sábado, 13 de dezembro de 2014

Os sonhos pararam...
Mas justificadamente...
A almofada apesar de debaixo da cabeça,
É sentida como um bloco de cimento em cima.
Os picos que estão nos lençóis,
Perfuram o pijama, incomodam na cama...
O som...
Esse infiltra-se nas frestas da janela,
E irrompe em vibrações intrusivas dentro da minha cabeça.
Os pensamentos acumulam-se...
Em tudo menos no que era suposto...
Queria conseguir vazar e limpar seu conteudo,
De maneira a me perder no nada.
Mas cada vez que tento limpar os pensamentos...
A tua face surpreende-me e retira o peso das pálpebras.
Já passou tanto tempo,
Desde que me apeteceu aqui ficar deitado...
Já passou tanto tempo,
Que quase me esqueci que apenas me deitei para te ter ao meu lado...
E isso é o que diferencia o dia de hoje e a noite passada...
Não sinto teu calor, mas sinto o teu amor ao nascer da alvorada...
São apenas algumas horas seguidas que nos retiram...
Em situações, opções, que a vida nos proporcionam...
Tão bom que é deixar de procurar,
Alguém que coloca penas na almofada,
Ou que te cante para adormecer...
Alguém que num abraço te limpa dos picos incómodos dos lençóis,
E que num beijo te clareia a cabeça e acaba com tudo o resto...

sábado, 6 de dezembro de 2014

06Dec14

Estranho como as coisas são...
Quando o tempo nada deixa inalterado.
E em assuntos que envolvem emoção...
Aprendemos que nada é passado.

As palavras continuam a avultar-se,
A tentar explicar o que se sente.
Mas mais depressa se sente o grito a soltar-se...
Do que se muda esta gente.

Preciso da conversa sincera,
Não destes temas descartáveis...
E responder à minha vontade que impera,
Em tertúlia de amigos improváveis.

Continuo a aprender nesta corrida,
Da procura e conhecimento interior...
Vai levar toda a minha vida,
Este desejo de ser melhor.

Não tenho desejo de ser superior,
Ou de atingir o Nirvana...
Mas procuro o meu melhor interior,
Que o encontro contigo... ___
...

É claro que não há balança,
Que não leve o seu contra peso...
Mas fica sempre a esperança,
De poder permanecer indefeso.

E como não há noite sem dia,
Nem ondas sem mar...
É contigo que desejo e queria,
Passar o resto da vida a conversar e amar... :-)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Como é bom abrir os olhos neste dia...
Sentir que o calor que foge se aninha aqui...
E que o vento que assopra e arrepia,
Apenas me faz recordar mais de ti.

Hoje é o dia que chegas...
Que recolho o teu calor,
Ambiciono teu cheiro que impregnas...
E quero beijar-te com fervor.

Ansioso, mantenho o olhar no telemóvel...
À espera que me peças ajuda para subir e trazer teus pertences.
Os segundos passam a minutos e permaneço imóvel...
E nesta batalha de espera me vences.

Teu toque levanta arrepio,
E teu beijo aumenta a temperatura...
Assim sabes que não me causas frio,
Nesta união natural e pura.

domingo, 23 de novembro de 2014

A noite fria cobriu meu corpo,
Revoltado, cobri-me no teu manto.
Naveguei pelos pensamentos...
E atraquei em teu porto.
Passou depressa este tempo,
Na escuridão dos sonhos...
Porque te encontrei, meu alento.

Hoje, nem o sol achou que devia brilhar...
Deixou-se ali atrás do horizonte como que escondido.
Mas sozinho nesta cama apetece tudo mudar...
Pois se ficar deitado sem ti, acabo bem deprimido.

Os planos que se formam sozinhos na minha mente,
Envolvem-nos em ambientes naturais e puros...
Espero que partilhes comigo esta visão quase demente,
E que te aconchegues no meu calor e em meus braços escuros.

Já antecipo a fricção dos teus braços,
A temperatura dos teus lábios...
E força desses nossos amassos...
Em todos esses segundos sábios.

sábado, 22 de novembro de 2014

Não sei como te dizer...
E também não sei melhor demonstrar...
Assim, experimento escrever,
Este doce sentimento, os beijos ao despertar...

Como me falta o ar quando te vais...
Ou quando não te vejo nas ondas.
Não sei se reconheces os sinais,
Mas causa em mim alterações profundas.

Como é que fazes o sol aparecer?
E pões meu coração a tremer...
Como é que pintas a minha vida?
E a fazes assim, tão colorida?

Como é que é tão imprescindivel esse olhar?
Onde tantas vezes me perco mas por assim o desejar....
Ou até mesmo a falta do teu cheiro, doce aroma,
Que tanto me desorienta e me impressiona...

Não sei mas não procuro a resposta...
Quero beber tudo o que conseguir.
Enquanto a tua cabeça encosta,
E pouco a pouco me deixo dormir...


segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Acordo lentamente...
Fixo o olhar na tua face em perfil,
Sinto a brisa do vento...
E aconchego-me no teu asilo.

