sábado, 3 de novembro de 2012

A chuva cai... tilinta no meu ouvido,
Como ouro que comprova vidro...
Este ritmo a que cai sugere uma dança...
Desconcertante, uma dança apaixonada...
Em que pouco importa o quanto nos molhamos,
Ou que roupa trazemos vestida...
a chuva cai...
a chuva cai e há quem deseje que nunca se vá...
Quem deseja que nunca tivesse vindo... mas certo é...
Certo como as gotas que ouço colidirem com o chão,
que a chuva cai... o asfalto parecendo um riacho transporta sementes, folhas, restos do que foi...
Do que já passou e limpa... gota após gota...
Que desliza no alcatrão recolhendo as impurezas...
Que com pouco a pouco vai revelando certezas...
a chuva cai.

sábado, 15 de setembro de 2012

Já ouvi muitas vezes falar...
De circunstâncias que nos impedem de avançar.
Como muitas delas nos causam dor...
Ou coisas simples como bloqueio de escritor.

Houve afirmações (talvez) infundadas...
De vozes da raiva em almas conturbadas.
Afirmando o bloqueio em altura serena,
Mas se assim fosse... seria realmente uma pena.

Pois que melhor altura para escrever,
Que quando a alma apenas sorri, sem sofrer?
Que melhor altura para apreciar...
Os prazeres que o amor pode providenciar?

Gostava de conseguir exprimir...
O sorriso da madrugada.
Mas palavras seria mentir.
Felicidade na alvorada...

Sei que por ti seria de evitar,
O crepusculo... o despertar...
Mas para mim é acordar a sorrir...
Por estares ali, por te sentir.

Talvez por isso não consiga dormir,
Por ter tanta vontade de te fazer rir...
Ou por tanto ambicionar,
Um primeiro acordar no nosso lar.

A velocidade é algo que me fascina,
Gostaria de apressar o tempo...
Um ano num piscar de olhos, imagina!
E a nossa interacção em aumento...

Um breve vislumbre do que seria...
A matilha de cães, uma selvajaria!
O acordar doce, o sol já alto...
E o cheiro do quarto ao lado a talco.

Será criar sorrisos em crescendo,
Com ensurdecedor riso matinal...
E esses olhos noutros nossos de momento,
Esquecerá tudo que a manhã faz de mal.

domingo, 9 de setembro de 2012

Acho realmente engraçado como a vida tem a audácia de nos dar um chuto no cú de vez em quando para nos lembrar das coisas que antes diziamos com tanta segurança (possivelmente apenas nós acreditávamos no que diziamos) e certeza... mesmo quando outras pessoas que na altura, importantes ou não, nos vinham dizer, acredita em mim... passa-se isto e isto e nós cegamente não queriamos ver...

Curioso... no minimo... mas mais engraçado é o sarcasmo que a vida tem que é inegável e bem visivel!

Ao mesmo tempo que escrevo isto começou a House of Cards dos Radiohead... escolha aleatória na minha selecção musical do dia de hoje... engraçado... como podemos construir um templo, uma casa com fundações (pensamos nós) fortes, para com um sopro tudo ser derrubado, para com uma mudança de direcção se desmoronar num ápice...

Houve poucas coisas que o meu Pai me ensinou no decorrer da (para mim) pouca interacção que tivémos... foi das mais importantes... ensinou-me a levantar. De queixo erguido e costas direitas, orgulhoso do caminho que fiz, da queda que dei, da aprendizagem que absorvi e entrosei, e consciente de todos os pontos até à própria queda.

Houve em tempos conselhos fornecidos por pessoas importantes aquando da minha partida para outros paises... toma cuidado... não te metas em sarilhos... afasta-te de situações melindrosas, mesmo que tenhas razão...e mete-te apenas na tua vida.... hoje em dia, prefiro pensar que cometi erros, que aprendi com eles, que cai inumeras vezes, mas que sempre voltei a ficar de pé...

Thanks Dad! :-)

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Deixei-te na cama...
E foi bem dificil de lá sair.
Depois de tão pouco tempo,
A tentar dormir em desespero.

