mente imagens dos meus dentes no teu pescoço,
Enquanto caminho já com o cinto na mão...
E tu mandas o fumo para fora,
Enquanto amparas a minha rude chegada nesses lábios.
Aumenta o som! Enquanto ofego perto do teu ouvido...
Hoje vamos fazer barulho... vamos partir esta merda toda!

Como poderia ela saber?
Tinha aceite uma sentença de morte com ações irresponsáveis,
Anos jogados fora no subcrime e jogadas duvidosas...
Amigos errados e noites de décadas levaram à consequência em que me encontro.
Onde não me encontro...
A noite foi demorada e intensa... o telemóvel não teve volume para conter,
Nós também não quisemos saber...
No meio do fumo, do whiskey e do foder...
Espero que ela não queira saber muito de mim...
Espero poder condenar a minha própria vida sem ressentimentos ou culpas...
Mas sei que não é assim,
Que as energias se agarram e se habituam e desejam...
Mas carregam com isso consequência...
Peso inglório e indesejado em alguém que não quer nada... querendo tudo!

sábado, 9 de maio de 2020

Como para os jovens o tempo não passa...
Mas para os mais velhos ele já corre, escorre e foge...
Um dia seremos nós que vamos causar desconforto e incómodo.
Hoje que somos humanos capazes e fazedores de tudo,
Também chegaremos a ser velhos os sortudos.
Não nos vamos lembrar dos sacrifícios que fizemos...
Até porque para nós nem foram sacrifícios foram força!
Mas um dia seremos nós a mudar as realidades.
Seremos nós a aceitar as condições...
E a dizer aos nossos filhos o que aceitamos nas suas verdades.
Filhos que se tornam pais... pais ficam avós...
E os tempos que não permanecem nos nossos termos,
Mudam o que podemos aceitar como normal no nosso anormal de tempo...
Enquanto os filhos ganham a força que perdemos e a vontade que tivémos,
Somos sombra parca aos nossos olhos dos nossos pais,
Mas colossos de momentos familiares aos olhos dos filhos...
A dualidade de velho e novo entra em choque com os papéis...
De filho e pai, avô e neto, pessoa e pessoa...
Vamos amar mais...

Será que é no silêncio,
Que perdemos os que nos amam?
Na falta de transmissão do que sentimos...
E na vergonha de sentir...
Mas sentimos tudo como seres colectivos,
Apesar de acharmos que somos únicos...
Somos apenas aquilo que quisermos ser,
Mas nada mais que os outros que nos rodeiam...
Que sentem também,
Que se magoam para não nos magoarem...
Sejam mais humanos...
Sejam melhores que eu também vou tentar! :-)
Andando pela areia do mar....
A dar chutos na água e a olhar as gaivotas,
Considero a minha existência...
Prescruto os céus para ver se entendo...
A fragilidade da vida,
As emoções tão fugazes...
E a vida que se mostra neste sol...
Sinto-me com sorte por hoje...
Pela areia e pelo sol...
Trago a prancha comigo,
Com esperança de partilhar algo mais...
Com este meu amigo que cuida de mim...
Sem grande expectativa abraço a frugalidade,
E encho-me de sal e sol...
Alimento o interior deste invólucro,
Com este calor que me consome exteriormente...
E de coração cheio agradeço.
Agradeço o saber apreciar,
Agradeço a vida que posso partilhar...
Agradeço teres-me dado esta forma de ser,
Em que aprecio todas as formas de viver.
Em sou animal e deus,
Pensante e fazedor como se nada mais houvesse,
Nesta forma de vida inglória de parasita que nos consome,
Sem nunca olharmos para o que temos....