Sorrio, ainda sem saber bem porque,
E contemplo-te num instante que não acaba...
Deveria levantar-me, o trabalho não espera.
E a mentira não aldraba...

Mas aninho-me novamente em ti,
E continuo a sonhar...
Não quero sair daqui,
Deixar a ternura acabar.

A areia grudada nos pés,
As pegadas que se multiplicam...
Agora parece que é a tua vez,
E teus olhos brilham...

Num beijo suave,
Pensas que me acordas se não o for...
E ao sentir teu travo,
Deixo o meu beijo se impor.

Nos segundos seguintes,
Não há palavras trocadas...
Há em nós uns requintes,
E umas pernas entrelaçadas.

Como é bom olhar a tormenta à distância e sentir que parte de nós apesar de adormecida pelo que vimos, pelo que passámos, se mantém a mesma... mas mudada, com a base mais sólida mas torta e empenada pelos actos que nos marcaram.
As nuvens como que sorriem na ironia de sentirem que nos deixaram passar, mas sabemos que nada é fácil e.. que se passámos, foi por mérito, bravura e intrepidez colectiva e não por favor ou pena.
Nada é maior que a alma humana! O que lhe falta em espaço ocupado, compensa numa presença continua moral, numa direcção presente, num bem vs mal que nunca nos leva em rumos diferentes daqueles que somos.
Fomos nós, todos nós, que aguentámos a borrasca, que colhemos as velas e esticámos as cordas e cabos, que nos amarrámos ao mastro e segurámos a retranca, que aproámos à vaga e ao vento e que os conquistámos com toda a nossa força de barba azul, com todo o nosso sangue salgado a bombear as extremidades que arrefeceram tão rapidamente após os primeiros dias de chuva e salpicos das vagas. Fomos nós, que ao ouvir as sereias nos refreámos e restringimos todos os nossos esforços para não as encontrarmos no fundo do mar contra os nossos mais intimos desejos. Fizémos tudo isto... e vencemos esta batalha, nem que seja para mais tarde andarmos na prancha, nem que seja para nos afundarmos na próxima... mas esta... é nossa!
Que os tempos glórios se propaguem, se divulguem e se repitam. No entanto, que não tragam borrascas grátis em cada mudança de maré, pois apesar de um verdadeiro lobo do mar, a ele pertencer, merece minimamente um mês de sol por cada borrasca vencida.
Que escorra o grogue, rumem a terra mais próxima e entreguem-se aos prazeres carnais... todos vós deram seu contributo e merecem uma recompensa e a sensação que vivemos para algo... para não nos entregarmos à morte como se espera em cada borrasca temos de sentir que vivemos, que existe um propósito superior e que a nossa existência não parte apenas por cavalgarmos as ondas do mar e comermos seu alimento, que não parte apenas pelos sonhos que ninguém partilha e as mulheres que nunca mais vão ver... a nossa existência faz-se disso mesmo, de momentos em que vencemos a morte, em que ultrapassámos todos os nossos medos, em que conquistámos as nossas reacções e o nosso ser na totalidade. Enjoy....!

sábado, 20 de setembro de 2014

Calm before the Storm

Ó tempestade que agitas meu navio,
De tanto oscilar a cera, apagou o pavio...
Iluminas em flash cada momento de destruição,
Com ruidos estridentes que me congelam o coração.
As madeiras rangem...
As ondas quebram...
Meus dedos tremem,
Quando os ruidos sossegam...
Será bonança que espreita na escuridão?
Ou maiores vagas se aproximam, nesse enorme turbilhão?

sábado, 30 de agosto de 2014

Trabalhar... em que ritmo e onde?

O céu estava descoberto...
Num dia menos normal,
E eu de peito aberto,
Desconsiderava o trivial.
Mas colhendo as memórias,
Que criámos e sentimos...
Vivemos as nossas histórias,
E neste olhar cumplice sorrimos.
Já sabemos que aí veem...
Os ventos da mudança constante.
Mas não sabendo o que teem,
Nesse percurso erratico e divagante...
Existe certo receio que se revela,
Como olhos escondidos em armários...
Que seja reflectido na minha vela,
Ou perdido nesses otários.
Que venha quem vier...
Mesmo que seja em gigantes tumultos,
Pois de que serve viver,
Se não se responder a insultos?
Somos gente de sangue vivo,
Que trabalha na labuta árdua...
E ganhamos o respeito no suor, não altivo.
Pois partimos de rasa tábua.
Mas que não vos sinta no meu caminho...
Pois não o fiz para vos encarar...
Sou doce gigante brandinho,
Mas não me vão querer ver a transformar.
E se em parte integrante de mim vos sentir,
Posso garantir que me vão ver de perto...
E resolverei assim,
Algo que sempre deveria ter sido certo...

domingo, 17 de agosto de 2014

Já passa do meio do verão...
E mesmo assim o calor não regride...
Custa-me sentir esta sensação...
Dos kms que não me permite.

