sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Time is indeed a bastard...
It takes away our loved ones,
Leaving us with time limits and expiration dates, 
On the ones not taken still.
A capacidade de amar sobrepõe-se ao tempo.
Consigo ver isso na relação dos meus pais...
Com todos os seus filhos.
Mesmo quando eles/nós não temos tempo para eles,
Os pais continuam a acreditar sem questões nas potencialidades infinitas da sua prole.
A olhar para o melhor perfil quando não dá para encarar a acção...
A aceitar verdades para não criar atritos e a baixar a voz para não gerar discórdia.
Os valores foram diluídos e nem o irmão mais velho se dá ao trabalho de moderar as conversas.
Tudo parece efémero mas nas recordações algumas coisas ficam para sempre...
Como de uma conversa banal surgir uma discussão em que alguém se altera e tudo se revela...
Como o tempo é cruel e nos deixa sozinhos quando não queremos ou não podemos...
Da mesma forma não é nosso amigo porque não sabemos o quanto adoramos estar com alguém até não termos mais tempo para o fazer... até não o podermos fazer...
Por estas e por muitos mais motivos cada vez penso mais que tenho de lhe dar a mão,
Obrigá-lo a caminhar ao meu lado e fazer dele alguém consciente que me aconselhe...

Será que sei o que quero dizer ao tempo?
Será que lhe falarei dos que já perdi... ou tentarei apenas pedir para me ajudar a apreciar os que ainda cá estão...?
Envolver-me nos seus minutos de ternura e não sair da casa depois de 10 minutos de companhia dos meus pais.

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