O vinho demora-se na ponta dos teus lábios,
Convidativo, chama por mim...
O cheiro das velas aproxima-nos.
E eu sinto que tenho vida enfim...
O pulsar deste coração parece agora um metrónomo...
E a vida que julgava desaparecida,
Aparece num sorriso de cumplicidade e sintonia.
Os movimentos quase se tornam autónomos,
Enquanto relembro o quanto morria...
Neste beijo que se prolonga,
E me preenche de amor e desejo...
Recordo quanta terra já estava por cima de mim...
Das pessoas a olharem cabisbaixas para a madeira.
Até ver o meu reflexo em ti...
E este espiríto rebentar tudo o que estava à beira...
De acordo com as expectativas não era eu o importante...
Não era eu a felicidade!
Mas que seja sempre eu a comandar o rumo deste navio...
Sem nunca perder perspectiva...
Senão a luz perde o seu pavio,
E a lua deixa de ser a minha amante altiva...
Que o ponto de partida deste ser,
Nunca queira começar noutro nem noutro acabar...
Que seja o início da luz e tudo o que vier para ter,
Uma forma de viver e saber um dia amar...
Com a mochila nas costas e a garrafa na mão,
Ando pelas estradas num desafio individual...
Serei consumido pela minha indiferença ou não,
No decorrer desta vida para os outros tão anormal...
Não quero saber se te interessa esta forma de viver,
Ninguém te perguntou o que achas do que faço...
Vou continuar a ser eu a decidir o que vou fazer,
Garanto que não há nada atrás desse próximo passo,
A guitarra que toca com o vento nas minhas costas,
Os cabelos que me fogem para a boca...
E o som da tua voz a perguntar... voltas?
É o suficiente para a minha resposta rouca...
Há lagartixas a atravessar a estrada fervilhante,
E o indío está a controlar cada movimento que dou...
Como precisava de ser mais distante,
Mas tenho de assumir que sou como sou...

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Like a rainfall,
Unannounced...
No thunder...
No storm...
Drops on my skin,
Taste of your's...
Feeling soaked,
But eager for more...
I'm lost at directions,
But found my home...
Building the temple of...
Something that remains.
And calling it my own,
Like if anything could be owned...
Since I'm merely passing by,
I'll own nothing...
But the memories of smiles...
True emotion is worth more,
Because of this my soul is sore...
But in it lay all my wonders,
Even the choices that come to pain,
In those there was knowledge or gain...
I remain as I am,
Just another pebble in the sand...
Another shell in the shore,
Wanting to be more...
But more might be something less,
Leaving my with sadness...
To remember life by...

Ainda houve umas coisas boas a acontecer durante a quarentena.... :-D


Deixa-me mergulhar em ti,
De uma forma que nunca mais me afaste...
Já passou tanto tempo para sentir o teu sal,
E as gotas que me cegam nas nossas brincadeiras,
São agora desejadas, ansiadas e saudosas...
Baixas-me a temperatura de manhã e aqueces à noite...
Como carregas em ti toda a vida...
E é sempre na tua companhia que vejo os melhores nascer do sol...
Anseio andar contigo pelos calcanhares,
Sem olhar para o relógio,
Sem sentir a clepsidra a puxar-me para outro sítio...
Quantas vezes já aceitaste o meu choro de saudade,
De falta de amor ou de amor a mais pela pessoa errada?
Foste sempre confidente mesmo sendo parte de mim...
E eu sinto a tua ausência...
Preciso do teu beijo salgado para ser algo...
Preciso das tuas massagens nas minhas solas,
As tuas carícias na minha pele,
A tua leveza em mim...
E a sensação que nunca te farei mal gratuitamente...
Que sempre tive...
Enterrar os pés na tua amante quente,
Fugir para ti numa corrida para refrescar-me...
Afinal que somos nós senão amantes daquilo que queremos para sempre manter?
Quero um mergulho para me abraçares logo de uma vez...
E ficar lá em baixo até não suster mais a respiração,
Quero deixar que a pele dos dedos se enrugue...
Que o meu corpo pense que é naquelas condições para as quais tem de evoluir...
Porque não me quero afastar novamente tanto tempo de ti...

És porto de abrigo em tempestade,
Casa forte deste coração...
E mesmo quando não haja vontade,
Não deixas de ser tentação.
És salgada e isso vê-se em mim...
És alimento e petisco também...
Relação que não vai ter fim,
Pois eu não vivo sem.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

The temple has shut it's doors...
I'll embrace the ice wastelands as my new home.
Though the times have passed under the hourglass,
I linger in your might, on your return...
The frames have gone by slowly,
But the feeling has gone away suddenly...
The hole will never be returned to it's place,
And I shall never be complete again.