Alcatrão envenenado,
Que me afastas e consomes...
Aqui permaneço alterado...
Uma sombra do que fomos...

Mas que melhor invenção,
Se é que existe, que a memória?
Onde seguro momento em emoção,
E pormenores recorrentes de história.

Nada poderá suplantar,
Essa memória que ficou gravada...
Desde que não se possa olvidar,
A luz da alvorada...

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Os segundos arrastam-se como em tantas coisas que não temos vontade de fazer...
A disposição não melhora, talvez por te procurar em cada virar de cara, em cada sala preenchida...
O aperto comprime-me a capacidade de tomar ar, mas a vontade é ir ter contigo a correr...
E nesta temperatura doida ao sol, não consigo ver a minha vontade concedida...

Tão perto mas no entanto, tão longe... não te vejo, mas sinto-te todas as noites que os olhos fecho,
Quando cerro as portas do sentido da visão... parece que se abrem outras vias... as do...
E continuo a amaldiçoar os minutos, as horas, a noite, os dias... troco tudo por um beijo!
Pois não quero nunca resignar-me a esta distância, a não ter teu beijo ou a tal ficar habituado...

A casa essa já nem se reconhece... no caos organizado em que se encontra...
Perco vontade de tudo fazer numa displacência que não reconheço em mim...
Até o giga reclama comigo em forma que me surpreende e confronta,
Serei eu que tenho de encontrar a coragem de mudar por fim?

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Antecipando a bonança,
Atravesso a borrasca...
Continua a esperança,
No marinheiro que se enfrasca.

Timoneiro de parca fé,
Contra ondas de tremelga...
Mal se aguenta em pé,
Mas seu espirito não verga.

As vagas amontoam-se,
Na proa que mal se vê...
Quando marinheiros afogam-se,
Ninguém sabe bem porquê.

No bater que se pensava...
Cujo casco não aguentava...
Há um ritmo que se impõem,
Do passado que já foi...

Agora levanto a cabeça...
E aguardo que a mesma esqueça.
Todas as vagas onde me perdi,
E tudo o que senti e vi.

No horizonte lá ao fundo,
Esconde-se um futuro incerto...
Mas também no mar profundo,
Que está aqui bem perto.

Sorrio num esgar confuso,
Sem saber para onde virar o leme...
Contra as vagas a proa abuso,
Neste corpo que nada teme.

E avanço em tua direcção...
Cavalgando este mar infinito.
Levo na proa meu coração,
Neste mar que já foi bonito.

terça-feira, 8 de julho de 2014

No vislumbre ténue de um final,
A epopeia recomeça num interlúdio...
E poderia nem parecer tão vil ou mal,
Mas tal sentimento permanece em repudio.

Um colher de sentidos,
Uma forma inesperada...
Em braços perdidos,
Esqueci minha amada.

Mas cheguei onde a deixei,
Num salto desconhecido...
E para sempre recordei,
Esse sentimento de perdido.

Nem fechar de olhos,
Nem fechar de alma...
Tenho amor aos molhos...
Mas não tenho calma.

E a pressa mata,
Numa ansiedade de calor...
Mas é preciso lata,
Para aguentar este fervor.


domingo, 6 de julho de 2014

Sabes que também és lido...?
Vezes e vezes repetidamente...
Tantas dessas sem sentido...
Em pensamento exigente.

A procura da mensagem,
Se é que a há em tudo...
Ou a fuga da coragem,
Que se esconde em grito mudo.

Ao menos que dê tema...
E que se fale acerca do que se pense.
Mas que não vingue como lema,
Neste mente que o cansaço vence.

Não caminhes noutra direcção,
Quando teu corpo te trai...
E volta para perto coração...
Fecha-o bem senão ele cai.

sábado, 5 de julho de 2014

When I am silent, I have thunder hidden inside.

Como num desfile desordenado,
Fogem-me pensamentos soltos...
E num espirito encalacrado,
Enclausuro momentos revoltos.

Esta sensação que fervilha,
Na ponta dos meus dedos...
Suscitam a maravilha,
De aprender os meus medos.

Ainda nada aqui dentro há...
Que me acalme a alma...
E por muito que o pensamento vá,
Por bem menos se instaurou o trauma.

Já cansado de nada poder fazer,
Resigno-me ao silêncio do ar...
Estes pensamentos que me tentam entreter,
Mas que me continuam a assombrar.

Mais uma vez de nada serve falar...
E explicar o que se está a passar...
Papel, age como meu confidente...
Já que o meu amor está ausente.

Sei que em ti posso confiar,
E que manténs o que digo pessoal...
Por isso continuo a escrevinhar,
Espero que não leves nada a mal.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Há dias assim...

