terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Surpresas surpresas...

Se se soubesse delas... deixavam de o ser. É talvez essa a magia das surpresas, das atitudes, circunstâncias que nos surpreendem... que nos pegam de sobressalto, quando piscamos os olhos.

Por vezes, são raios de sol que furam as nuvens e nos aquecem a face, outras vezes, uma chuva repentina num dia solarento. Certo é que colocam uma certa pitada de sal no dia e nos fazem apreciar os mesmos momentos mas com uma intensidade diferente.

Ao abrir o peito para o sol, ao inspirar profundamente este ar... apercebo-me... que ainda carrega o teu aroma, imagens recorrentes surgem abruptamente, indesejadas, tento mudá-las... e... assim o faço!

Não sou mais comandado, mas sim comando da minha vontade.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Foi o mar que me limpou,
As nódoas que me manchavam...
Agora saudade ficou,
Do peso que transportavam.

Ao mar retorno hoje,
Com saudades das vagas do passado...
É uma vontade que não me foge,
Nem em mar revoltado.

Doce água que dás vida,
Ajuda-me em mais uma investida,
Para te poder navegar...
Para te poder abraçar!

E abraça-me tu também...
Com todo o frio que tiveres.
Pois não existe mais ninguém...
Que te chegue aos calcanhares.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Mais uma luz que se apaga,
Uma noite mal dormida...
E esta mente que indaga,
Quer levantar-se e dar uma fugida.

A escuridão também encerra segredos,
Mas de uma forma singular...
Altera reflexos em espelhos,
De algo que não nos conseguimos lembrar.

Os sonhos continuam a amontoar-se,
Em sequências ilógicas e sem sentido...
Será que alguma vez vai passar?
A dor de um amor perdido?

Agora a consciência rege a razão,
Ao invés, do que puxa o teu intimo...
Será que se esbateu a emoção?
Ou se tornou mais ínfimo?

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Chapter

Ao fechar um capitulo, começamos inevitavelmente outro...

No decorrer dos passos que damos, apercebemo-nos que uns são mais estáveis que outros, que nem todos carregam a mesma certeza e que alguns são dados no mais completo desequilíbrio. Com mais ou menos certeza, levam-nos onde queremos chegar, num passo seguro em geral e com a confiança que precisamos para os tomar.
Os caminhos que a vida nos permite percorrer nem sempre são os que escolhemos tomar. Aprendi isso há bem pouco tempo e aí temos de saber também aceitar essa recusa, que no fundo é apenas mais uma lição de vida.
Pouco a pouco, vou juntando histórias, possíveis de serem contadas aos meus descendentes um dia destes... se algum dia existirem... mas se alguma história é de relevar e contar... é que nem sempre conseguimos o que queremos ou desejamos... que temos de aceitar desistir na vida, porque a luta por algo que pode não te querer é bem mais doloroso, bem mais demorado, bem mais complicado, que aceitar a derrota... derrota essa que pode estar designada à partida... condenada!

Houve e há muitas outras histórias... o poder de uma verdadeira paixão, a forma como te arrasta pela lama quando algo corre menos bem e como de um momento para o outro te eleva no mais alto espírito e as nuvens parecem-te pequenos objectos surreais a kms de distância numa paz inigualável. A verdadeira amizade... que todos podem pensar que não existem entre duas pessoas, floresce mesmo no deserto e brota sentimentos mesmo quando tudo o resto pode parecer perdido. A mentira... como ela vai sempre estar presente na nossa vida... até história é contada através de mentira e decepção... essa, por muito que eu vos queira proteger dela... vai sempre existir! Se a deixam entrar no vosso circulo intimo, mantenham a consciência de onde ela está e o que ela vos pode trazer... preparem-se para tudo!

Mas acima de tudo... que se sintam bem com o que fazem, que os sentimentos incutidos em vós enquanto crianças sejam os sentimentos que comandam o vosso destino, que direccionam o vosso ser e que a felicidade seja sempre uma constante na vossa vida... pois quando assim não for... algo correu mal, algo se perdeu no vosso caminho da esperança correcta que esperam atingir...