Many things have streamed in this mind,
Recollections of smiles and musical events,
People holding hands and freedom more than a word...
Decision was individual although conditioned by the system.
But there was life, love and hope...
Until he came...
First he stole our sun leaving us to die in the cold...
The first days, crops, animals, forests and unaware millions of us,
Froze where they stood.
Most of the sea became rock solid,
But the few ones that lived or worked close to a geothermal fissure,
Were able to develop new warming clothes,
New ways of celebrating the millions of dead...

But we were all lost...
Without purpose is much worse than without hope...
Do nada nada surge,
Mas é do nada ou desconhecida
A sua vinda...
Que me deixou assim.
O vazio que cada vez mais permanece,
Empurra desejos ou ambições...
Promove o silêncio,
E empurra-me para o precipício....
Deste nada que me consome,
Sou fruto estéril sem propósito...
Sou fraca versão de alguém...
Mas como todas as inutilidades do mundo,
Posso ser algo para alguém,
Mesmo não o sendo para mim...
Nem que seja a mais cruel bactéria,
Há pessoas que olhando para o negro da escuridão vêm beleza...
Serei eu assim tão breu...
Terei assim tanta maldade em mim?
Corro para o que posso e quero,
Olho para o retrovisor para ver se alguém vem...
Se ninguém vem... não vou avançar?
Que o negro seja o novo rosa,
Que alguém se perca em mim...
Senão há-de ficar em prosa...
Que a vida acabou enfim...

sábado, 2 de maio de 2020

Não sei bem o que escrever... sinto-me como se nada valesse a pena de passar para o papel...
Como se eu pudesse de alguma forma me sentir abaixo do que o papel merece... como se o meu conteúdo fosse inexistente ou inválido... cada dia que passa me sinto melhor em relação ao que tenho feito, ao que tenho produzido e aos planos que deliniei para este ano... no entanto, parece que nada é suficiente para mim próprio... constantemente batalho contra mim próprio e continuo a constatar que sou eu que mino o caminho que quero percorrer com armadilhas (para me justificar o falhanço). Corro atrás de algo que ainda não consigo identificar... não sei se ando a correr atrás de algo que seja mesmo um desejo meu já que não o consigo ver e o não saber de que ando atrás... a falta de conhecimento deixa-me apreensivo e tudo o que faço é questionado 5 e 6 vezes lutando sempre contra mim próprio nesta batalha inglória...
Sinto a falta do sol na tua face,
Com o mar como horizonte...
Com o sol como pano de fundo.
Não que anseie o que já foi...
Mas há recordações que quero reviver.
Há histórias que desejam sequelas,
Há desejos que rompem as barreiras...
E que somos nós sem desejos?
Sem termos um retorno de emoção...?
Sem termos um pouco de desejo de futuro...

terça-feira, 7 de abril de 2020

This goes out to someone whom I've missed for a while...


Day in and day out,
The rain is here everyday,
Why is it here? What's that about?
Stuck in this house,
With my hands bound by thought...
I'll have to get out,
Before I start to rot...
Could this quarantine end at all?
Forget the summer, maybe by fall?
This could be something amazing,
Young lovers get to know themselves,
Locked in a room or house...
But people apart,
We have only books to read or maybe art...
Little projects that keep us going,
Motivate us in the right path...
But sometimes we just feel wrath.
We blame the distance,
The government or the police...
But we just want another fix.
And this quest to be over,
So one can be with whom we want without restrictions...

Happy Anniversary  :-D
The night is loomy and full of horrors,
But in it I am one with terror...
Where the days take their time,
And the dark is always present.
I hold on to the day where love was lost...
As if it keeps me alive without emotion.
The wish of the night not to end,
Maybe the hope of the dream to return...
Maybe unconsciously I wish you are still here...
Although I know there's no more love in us...
Although I know that our time is up.
I linger in that thought,
On what could have been...
On who you've become or were all the time,
Even though I tried to know you...
You were always somewhere else.
I was not even knowned to myself...
Because I am not the same person I once was...
And let's face it...
You might have had something to do with that!

quarta-feira, 25 de março de 2020

Old Post
2018

O desejo de me agarrar à garrafa é forte hoje...
O corpo treme pela fraqueza que sente.
Apesar de estar uma luz ofuscante que foge...
É o negro a cor presente.
Deixo de me sentir como espécie dominante,
O medo instala-se...
E do tamanho de um grão de areia...
Olho para cima para ver a pisadela.
A que me deixa com um longo caminho a subir...
A que me mostra que não é a confidência o caminho.