Há dias assim,
Em que nada está bem em mim...
Houve sem dúvida intervenientes tristes envolvidos,
E problemas que na verdade nunca foram resolvidos.
Mas não há-de ser por isso que serei diferente...
De mim... não de outra gente.
As nuvens que assombram o verão,
As noites mal dormidas nos lençois enrolados...
A procura do inicio da sensação...
E os pensamentos com emoções misturados.
Porque é que tudo há-de ser simples e sem problemas?
E não havemos de complicar algo que é básico...
Se o que precisamos é de levantar dilemas...
E alterar tudo o que sentimos e é práctico...
Todos nós sentimos e ao agir em consonância...
Aumentamos ou perdemos nos assuntos importância.
Mas o pior não é o que se passa ou se fala...
O pior é sentir que ao falar a alma se cala.
Que a magia se esconde num ombro recluso...
Que em vez de exteriorizar, fico resguardado, obtuso...
Mas como deixar de pensar?
Fechar os olhos e esperar... aguardar...?
Também de que serve a ansiedade?
Pois esperar o que faz é desgastar e criar idade...
Na indecisão do que se pode fazer...
Nada se revela, nada que implique crescer...

sábado, 21 de junho de 2014

Como o raiar do sol, que nos cega momentaneamente...
Somos surdos no aviso sonoro, que nos avisa do perigo.
Pois é assim o sentimento que nos faz esquecer a mente...
E procuramos unica e exclusivamente um abraço sentido.
Mas o caminho sempre se revela sinuoso e estreito,
Mesmo que de inicio pareça um tapete de veludo...
E assim o amor como a natureza encontra um jeito...
E a racionalidade se transforma num grito mudo.
De nada serve abrir bem os olhos ou esperar que tudo corra bem,
Quando não se quer ver o caminho...
Quando apenas queremos esse individuo, esse alguém...
Mas damos por nós mais uma vez, perdido, sozinho.

É sempre nos detalhes que nos perdemos,
Um brilhar ao luar, um sinal diferente...
Estranho é quando algo corre mal e recorremos,
Aos mesmos detalhes, diferentes em tanta gente.

Uma pedra no sapato, uma frase mal construida...
Um dia menos bom, uma noite mal dormida.
Gostar é ter o peito quente e bem aberto...
E apesar das palavras ruins manter-te bem perto...
E segurar essas palavras e sua investida.

Por vezes até um amo-te nos soa mal,
Mesmo que seja sentido e sem má intenção...
Mas sabendo que esse dia não é um normal,
Toleramos e aceitamos toda essa confusão.

Um novo dia vai despertar,
Um novo animo, um sorriso sincero...
Espero que esse dia também traga em par,
Esse teu desejo, pelo menos assim espero...

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Mais uma noite que se desenrola,
Para mim suave como veludo...
Há quem se vá distrair com a bola,
Eu prefiro perder-me num afagar mudo.
Passar teu corpo em doces beijos,
Nesta voz que não contém seus desejos...
Arrepiar-me como se não houvesse nada,
E sussurrar-te em voz alterada...
"Sabes que te procuro em cada esquina?"
"Que tento respirar o ar que expeles?"
"Que esse teu cheiro me enlouquece e alucina?"
"E que até adoro quando me repeles?"
"Que se fosse maior e bonito como Deus..."
"Para nunca te dizer, nunca permitiria o adeus?"

Não espero respostas pois de nada me servem...
São apenas palavras colocadas umas a seguir às outras.
Sei que com as tuas as minhas mãos tremem...
E que na minha boca as palavras ficam soltas.
Poderias tu dizer:
"Pois tudo se iniciou tão depressa..."
"Nem sei que pensar ou querer..."
"Mas sinceramente nem interessa..."
"Pois também tu me fazes tremer."

Mas de que interessam todas essas palavras?
E o porquê de as teres colocado nessa sequência?
São mais que palavras perdidas, são escravas!
E andam rodopiando nesta minha demência...

Não te sei explicar o como nem o porquê...
Mas elas forçam sua saida abruptamente em qualquer instância...
Será que é a alma que de vez em quando vê...?
Ou que sente demais essa tua ausência?


segunda-feira, 16 de junho de 2014

Mais uma vez me apercebo,
Que as acções ficam mesmo para quem as pratica...
E quanto mais penso nisso mais me lembro,
Que uma boa alma quando injustiçada não se fica.

Mas que fazer quando quem nos magoa é familia?
Colocamos tudo em questão por sentirmos mais a peito..?
Ou tentamos por tudo para ficar em sintonia...?
De uma forma ou de outra evitar discutir e tentar arranjar um jeito?

Sorrir quando queremos gritar,
Hipocrisia ao mais alto nível!
Mas tem de ser assim, não é fácil amar!
E engolir sapos deste tamanho? Incrível!!!

A velhice também não perdoa ninguém...
E a forma como lá chegamos é demonstrativa.
Do que passámos e fizemos a alguém...
Mas que agora temos outra perspectiva.



sábado, 14 de junho de 2014

Injusto... (Texto Antigo, muuuuito antigo)

Não sei como começou ou de onde começou esta procura...
Não sei explicar o que estou a sentir ou a forma que mais me faz sorrir.
Sei que a inconstância da vida e a sua volatilidade nos marca a todos...
Sei que as cicatrizes que temos nos moldaram e colaram as partes que alguém dividiu.

