quinta-feira, 9 de julho de 2020

Devagar a cortina sobe...
O palco ainda com restos da última cena...
Está tudo menos pronto para a próxima.
Mas o tempo não pára,
Os ritmos dos corações estão acelerados...
O som dos passos amontoa-se cada vez mais perto,
Enquanto fecho os olhos e me tento concentrar.
Enquanto o teu rosto é projectado em mim,
E todas as tuas imperfeições se tornam em beleza...
As poses que treinámos para esta subida de pano,
Ficam em nós com os pés nos sítios marcados...
A respiração ofegante quase que chama por ti.
O teu olhar naquele instante e o esgar desse lábio matreiro,
Fazem-me sorrir por dentro...
Tu chegarias para me fazer feliz penso!
E sei que se o mundo acabasse amanhã,
Serias tu que queria para me agarrar a mão...
Mas o amor é como tudo o resto na vida,
Quando pensas que o apanhaste ou que ficaste com um para a vida,
Descobres que nada é eterno...
Que até essa sensação que te faz sentir poderoso,
Compreendido e amado...
Pode acabar com a mesma facilidade que chover em Abril...

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