A noite foi tão clara como este dia está a ser,
O corpo dorido, o espírito vencido e o sono a não vir...
As circunstâncias são tais que nem sei que fazer,
Nem vontade de falar com alguém ou rir.
As perguntas que se juntam num turbilhão,
Não me conseguem dar clarividência...
Também não ajudam o meu coração...
A ultrapassar esta experiência.
E como os minutos magoam,
E os segundos custam a passar...
Os pássaros da mão nos voam,
E ficamos com nada para mostrar.
A facilidade de mudança de perspectiva de que me gabo,
De nada me serviu de preparação.
Vi agora que deixei destapado o rabo,
Em seguir os desejos deste cabrão.
Não consigo escrever...
Não que não tenha assunto ou vontade.
Não sinto que nada do que sai é verdade...
E o tempo passa...
O ecrã fica cada vez mais inerte em frente aos meus olhos,
As letras teimam em não sair com lógica...
E o desespero começa a tomar conta das minhas acções, da minha mente e desejo o contacto...
Sendo animais sociais como somos,
Preocupa-me a falta de socialização nas pessoas mais idosas.
Se eu que me sinto capaz de tudo e cheio de energia depois de todo este descanso me sinto frustado e deprimido com a falta de poder practicar os meus hobbies ou simplesmente estar com os meus amigos, como será que estão as populações mais idosas que ambicionavam as visitas mensais dos filhos ou dos netos para lhes colocar um sorriso na cara e força de vontade para reprimir tudo o que viesse contra até à próxima visita.
Preocupa-me que o mundo seja tão alterado, que os nossos costumes sociais fiquem tão modificados devido ao contacto, que nos possamos tornar pessoas mais independentes em termos de sociedade e com menos necessidades sociais do que antes tinhamos.

Devo continuar este texto mas se alguém quiser deixar comentários para onde o devo levar em termos de direção estejam à vontade...

sábado, 7 de março de 2020

Prendo-me no teu cheiro...
Na vontade que tens de me ver.
E sendo verdadeiro,
Não te quero esquecer...
Os dedos fogem-me para as palavras,
E a imagem de ti ocupa tudo...
Que me dera que fossem forçadas,
Ou silenciadas num grito mudo.
Já não sonho...
A tua ausência faz com que seja tortura.
E os olhos onde os ponho?
Já que não te vejo nesta aventura...
Vou dançando nas entrelinhas,
Enquanto te passeias neste pensamento.
Era sempre a sorrir que vinhas,
Enquanto eu imortalizava o momento.
Agora quero voltar atrás até onde...
Onde deixei o coração queimar-me a alma,
E este sentimento que se prende,
Retira de mim qualquer calma...

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Why is this relevant when everything else comes to an end?
Why does beauty have to be so scarce in perspective and rare in emotion?
Shifting paradigms kinda gives us another view on the world but doing so is something that we're afraid of doing.... change is still today, although the millenniums of learning, a difficulty or a hard step to take towards a better future. Even knowing that without that step no future would arise the step and it's difficulty is something that really amazes me. The clinging feeling one has when there is something we either consider beautiful enough to keep and hold or the sensation of understanding it brings to oneself is something that continues to baffle me and confuse both perspective and desires...
Emotion is an ocean...
It can go on forever,
Or end abruptly upon shore...
It can hold your breath in fear,
Or open your mouth in aw,
While the sunsets are imprinted forever,
And the stars reflected on it's calm...
Emotion is an ocean...
I feel it around me as I plunge,
It embraces and comforts me...
But it also spins me around,
And tosses me a shore as broken shell...
The ocean is your life,
And I'm the sand that kisses your seas,
The stone who awaits your arrival with the tide,
The moon for your sun,
The flame for our fire...

