quinta-feira, 7 de maio de 2020

Do nada nada surge,
Mas é do nada ou desconhecida
A sua vinda...
Que me deixou assim.
O vazio que cada vez mais permanece,
Empurra desejos ou ambições...
Promove o silêncio,
E empurra-me para o precipício....
Deste nada que me consome,
Sou fruto estéril sem propósito...
Sou fraca versão de alguém...
Mas como todas as inutilidades do mundo,
Posso ser algo para alguém,
Mesmo não o sendo para mim...
Nem que seja a mais cruel bactéria,
Há pessoas que olhando para o negro da escuridão vêm beleza...
Serei eu assim tão breu...
Terei assim tanta maldade em mim?
Corro para o que posso e quero,
Olho para o retrovisor para ver se alguém vem...
Se ninguém vem... não vou avançar?
Que o negro seja o novo rosa,
Que alguém se perca em mim...
Senão há-de ficar em prosa...
Que a vida acabou enfim...

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