Não sei o amanhã, não sei o porquê...
Na verdade... não sei muito!
Sei que a vida nos faz rasteiras e que a injustiça é ponto presente e constante em qualquer fase da nossa efémera vida.
Sei que quando começamos a apreciar as pessoas que nos rodeiam, que as mesmas nos são negadas... tão cruelmente quanto o coração nos ser arrancado do peito ainda a pulsar.
Que esse vazio... nunca é preenchido e que em momentos de felicidade que nos dói a alma por não podermos partilhar a felicidade com elas...

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Os lençóis sem ti parecem lixa,
E estes olhos que fechados só a ti vêem...
Não conseguem desligar a ficha...
E sentem a ansiedade que os braços têm...
Desse nosso doce abraçar,
Que se teima a demorar!
Na conversa que se segue,
O ritmo é reduzido...
E este pensamento que te persegue,
Docemente te sussurra ao ouvido.
"Pudesse eu te ter aqui,
Apenas para nos meus braços te segurar...
E ficaria sem duvida feliz enfim,
Nem que fosse nesse doce abraçar!"

terça-feira, 10 de junho de 2014

De que falar da vida?
Do amor, do tempo, da saudade, da dor?
De que falar da vida?
Do tempo perdido, escolhido, esquecido, vivido?

Escolhemos tantas vezes olhar para trás que nos esquecemos de olhar para a frente...
Mas de que servem as escolhas tomadas, erradas, alteradas, perdidas, arrependidas?
Escolhemos relembrar um passado em que fomos felizes e pensamos que é presente...
Mas num mundo idilico, somos reflexo do passado, de vidas sentidas, colhidas...

As questões a que nos colocamos,
São pertinentes e constantes em mentes conscientes...
E mesmo quando com elas nos deitamos,
Ao acordar não deixam de ser menos presentes.

Cada dia com estas questões me interrogo,
Talvez com intuito de me conhecer melhor...
Se talvez com alguém pudesse ter este diálogo,
Poderia-o fazer sem deixar que as palavras saissem de cor?

Pois na nossa mente somos aquilo que pensamos,
Mas poucas vezes somos (na nossa mente) aquilo que fazemos...
E ao escolher o curso de água que nos alimente a alma...
Poucas vezes vamos pé ante pé a tentar manter a calma...

Mas se a alma sente e o coração está nesse sentimento presente,
Deveremos resguardar a dor ou salvar um pedaço ausente?
Para nos defendermos de algo que pode infligir essa mágoa...?
Ou deveremos abrir o peito e entregar a rasa tábua?

Os defeitos do passado apenas condicionam atitudes,
Pois se estivermos à espreita que eles voltem a assombrar...
Depressa surgem defeitos em vez de virtudes,
Pois nenhuma pessoa ou relação se pode alguma vez comparar.

E a perca de quem é relevante?
A dor que isso carrega e em nós se alberga...
Como perder alguém mesmo importante...
E voltar a querer ter essa entrega.

Sabemos que não é algo fácil se racional,
Mas como impedir o lado emocional..?
Quando tanto se quer que dói o impedir,
Quando ausente da tua presença nem consigo rir...?

Não se prende o que se sente...
Pois como um sábio uma vez me disse,
Só se vive uma vez meu filho, tem isso presente,
Em tudo o que faças, usa o teu amor, quebra o enguiço!

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Poderia mudar o caminho,
Curvar acentuadamente e fugir...
Mas para que mudar isto sozinho...
Quando o que quero é ir ter contigo e sentir.

O tempo que sempre foi volátil e inconstante,
É tortura que se insere pouco a pouco...
E neste alma que já foi deambulante,
De tanto gritar amor fiquei rouco.

Ainda agora me agarro ao peito,
Quando falas devagar na minha direcção.
E quantas vezes fiquei eu sem jeito...
Por não saber lidar com esta sensação?

Podes pensar o que quiseres do passado,
Mas nunca vai deixar de o ser...
Certo é que foi ele que me deixou alterado,
Por em ti, meu reflexo conseguir ver.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Sleepless nights....

Mais uma noite em que os sonhos foram tão fortes que me inibiram o descanso... em que as voltas que dei na cama a enrolar-me no edredon me pareceram um remoinho interminável à procura do calor que sentia no sonho, mas que não estava na minha cama... e assim se acumula o soninho, tão depressa desconsiderado pela tua possível presença no mesmo espaço que eu, pelo encontro antecipado nesta ansiedade que mais parece um nó de gravata, cada vez mais apertado, cada vez com menos espaço para respirar...
Mais uma vez me quedei a imaginar como seria percorrer a tua pele outra vez, sentir o teu cheiro perfumado que te caracteriza, ou o toque quente dos teus lábios nos meus... mais uma vez... acordei num salto ansioso que o dia chegasse... que te pudesse ver inesperadamente ou propositadamente.
E tudo isto se passa numa eternidade de fotografias e suspiros, mas apenas em segundos aqui dentro que se prolongam pela noite fora... por falar em noite fora e falta de sono... muito desejo e um beijo.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Semeaste em mim,
Em jeito sem querer
Uma insatisfação...
Um sempre querer,
Uma emoção...