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Time is indeed a bastard...
It takes away our loved ones,
Leaving us with time limits and expiration dates, 
On the ones not taken still.
A capacidade de amar sobrepõe-se ao tempo.
Consigo ver isso na relação dos meus pais...
Com todos os seus filhos.
Mesmo quando eles/nós não temos tempo para eles,
Os pais continuam a acreditar sem questões nas potencialidades infinitas da sua prole.
A olhar para o melhor perfil quando não dá para encarar a acção...
A aceitar verdades para não criar atritos e a baixar a voz para não gerar discórdia.
Os valores foram diluídos e nem o irmão mais velho se dá ao trabalho de moderar as conversas.
Tudo parece efémero mas nas recordações algumas coisas ficam para sempre...
Como de uma conversa banal surgir uma discussão em que alguém se altera e tudo se revela...
Como o tempo é cruel e nos deixa sozinhos quando não queremos ou não podemos...
Da mesma forma não é nosso amigo porque não sabemos o quanto adoramos estar com alguém até não termos mais tempo para o fazer... até não o podermos fazer...
Por estas e por muitos mais motivos cada vez penso mais que tenho de lhe dar a mão,
Obrigá-lo a caminhar ao meu lado e fazer dele alguém consciente que me aconselhe...

Será que sei o que quero dizer ao tempo?
Será que lhe falarei dos que já perdi... ou tentarei apenas pedir para me ajudar a apreciar os que ainda cá estão...?
Envolver-me nos seus minutos de ternura e não sair da casa depois de 10 minutos de companhia dos meus pais.

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

A luz fundiu-se,
Não tenho forças para me levantar...
Ainda incrédulo,
Ligo e desligo o interruptor,
Como se mudasse algo...
Nesta cama que já foi alegre,
Os lençóis jogados pelo chão,
Janelas abertas e temperatura que ferve...
Foi assim enquanto houve emoção.

Agora os lençóis estão frios,
O quarto breu,
E sozinho, aqui estou eu!

Com pensamentos do que já foi,
E vontade de regar os cortinados...
Ainda a pensar como tanto ainda dói,
Sinto os químicos em mim desgovernados.

Deixo a gasolina para outro dia...
E agarro a garrafa.
A olhar para o meu reflexo não te via,
E pensava onde estava.

Já não sou...
Talvez nunca tenha sido...
Aquela pessoa que eu quis ser para ti.

Tento abraçar os fragmentos de nós,
Para ter algo para sorrir...
O jantar com os meus avós,
Em que assumimos que queríamos sentir.

Mas depressa volto ao ponto de partida...

Com a casa escura e triste,
No seu ar pesado e tenebroso..
Relembro a primeira vez que me viste,
E quão depressa comecei a subir o fosso.

Como é bom encerrar um ciclo...
Deambular na leveza de não saber o que fazer...
O tempo estende-se para todos os planos que possamos conjurar,
E os objectivos amontoam-se no subconsciente.
Mas na indecisão da acção, somos livres.
Na força da direcção achamos conforto...
Mas cada vez que encontramos uma pedra,
Como que esquecemos toda a importância da decisão tomada.
Tudo fica em perspectiva errada e disforme...
E deixamos de acreditar em nós próprios,
Sendo mais fácil de aceitar verdades falsas de outros...
E de nos perdermos...

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Again I sense it...
The warmth of your thoughts is gone.
And the coldness gently rushes into my bones,
As the air is thinned out and light is scarce.
Tiny flames spark against each other into million sparks,
With the heavy air the pitch dark as background...
There's a shape coming to be in front of me,
From those million sparks...
It smells of sulfur and something sweet I can't make out.
But the feeling that comes from this is fear,
As I struggle to stand to it's eyesight.
The voice is deep and speaks sounds to my head,
Although their meaning is unknown to me.
As a delayed message the translation is by the same voice,
But now in English...


segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Vens a correr...


Vens a correr por aí,
Vens sempre de sorriso rasgado...
Vens a correr por aí
E eu estou sempre sossegado...

Vens a correr por aí,
Começo a ficar interessado...
Que rapariga é esta,
Que corre para todo o lado?

Vens a correr por aí,
E desta vez paraste para beber água,
E a correr te vais embora,
Sedenta menina que corre...