Já sai daí há tanto tempo...
E anseio o regresso a esse conforto.
E depois de ver tantas pessoas,
Mais desejo o teu olhar, esse rosto.

Bocejando de seguida...
Procuro algo a que agarrar a atenção,
E fosse eu mesmo músico a sério...
Que assim concluia a tua canção.

Será cantada por muito mais tempo,
E espero que nem seja terminada...
Pois só de tocar dá-me alento,
E a nossa história nem começou a ser contada...

A forma como me perco em ti,
Os desejos que me avassalam perdidos...
A minha partida e o que senti...
Perdi e ganhei todos os sentidos.



segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Num percurso calmo e aparentemente tranquilo, as curvas sucedem-se e os buracos são em maior numero... desvio-me mas fugindo de um, caio noutro... Como muitas coisas na vida, os imprevistos marcam o caminho que levamos e a firmeza com que assentamos o pé... pequenas surpresas podem muitas vezes significar grandes alterações e grandes surpresas, subitas mudanças de direcção... Uma disposição indisposta a sorrir, um feitio que se proibe de sentir para se manter, uma janela que no seu abrupto fechar movimenta o ar que solta a nesga da porta...

Corro sorrindo do rumo que levo... orgulhoso e de costas direitas mostro o sorriso para quem quiser ver... quem não quiser ver... pode sempre olhar para outro lado! ;-)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Como a poesia é um escape...
Que se prende nos dedos, que não se largue...
E em ler palavras diferentes nos apetece sentir...
Nos apetece escrever e nas mesmas palavras discorrer.
Mesmo quando o tempo teima em se apressar,
Há emoções que insistem em se mostrar.
Como em antecipação da viagem que nos separa,
Em que puxo fogo à cama que me abriga... e que me castiga...

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Sinto necessidade, mas as palavras teimam em ficar...
E ficando, amargam-me a boca, fazem-me a voz rouca, tenho de as expulsar...
Coloco-me no foco da questão, como sempre, marcado pela emoção...
Neste pouco jeito de escrever, o que realmente quero, o que tenho para dizer.
Assim escorro nesta falta de nexo, nesta pesquisa de léxico, onde gosto de me perder...
Inequivocavelmente, sou pessoa pensante, sem voz sonante no meu mundo.
Não gosto de assim pensar, que no meu mundo pouco mando... mas será assim tão relevante mandar?
Este doce sabor de ir à deriva, num curso limpido e sem malicias...
Esta agradável sensação de poder cair da jangada e ter pé, conforta-me...
O calor que se vai propagando pelo corpo é trazido pelo beijo que o sol me presenteia e o equilibrio da jangada é apenas mantido por me acompanhares nesta deriva que nos transporta.
Não ouço nada que não sejam os passarinhos num trauteante chilrear, num assobio frenético de romance e o cheiro das flores enebria e alisa as águas que nos transportam suavemente.
Como uma fonte, cada gota que embate na jangada emite uma vibração, um som... tão relaxante... tão bom!
O sorriso continua a estar aqui estampado... neste curso que me sossega... não vislumbro quedas de água no meu caminho, nem rápidos que me agitem... senão os rápidos que aceleram meu coração ao te ver, apenas virando a cara no nosso "tanning process" privado... :-)