E passou-se tanto tempo,
Correu tanta água...
Ainda tenho teu alento,
Neste corpo frágil.

E no momento de sair,
Recordo-me de ti...
Com medo de partir,
Lembro de quando te vi.

Como me mostraste outro eu,
Em situações tão peculiares...
Nunca me senti teu,
Nenhuma vez senti me amares.

Mas o que é o amor com retribuição?
Um jardim florado, um conto de fadas...
Amor que amor verdadeiro é complicação,
E bifurcações com muitas estradas.

domingo, 30 de março de 2014

Não me quero rever em ninguém,
Nem esconder quem sou... porém,
Não te quero assustar, nem mentir...
E quanto ao sentir... quero fazer-te rir!
Quero criar sorrisos sinceros,
Em momentos intimos, se preferes.
Quero que me agarres a mão na rua,
Mas inesperadamente como se fosse tua.
Gostava de sem saber te ver chegar,
Surpreenderes-me com um beijo devagar.
E num piscar de olhos arrebatares meu peito,
Sim, o que se esconde aqui quase sem jeito,
Cada vez que te ve chegar...
De tão escondido alterna para do peito saltar...
Pois esse olhar que só tu trazes,
Perdido nas atitudes difusas que fazes...
Faz minha pele arrepiar, como se me penetrasse.
E dentro da minha alma se completasse.
Este pequeno tremer de emoção,
É apenas o incómodo de sensação.
Um evitar de mágoa e dor,
Que se resguarda atrás de um muro sem cor.
Será que se torna mesmo um medo de viver...?
De me entregar e do teu amor colher?

quinta-feira, 27 de março de 2014



Ignoraste o meu desejo,
E mudaste tudo o que podias...
Pois perdido em teu beijo,
Estava esse orgulho que escondias.

A sala está diferente da configuração original,
Não reconheço o tacto das coisas que me rodeiam...
E tudo me parece verdadeiramente mal.
Quando todas estas sensações querem sair e anseiam.

Já correu tanto tempo nesta vida que levamos...
E de nada serve olhar para ti e não sorrir...
Já nem sei bem acerca do que escrever,
Mas a vontade é grande de sentir...
É maior a necessidade de te ver viver,
Apesar de viver ser muitas vezes fugir.

Como tudo na vida, podemos muitas vezes olhar para o chão...
Mãos nos bolsos e olhos na calçada à espera de algo que mude tudo...
Como se algo que encontrássemos, nos trouxesse paz.
Agora que já entendi maior parte das coisas que posso simplesmente aceitar...
Nada é igual e o tempo mudou tudo... até eu sou diferente e não mudo.
Na retrospectiva de quem fui... e de tudo o que tem vindo a mudar.
Não vejo acções más ou perspectivas egoistas que afastariam aqueles que amo...
Mas vejo atitudes que não se conjugam, vejo pontos de vista dispares de quem sinto que sou.
Fruto das perspectivas que tentei assumir...
Noutras almas que se preferiam reflectir assim...

domingo, 23 de março de 2014

Corres num prado verdejante,
Cosmos que te mira de cima.
E assim entras de rompante,
Num coração que muito estima.

Em puro contraste com o verde,
E os braços caidos a teu lado.
Neste sentimento que já cede,
É contigo que quero sentir o fado.

É condição para abraçar.
Numa página que já foi branca.
É imperativo com força te agarrar,
Para entenderes que a sensação é franca!

Mas o tempo apenas mostra um sentido.
No passado já ninguém vive.
E o futuro passa depressa, corrido...
Quando penso no que já tive.

Mas de que vale ter ou deixar de ter?
Não é assim que vemos o que precisamos...
E por muito que o queiramos esconder,
Temos de ser verdadeiros com quem amamos.

Hoje, já não te procuro...
Sei que um dia hás-de me encontrar.
Posso até ser um pouco duro...
Mas aprendi a por ti esperar.

De que vale entregar-nos a alguém?
Quando desconfiamos que não vai resultar...
Passa o tempo e depressa porém...
Chega-se à conclusão, que não basta amar.

sábado, 22 de março de 2014

Sabes que essas datas assombram-me?
Que recordar a ultima vez que contigo estive...
Me amedronta e arrepia?
Pois é esta vida que se vive,
E com quem estive, só eu poderei saber...
Mas a quem me entreguei...
E com quem realmente privei,
Nas formas mais puras de interacção...
Vive ainda intensamente neste coração.
Por acaso não sei bem as datas,
Nunca devo ter sido bom a memorizar...
Sou mesmo bom é a plantar... até favas...
Para mais à natureza me ligar...
Essas datas são supérfluas...
E o seu significado importante para alguém.
O tempo marcado pelas diversas luas,
Parece que fica sempre aquém.
Daquele entusiasmo, daquela sensação,
Que se respira, que exala emoção.
Mais uma vez, vou-me quedar já aqui perto...
Dia da poesia atrasado, já foi um dia tempo certo.
A chuva hoje ameaça,
Como se fosse deslizando pela atmosfera.
A água, gentilmente escorre pela minha cara,
Nesta minha pele rugosa do tempo que não pára.