Hoje não te vejo correr,
E como o sol se foi embora,
Quero ver-te de novo por querer,
E correr contigo pelo mundo afora.
A primeira onda bateu como que rocha,
Os ventos fustigavam as velas em rodopio...
E meus olhos pouco viam senão a tocha,
Fruto do cordame da vela me acertar no ouvido.
A segunda veio da direcção oposta,
E os corpos balançaram sem lógica contra tudo.
A esperança saiu a correr para a costa,
E a seguir começou o meu luto...

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

No Filter Day!

Como o brilho desaparece de alguém que não ama...
Que não se deixa amar ou apaixonar.
Vai tenuemente interpor-se da luz da chama,
Até sua privação a chama apagar...
Como doces mentiras não damos pelo sucedido,
E em coração cuidado isto não acontece...
Mas até eu hoje me dou vencido,
E como todos os outros, argumento que ninguém merece.
Aponto o dedo a acontecimentos e chamo pessoas ao barulho,
Sabendo que o factor comum fui apenas eu.
Ofuscado pelo desejo de libertação na depressão mergulho...
Nado ao profundo deste ser até ser escuro e breu.
De nada preciso que não tenha aqui...
Frio, escuro, sujo de assuntos que não quero falar.
E claro pensamentos de ti, e de ti, e de ti...
Para onde tento não olhar, não perguntar.

No Filter Day!

Her hair stands in the middle of the perfect frame...
Maybe this is the perfect frame...
Far from the childish dreams,
I find myself in retrospective of time and choices.
Longing to belong...
At this point anywhere is almost enough,
But settling for something other than what once wished...
Is failure altogether.
Assuming failure is something else entirely...
But maybe that's the dimmest of the glow in some people's eyes...
You can see them anywhere.
And I struggle not to loose the spark...
To the bottle, the weed, to despair, to insanity.
The softness of her touch,
Made me believe I belonged,
Even if I realized that sometimes I didn't...
I would rather believe in the lie again just to belong.


quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Borrasca

Olho para o papel com medo que as letras não façam sentido quando lidas por outra pessoa, mas avanço intrépido por este oceano de emoções com que lido no meu âmago... será mais uma tempestade que assola esta embarcação, não será a ultima!

Na incerteza do querer esconde-se o medo,
Esse vil bandido que assombra sonhos e esconde ambições,
É certeza assumida do fracasso de tantos.
Nunca aparece senão no seu canto escuro...
E infecta tudo a que chega até emoções...
Procura a escuridão nestes cantos,
E deixa teu coração frio e duro.
Fazendo-te acreditar que não mereces mais o amor.
Como animal domesticado que é devolvido à floresta,
Timidamente começo a olhar, a sentir...
Mas depressa me escondo dos olhos de outros,
Ao contemplar quão relevante é para mim não ter nada,
E o quão relevante é para os outros terem a sensação de posse...
Volto a me sentir pequeno, insignificante e vazio,
Sucumbo nas expectativas que supostamente não acredito,
E procuro piedade no falar das pessoas relevantes.
Não a quero...
Acho que procuro uma empatia de sorriso,
Uma palmada nas costas como que dizendo,
Até isso um dia passa...
Tudo passa...
Até a objectividade da vida passa...
O foco ou a determinação...
E quão mais certo de quem és,
Menos volátil serás.

Anseio essa sensação...
De me aceitar em plenitude e graça,
Com defeitos e qualidades,
Com medos e coragem...
De corpo em manifesto para as intempéries da vida,
Sem vacilar o olhar perante a montanha a escalar...
O deserto que se estende é apenas o areal até casa...
Que venha o mar e a sua borrasca que cá estarei,
Pois eu fui feito na tempestade e na tempestade viverei...
Venham os ventos também que lhes mostrarei quem comanda o leme do destino nesta viagem.
Podem ranger todas as tábuas da embarcação mas ficará firme,
No desígnio que lhe atribuí, na direcção que eu escolhi.
Ou isso, ficarei em casa de qualquer forma.





I feel the ropes of the ship tightening as the wind picks up... The boards crank and moan as if they had something to say, As the silence ar...