Mas tudo isto... será apenas os decalques dos passos que dei... não sigam os meus passos, mas antes aprendam a pisar ao lado, não num seguimento, mas sim numa nova caminhada que irá acarretar novas tomadas de direcção, consciência e ética moral. São as decisões e a necessidade delas que fazem-nos crescer, que nos obrigam a saltar em frente à responsabilidade de peito inchado e queixo levantado.

Tenho estado a sorrir para a vida ultimamente... acho que a vida... começou a sorrir de volta! ;-)

domingo, 12 de fevereiro de 2012

May this rain of emotions,
Fall on each one diferently...
And should the drops get us wet,
I'm almost willing to bet,
My temperature will drop quickly.

I've missed the rain that pours,
That's why I'm here, outside...
Sounds like a happy bear who roars,
When we lived in the countryside...
Como o mar a retroceder da areia que molhou,
Como o doce vento deixa de soprar sobre as searas,
Foi assim que o meu amor me deixou,
E assassinou as minhas singelas manias e taras.

Podia dizer que foi de repente,
Mas seguramente que exagerava...
O momento já não está bem presente,
Esse triste acontecimento, por mim não lembrava.

Gravado a ferro e fogo,
Conheço-lhe os detalhes mais intimos,
Os pormenores sórdidos,
As amarguras que ainda residem na lingua...

E prossigo na travessia,
Que vislumbra no seu final o brilho,
A miragem que pode se revelar,
Na luz que paira entre a areia e o ar...
De inicio não acreditava ser possivel...
Tendo as palmas dos pés a arder,
Mas forcei e acelerei o passo,
Com o Sol e um pau fiz o traço,
Pelo qual guiei o meu caminho original...
Com o final do percurso no horizonte,
Baixei a cabeça e obriguei-me a subir o monte,
Mas parece que tudo o que diziam era verdade...
E assim valeu a viagem,
Passei fome e passei sede, mas o que me matava era a saudade,
Agora quero mais é beber e comer, já que a saudade não me traz bondade.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

MARAVILHOSO ESTE TEXTO... Não é meu!


todo o amor é para sempre

.
se pudesse dizer-te apenas uma coisa que recordasses para sempre, seria isto: ama com cuidado.
não te falaria na implacabilidade do tempo ou nas amarras que ele constrói, nem na fortaleza que é um amigo a sério, nem na magia da música ou dos livros (mas lê os poemas do Eugénio e todas as palavras do António).
talvez um dia te digam que todos amamos com cuidado. talvez tu também um dia penses isso. que todos temos medo de sofrer. que o amor nos desarma e que por isso nos defendemos tanto. mas o que eu quero dizer é que ames com cuidado porque todo o amor é sempre.
e que pouco importa se nunca mais vês alguém que amaste, se esse amor se mascarou de ódio ou se a vida o apagou das tuas lembranças.  essa pessoa fez de ti mais um pouco daquilo que és hoje. por isso ficou-te debaixo da pele, dissolveu-se na tua memória, diluiu-se nos teus gestos, em algumas palavras ou numa música que ouves.
para o bem e para o mal, o amor transformou-te e por isso o amor é para sempre.
ama com cuidado, que o amor é indelével (mas não recordes esta última. só queria escrever a palavra de que mais gosto).
Essa melodia que ouviste foi tocada no desespero, entoada na esperança e composta nessas teclas suavemente premidas. O piano que dizes ouvir é balanceado pelas improbabilidades da vida, sonando  alto e estridente no meu peito. Vibrando esta carcaça num sonante poderoso, não cabe mais ar neste peito... e o piano que ouves agora à distância, lembra-te sons e atitudes, recordações na plenitude e umas imagens que se preenchem de sorrisos de alguém e pequenos saltos como se fossem retiradas de um dia da praia...

I feel the ropes of the ship tightening as the wind picks up... The boards crank and moan as if they had something to say, As the silence ar...