Será o tempo uma interrogação?
Em jeito de pergunta ao ser...?
Ou viveremos nós em negação...?
Porque em todo este tempo, não conseguimos tudo viver?

Essa luz que no outro dia me aqueceu o peito,
Gostava que por cá já ficasse de vez.
Poderia dizer que é conveniente ou que dava jeito.
A verdade é que sinto a tua falta talvez...

Por isso se não tiveres onde ficar,
Tenho quarto extra para te acomodar.
Agora só espero que a lua não se importe,
De lhe convidar a cara metade de grande porte.

terça-feira, 18 de março de 2014

Mais um dia e pressões do quotidiano,
Em que os ponteiros rodam devagar...
Em que o dia se torna mediano,
E o desejo é do dia acabar.

Mas heis que o sol se revela,
E a esperança afinal respira...
Que este vento me encha a vela,
Pra ver se minha vida vira.

Cansado do frio e do escuro,
Abro a janela e respiro ar puro...
E que esta luz me levante e preencha,
Que ganhe força e agarre na prancha.


segunda-feira, 17 de março de 2014

Já começas a aquecer-me...
E num sopro rápido baixas a temperatura,
E o controlo começa a fugir-me...
Neste arrepio que se augura.

Beijas-me a pele sempre que podes,
E eu facilito essa tua intervenção...
Mas há tantas vezes que me foges...
E te tapas com tanta presunção.

Mas mesmo assim te desejo...
E te procuro em viagens...
Pois sinto a falta dos teus beijos,
E sem ti não há paisagens...

Oh como já eu ambicionava...
Esse teu brilho, essa tua luz,
Pois enquanto a chuva se debruçava...
Era quase carregar a cruz.

Agora que me acompanhas diariamente,
Posso fazer tudo a que me proponho...
Pois apesar de não seres gente...
É contigo em vida que realizo o que sonho.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Living...

Não quero escrever para ti...
Por saber que me lês.
E pensar em ti...
Relembra-me como me vês.
Mergulhado neste ambiente...
Divago, procuro-te, mas de maneira diferente.

Não comecei para te impressionar,
Apesar de saber que talvez gostasses...
Isto sou eu... nem toda a gente pode gostar,
Como se isso hoje em dia importasse...
Tenho este vazio que carrego comigo...
Mas que hoje em dia faz tanto sentido...

Passei tanto tempo a tentar encher esse buraco,
Que o tempo me moldou, num estado alterado...
Hoje, não olho para o buraco como um saco...
Mas como parte de mim ainda não quebrado.
E sinto um fogo a crescer dentro de mim,
Que me deixa contente e feliz por fim.

Por saber que de nada precisamos,
Quando a paz em nós procuramos.
E que cada dia que passa sou mais completo,
Não procurando o mesmo afecto.
Apesar de saber que todos nós erramos,
E necessário que os erros, os vivamos.

E assim, todos os dias acordo e coloco a musica a dar...
Não para me forçar mas sim para a sentir,
Pois que é a vida senão uma musica a tocar e nós a dançar?
Em que o propósito máximo é pular, saltar e rir...
Vou deixar de complicar e tentar ainda ter uma vida semelhante ao que idealizei?
Ou vou assumir que preferi outra direcção e me realizei...?

Ok, não tenho um carro novo para andar,
Nem procuro mais ganhar...
Amanhã arranco para sagres e nada paga isso...
Estar sentado na praia com garrafão de vinho, queijo e chouriço...
Pisar a areia... molhar a cara...
Querem ver que tenho vida cara?






quarta-feira, 5 de março de 2014

Espero que não estranhem que de repente me tenha apetecido escrever novamente...
Fui convidado a integrar um livro de autores diversos Portugueses com alguns dos meus poemas, daí ter voltado a escrever com alguma maior periodicidade.

Não é fácil escrever... parece que quando tudo está bem que a escrita não é tão importante e dificilmente nos conseguimos agarrar a ela com dentes e garras. Fica como que relegada para segundo plano. No entanto, acho que se desejamos que assim seja, que assim se deva processar, nunca esquecendo que, a escrita e a poesia são ao mesmo tempo periodos de relaxamento em que nos tomamos individualmente e processamos os nossos pensamentos mais reconditos e privados.

Algumas das coisas mais bonitas que já escrevi, se não todas, foram quase sempre em periodos perturbantes... Crises de amor, falecimento de familiares, luta por independência, entre outras crises emocionais e perturbantes seja em que fóro for.

O papel sempre recebeu a minha dor, alegria, extâse, luxuria... espero que eu consiga continuar a honrar o papel com palavras que fiquem bem bonitas na mensagem que desejo enviar...

