sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Olá...
Não sei quem és nem de onde vens. Para onde caminhas só tu saberás e mesmo isso é questionável. Não sei como deste com este sítio onde eu deposito emoções em letras e sensações em frases mas sê bem-vindo/a... aqui... todos podem escrever e deixar para a posteridade qualquer comentário seja feliz ou infeliz, produtivo ou critico. Aqui, como no papel, as letras são aceites, só depois é avaliado o peso de cada uma e o seu significado mais profundo escrutinado em alturas mais intimas e propícias.
Se fores ver, não há assim tantos comentários, logo, até percebo que te sintas intimidado/a por deixares uma réstia do que sentes/pensas das minhas palavras ou do que quer que te vá na alma... mas... que somos nós senão aquilo que carregamos? Eu, já tive direcção, carinho e amor mas não soube cuidar pelo que parece... mais uma aprendizagem da vida, mais um chapada de mão aberta a colocar as coisas em perspectiva. Cada um já teve uma direcção que em alguma altura da vida considerou ser a melhor coisa que poderia estar a fazer apenas para se aperceber que a profundidade dos nossos olhares não chega onde deveria chegar e quando chega somos nós que nos recusamos a ver...

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

O céu está cheio de cinza escura...
O fogo arde mas não se vê daqui.
Já chega desta batalha que perdura...
É a nossa terra que arde assim.

Fruto de vis actos do homem...
E dos pseudo benefícios económicos.
Não importa quantos euros tomem,
Na frescura dos seus gins tónicos.

O que importa é ter o bolso cheio,
E andar em grande cenário.
Sendo que o azar é em terreno alheio,
Fruto do meu mal, que sofra o otário!

Arde já há mais de dois dias,
Acima de 21.000 hectares.
Ó Costa, dizias que prevenias...
Não faz mal, há mais para roubares.

Somos nós novamente o povo,
Que segura a lona para vocês não se molharem.
Monchique sê valente de novo...
Reunimos esforços, comida e pomadas para usarem.

Os Algarvios são verdadeira gente,
Até a mim me custa aqui ficar...
Isto sim é gente que sente,
Não é fogo que os vai parar.

Já é de noite quase cerrada,
Quando ainda estava na praia segunda a esta hora.
As sirenes passam de tacada,
Pobres coitados vencidos trazidos do fogo para fora.

Como tenho a alma pesada e triste,
Pelas recordações que ardem na memória.
Salvemos o que ainda existe,
E aprendamos desta vez a história.



terça-feira, 7 de agosto de 2018

E de volta depressa se revolta,
Este grito mudo que me silencia.
Transtorna com essa raiva que se solta,
E que terminou em mim um dia.
Acabou com a morte da esperança,
Acabou com toda a vontade de viver.
Foste tu ou serei eu com esta lança,
Poderei eu poder em paz morrer?
Mas as memórias como pesadelos,
Da perfeição que já foi.
História que é história em novelos,
Que me come e corrói.
Mas o que mais dói é mesmo saber,
A plenitude que talvez tenha sido minha apenas.
Serei cego demais para conseguir ver,
Ou é a minha alma que envenenas?
Foste mas ficou algo aqui,
E não foi a perfeição que tivemos...
Mas funcionava para mim,
Servia para crescermos.
Que se foda agora a expectativa,
Do que queremos para nós.
Que haja mais dessa bebida,
E se silencie esta voz.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Por vezes esqueço-me que não estamos juntos,
Agarro o telemóvel e já não vejo Amor na lista...
Já mudei o teu nome, mas não mudei meu coração,
Volta a ti mesmo que não queira e resista.
Mas guardo o teu número com esperança...
Que um dia te lembres que te faço falta.
Se aparece Amor novamente no tele não sei que faça...
Mas se aparecer não vou reconhecer essa malta...
Ainda sonho com o dia em que me dirás que foi como ficar sem ar,
Todos estes dias, semanas, meses que sobrevivi sem ti.
Que o afastamento foi necessário para saber o que era amar,
Mas agora sei eu que sobrevivo, apesar do que senti...
Ainda tenho o teu número no telemóvel guardado,
Talvez a pensar que um dia vou ter coragem de ligar...
Para ser sincero tenho o teu número memorizado,
Mas já não sei se o que sinto por ti é amar.
Talvez guarde o teu número na memória,
Para te ligar e dizer que já foste mais do que és...
Para te dizer que podíamos ter tido melhor história.
Já pouco interessa como ou o que é que cada um fez...
Talvez para num futuro próximo te poder dizer,
Podias estar comigo de mão dada e cabeça erguida.
Com mais um ou dois filhos lindos e amados a crescer,
Na nossa casa não faltaria nem amor nem comida.
Começo a achar que guardei o teu número na cabeça,
Com qualquer outro propósito que não de falar contigo.
É bem provável que até ao fim de semana o esqueça,
Pois contigo a vida já não faria sentido...
Já não espero por ti...
Ainda te procuro nas faces das outras pessoas,
Inconscientemente claro está...
Mas já não desacelero a passada...
O olhar fica perdido por vezes,
Em olhares complexos de cor variada.
Mas assim que há o assumir que não és tu,
O interesse fugiu, desapareceu, partiu...
A ansiedade das saudades,
É o que me faz procurar-te...
Já nem é tanto por ter gostado de ti,
Mas sim por ter sentido plenitude,
Em alguma parte do nosso amor.
Por ter sentido algo maior,
Como se tivesse de novo na juventude.
Pensei que esse impacto que tiveste em mim,
Fosse o amor em estalo marcado numa cara distraída.
Depressa descobri que era eu que desejava,
Uma história de amor que não acabava...
E foi o que a fundo por nós assumi,
Sem olhar a custos, despesas ou consequências.
Fiquei no final apenas eu, sozinho, assim...
A questionar as minhas questões ou demências.
A questionar a minha falta de visão,
Ou onde terminei a nossa interacção...

Já começa a cansar teres marcado tanto,
O tempo teima em não passar...
Por vezes ainda acordo num pranto,
Por lembrar que não sei o que é amar.
Por pensar que já conheço,
Quem me faz bem à alma...
Mas agora já não esqueço,
Mesmo que perca a calma...
Que a vida no final começa e acaba em mim...
E perco eu tempo a ficar assim?

I feel the ropes of the ship tightening as the wind picks up... The boards crank and moan as if they had something to say, As the silence ar...