segunda-feira, 21 de março de 2016

Lovers don't always win...

The artwork of our life,
Has turned dark in a hurry.
Maybe when you turned into a wife,
Looking back, the past is blurry.

There is no point to precise,
Or to point fingers for blame.
Maybe I've just realized...
Without you, nothing will ever be the same.

The sketches don't even come close,
To our details, our bright colors.
Not one of our drawings are for those,
Who consider themselves better than others.

Our song was not yet complete,
Our chorus just a beat...
The lyrics are strong not discreet,
Please come over and have a seat.

May we investigate where we went wrong?
The time, the will...
Was it our song?

All has lost its color,
The sky, the ocean, the sun...
Until today I wonder how you are...
Will it ever heal this scar?

domingo, 20 de março de 2016

Ciclos... a olhar para o passado, para poder prever o futuro.

O dia amanheceu e os meus olhos semicerrados viram os primeiros vislumbres de luz a passarem pelos buracos da persiana mal fechada enquanto divagava nos teus olhos. O teu vulto não se fez visível e tu não estavas lá... a lembrança de tal passado distante deixou-me incomodado, agitado, saudoso...
Como produto do meu passado, olho para trás e contabilizo os sorrisos, as más disposições, o amor que não permitita o afastamento e as caricias que constantemente se entregavam.

Tenho saudades de me sentir assim... quase completo... quase inteiro...

Tenho vindo a aprender que não se pode acelerar os ciclos da vida. Num dia podemos estar na crista da onda como no dia a seguir presos no inside enquanto caem sets infindáveis de ondas. Não serve de nada remar com mais força, fazer os bicos de pato bem fundos... se forçares a tua saída não vais ter o mesmo "commitment" para apanhar a tua onda como deve ser e mesmo que a apanhes, não a vais aproveitar e disfrutar como se tivesses sentado no outside à espera dela e ela te tivesse escolhido. A vida é um puzzle complicado onde uma peça pode-lhe dar significado e retirar-lhe o brilho. A paciência é peça constante dessa equação e sendo uma virtude, apenas se pode aprender dela...

Assim vou-me deixando andar nesta tempestade de acontecimentos, levando a minha jangada onde o mar me deixar. À deriva pode ser que acabe num porto seguro ou a conhecer os cantos do Oceano, nesta jangada sozinho.

sábado, 19 de março de 2016

Olá...

Olá...
Não me conheces mas vou entrar na tua vida...
Não há nada que faças que possa evitar esse nosso encontro. Foi destinado há tempo demais para poder ser recordado. Tu és o Sol! Eu Água! Juntos, criaremos uma árvore de amor onde os nossos rebentos possam crescer livremente na sombra delicada da tua luz e no amparo fresco e limpído da minha fonte.

Sei que se lesses isto que possívelmente ridicularizavas o meu discurso. Que me dirias que ninguém sabe o dia de amanhã, que um virar de página pode apresentar muito mais que apenas letras... e que toda a nossa leitura e interpretação das coisas que sabemos, pode ser questionado e dubiamente entendido.

Mas eu vi a nossa árvore, segurei a mão dos nossos filhos e colhi os teus beijos sempre que pude. Um dia que não abrisse os olhos nos teus contornos das maças do rosto, em que não passeasse na tua pele de veludo, em que não me encantasse no doce som da tua voz... não era dia para lembrar...
Vamos disfrutar da vida como sempre secretamente desejámos e nunca confidenciámos a ninguém... como eu nunca tive coragem de viver... até te conhecer, até vermos um no outro uma abertura sem julgamentos ou prepotência... até identificarmos que andámos a vida toda à procura um do outro apenas para nos perdermos numa entrega tão pura e despreocupada que nada mais existiria.

Ainda nos vemos por aí... ;-)t

sábado, 12 de março de 2016

Esta noite sonhei contigo,
Como os teus desejos me aqueceram.
Foi nesse sonho que fiquei perdido,
Onde os primeiros se perderam.

A tua pele cauterizava no toque,
Os teus lábios ardiam...
Foi por isso para mim um choque,
Sentir que partiam...

Ao passar a mão na tua anca,
E sentir o fervor que te dominava...
Quase não retenho meu corpo que avança,
E recuso-lhe o que tanto desejava.

O frio do quarto preenche-se de rubro,
E as paredes rasgadas de paisagens...
A alma não aguenta, rápido descubro...
Para avivar antigas miragens...