Boas leituras! :-)

Já passou tanto tempo,
Mas os dias que me dizem algo...
Carrego-os com muito alento.
Em peito orgulhoso de fidalgo.

Farias hoje 60 anos...
Tu que todos os dias me fazes falta...
Todos os copos que tomámos,
E conversas pensava eu serem de chacha...

Continuam a ser bebidas,
Em recorrentes investidas...
Sempre com esperança de te melhor recordar.
Porque o tempo continua a passar.

Na névoa das tuas expressões,
Ficaram as tuas palavras.
Recordo algumas alterações,
Quando a voz ficava fraca.

Partiste há já tempo demais para me cairem lágrimas,
Mas sou quem sou devido a ti também...
E orgulhoso escrevo sobre ti nestas páginas,
Tu que fizeste de ninguém, alguém!


terça-feira, 4 de março de 2014

Acho que cada vez mais,
O decurso da nossa vida não pode ser errado.
Já o mesmo não dizem nossos pais,
Que em muitas acções não se identificam no passado.

São decisões ao segundo,
Numa vida que se nos escapa.
Algumas com significado profundo,
Outras perdemos tempo em lhes retirar a capa.

O que é certo é que no final do dia temos de sorrir,
E olhar para trás sem pesar.
Pois nada em vida é melhor que sentir,
Quando se tem assim tanto para dar...

A distância e saudade complicam decisões,
Atrasam mudanças que muitas vezes melhoram...
Mas são essas as nossas emoções,
E são elas que em nossa alma vigoram.

Sempre que o medo te surpreender,
Depois de contares alto e te conseguires acalmar...
Olha para o medo com pesar,
Pois quem o medo deixa mandar, não está na verdade a viver.


segunda-feira, 3 de março de 2014

Em cada dia que passa se aprende,
Até se pode passar algum tempo em que nada ocorre.
Mas seguramente que até na mais pequena atitude rende,
Esse ensinamento que mais cedo que tarde escorre.

Podem ser coisas simples de amizade,
Pior seria se com a saudade tivesse a ver…
Não digo que não aprenda nada com a saudade na verdade,
Mas tudo o que tenha a ver com saudade é a doer.

Na recordação de tempos vividos,
Aprendo que nunca se diz nunca…
Que não se ignora os sentidos,
E que nem os amigos são intemporais.

Estou a tentar assimilar há algum tempo,
Que se algo tenho de fazer é de assumir quem sou…
Sem pressas nem pressões, há que ganhar alento.
Saber o que quero, para onde vou…

Deixar de aceitar trabalhos semidementes,
Em ambientes que se cortam à folha de papel…
Pensam que nos pagam decentemente,
Enquanto na nossa boca fica o sabor a fel.

Sobrevivemos cada dia com menos,
E esticamos o lençol para os pés tapar…
Qualidade de vida que se inveja no estrangeiro ao menos,
Pois não tentam ir ao Hospital nem segurança social visitar.

E assim se passa mais um dia português…
Onde todos nos queixamos mas ninguém faz nada.
Pode ser que consiga aprender de uma vez…
Aceitar que posso ficar, com o que o estado me deixar ficar.

Oh como a pétala cai,
A terra se molha…
E o vento vai…
 
Ai que dor que sentia,
Que pelo peito escorria…
Ao ouvir esta canção.
 
Calafrio doce,
Num sorriso acanhado…
Tímido beijo acaba transformado.

Mas aí te quedaste,
E em flor te tornaste…
No centro da minha mão.

Não sei nem porquê,
Mas desde cedo que soube…
Connosco sempre amor houve.

Pois quando fecho os olhos,
Como quando olho para o sol…
Apareces em círculos improváveis.
Círculos esses com vontade própria, indomáveis.

E assim me cegas célere,
Num esgar de tentação,
Numa tentativa de recordação.

 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Wake up...

Não o posso chamar de acordar do guerreiro,
Mas posso denominá-lo de despertar do vazio…
Da dormência que impus a mim verdadeiro…
E de quanto tempo perdi a olhar para o pavio.

Como sempre… prefiro não esquecer,
E aprendendo tomarei acções diferentes…
Não condeno o tempo passado a se perder…
Mas a ultrapassar todas essas torrentes.

De que vale forçar algo que sabes que não vai dar?
Um sorriso inócuo e uma vontade dissimulada…
Acho que apenas tens medo mas não assumes de falhar…
No silêncio da tua atitude onde nem uma palavra é arrancada.

O frio de onde venho instalou-se neste peito…
E para o aquecer agora… não tem jeito!
E esse toque que antes em mim era erupção…
Cerra-me a cara, fere-me o coração.

Como sempre… as palavras não voltam a entrar,
Querem mesmo sair na raiva de as gritar…
Respiro fundo, conto outra vez até dez ou vinte…
E por muito que tente parece sempre que minto.

Bon Iver at AIR Studios (4AD/Jagjaguwar Session) (+playlist)

I feel the ropes of the ship tightening as the wind picks up... The boards crank and moan as if they had something to say, As the silence ar...