Quando nos esquecemos do mundo,
No nosso olhar profundo...
Somos unos verdadeiramente,
De um amor que não é recente.

Carregamos experiências,
Em memórias retidas e ignoradas...
Mas nem grandes ciências,
Separam duas pessoas amadas.

Nem tempo nem distância,
Podem impedir o amor...
Nem marcas de infância,
Nem relações sem cor.

Acho que se trata de voltar a acreditar,
Numa sensação de concretização pessoal.
Paixão é efemera, amor é para durar...
E é tudo menos normal!

Assim deixo aqui uma declaração,
Uma ode à plenitude.
Não vou abandonar a emoção,
Nem esquecer a juventude.

Vou olhar o luar,
Vou dormir nas dunas...
Voltar a acreditar,
Em ligações profundas.

Vou saltar com vontade e querer,
Como se os anos não houvessem.
E utilizar o passado para aprender,
A viver nos anos que passem.

Sei que algo está errado ainda,
Pois ainda aguardo a tua vinda.
Mas ao esperar vou aproveitar,
Esta alma e corpo que tenho para usar.

Mas não demores muito mais a chegar,
Minha musa, minha alma delicada...
Tu que nos meus sonhos vens habitar,
Porque é em ti que mais quero me deleitar.

Entranhar-me em ti num doce corropio,
Enquanto te enfias por debaixo das unhas.
Os batimentos tremem a chama do pavio,
E nossas mentes perdem-se nas brumas.

Mas sabendo quem eu sou,
Saberes quem tu és...
É cultivar a terra que se arou,
É fazer a cova da semente com os próprios pés.

Agora só falta chegares até mim,
Para colhermos os frutos da vida...
Sou perdido por ti e nem te conheci,
Desejoso dessa vida vivida.

Enquanto não chegas não te procuro mais,
Pois por tanto querer já me perdi...
Não quero conhecer mais nenhuns pais,
Já chega todas as escolhas erradas que vivi.

Se não sabes por onde estarei,
Também não to sei agora dizer...
Uma coisa agora que me lembrei sei,
Podes sempre começar por aqui escrever...
Pouco há a dizer...
Posso dizer como me sinto... mas que propósito vai isso servir, penso enquanto lanço o copo amarelado pelo seu conteúdo à boca. Sou algo deturpado pelo fumo e alcóol, em que fujo ao que posso ser, em que me contento e ao mesmo tempo me condeno. Sou produto do que se espera de mim no mais brilhante contraste do que poderia ter sido salvo todas essas pressões e ambições que não são minhas. Mas sou! E neste manto cinzento em que envolvo a minha vida muitas vezes perco direcção, divago nas decisões até estas expirarem e derivo num estado de complacência em que nada parece acontecer mas em que essa mortalidade de eventos me nutre de um carinho que não tenho de mais nada senão a pintura, a escrita ou o surf. Uma calma e paz de espirito que normalmente me define e caracteriza... ou seja, devo ser para além do produto de tudo o que foi anteriormente dito produto também desses elementos e da sua falta. É intrigante o quanto se pode presumir ou aprender... num copo de whisky.

terça-feira, 8 de março de 2016

Foi numa noite assim,
Que embatemos com violência.
Ninguém podia adivinhar nosso fim,
Ou como sobrevivemos a tamanha ausência.

Certo é que ambos sabíamos,
Foi num olhar a certeza final.
E daí um romance vivíamos,
Numa intensidade pouco normal.

Teus beijos que não paravam,
Minhas mãos nas tuas curvas...
O bater dos nossos corações aumentavam,
Enquanto nossas visões se tornavam turvas.

Entregámo-nos à luxúria e ao desejo,
Nos pensamentos e nos sonhos,
Na realidade foi só um beijo...
E quando terminou deixou-me tristonho.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Como hoje é um dia perfeito...
A chuva de manhã impediu-me de sair.
Enrolei a manta em mim sem jeito,
Dei-te um beijo que antecipa os que estão para vir.

O cheiro que a terra deita,
Já faz mossa às saudades da chuva.
E o meu olhar a tua presença aproveita,
Antecipando novamente a tua fuga.

Mas é hoje o dia perfeito em que eu,
Pinto um quadro e escrevo algo sem sentido...
Em que acho o meu coração no teu,
E em tudo o que temos vivido.


I feel the ropes of the ship tightening as the wind picks up... The boards crank and moan as if they had something to say, As the silence ar...