sábado, 30 de junho de 2012

Colheitas improváveis de sorrisos ou de simples emoções,
Num texto perdido mas sentido que encontrou caminho...
Fez lembrar outros tempos e outras pessoas, numa nostalgia profunda...
Brevemente, revejo épocas em que não ligava ao rumo...
Em que o amanhã era menos importante que o hoje, num passo marcado e definido.
Esses minutos, que se acumularam em horas e dias,
Marcaram pequena alma que se fez crescer inevitavelmente contrariada...
Forçada a abandonar o sentimento de jovialidade e a aceitar as responsabilidades que isso acarreta...
Fez-se madura, pensante, distante de todas essas alegrias que poderiam atrasar seu rumo.
Hoje, ainda com os pés inseguros nos passos, ainda com a garganta apertada de cada vez que tenho de proferir a palavra responsabilidade, ainda com um nó no estômago de me aperceber cada vez mais que a idade pesa-me, que o rumo atrasa-se e que o objectivo pessoal de melhorar, ficou esbatido em termos e definições, em situações e emoções que preferimos não contrariar que preferimos não lutar...
Hoje, sinto mais a falta de alguém! Mas de alguém, que sempre se fez sentir com a mesma força... que apesar de estar longe me enchia de orgulho, que da sua recordação me vêm lágrimas... que preciso! Hoje especialmente e sempre!
Vim escrever não por sua causa, mas foi ele que interveio em mim numa recordação fulminante, foi ele que me apertou aqui o peito e me fez sentir sua falta... mais hoje que nos outros dias todos desde a sua partida.
Era ele que me curava este aperto, que me fechava o cerco num abraço melhor que o meu, maior que o céu...

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Ainda ontem recebi um comentário... não tão visivel quanto os que são postados aqui no Blogue, um directamente transmitido via oral... este comentário implicava que a minha escrita era, ou é, uma escrita triste ou que ultimamente assim se tem mostrado aos que o lêm...

Ultimamente até tenho visto a vida com uns olhos bem abertos e desejosos do futuro que se adivinha... até tenho acordado a sorrir e com muita vontade de viver todos os prazeres da vida, até antecipo a saída do trabalho e organizo coisas quando antes não me fazia diferença... quando saisse logo organizava alguma coisa... se tivesse vontade claro...
Acho que o que se passa é que por estar feliz, por me sentir abraçado pela vida e sentir que não é uma fase má, sim porque a vida é marcada pelas subidas e descidas de humor, pelos maus acontecimentos, pelas coisas boas que nos surpreendem..., quando há algo que nos entristece, recordamos esses momentos, revivemo-los, pois como criaturas do destino, somos marcados pelo que vivemos, cicatrizes que carregamos, umas com mais orgulho que outras. Situações que nos entristecem, são fugazes quando se está feliz! Já fugiu... :-D
Happy Days!!!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Como os cursos de água incham... e numa torrente mais forte, procuram novos caminhos, abrem regos no chão e transportam todo aquela vida liquida para conhecer novas terras, para alimentar novos seres... no decorrer desse "overload" outros cursos secam, definham... deixam de ser o transporte do néctar liquido que nos alimenta, que nos permite colher seus frutos das plantas, até das espinhosas, as que matreiras nos envevenam e deixam suas marcas na pele...

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Hoje... redescobri a fragilidade da insegurança...
A insegurança da auto-estima sobreposta à situação especifica de me encontrar num sitio com normas próprias, com procedimentos rigidos, mas acima de tudo isso... de imagens criada e mantidas pelas pessoas que as criam que pensam assumirem estatutos próprios, que se julgam mais importantes que outros que os ultrapassam, se por nada mais, pela antiguidade que teem e pelo conhecimento que é único e especifico também... as expectivas que aos outros obrigam, nada mais são que as expectativas defraudadas que gostariam de ver nelas próprias...

Take a very good look... if you're looking for something that you should be looking in yourself... stop, breathe, and in a good hour or so... try not judging, try not pouting, try giving a chance... and look inside, not outside... you'll see that the beauty lies within, and that the blame is un-necessary and un-forgiving if it doesn't start from the inside!

If there is anything we should really look forward too, and exceed ourselves in trying our very best, it's beeing happy! Just be Happy! :-)
Life's a journey, not a destination!!! ;-)

sexta-feira, 8 de junho de 2012

If I ruled the world... :-)

Já tardia se desenrolava a noite...
Prolongando uma tarde prazerosa e incomum.
Houve vinho misturado nesta minha sorte,
E hoje de bom grado abraçava a morte.

Sendo que apenas tu mudaste,
O sorriso é agora certo e seguro...
Tudo isto é causa tua minha brisa de verão,
Que assim refrescou e conquistou extinguida emoção...

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Deixa esses olhos semicerrados,
E mergulha neste sonho profundo...
Pois nestes horários alterados,
Os desejos reprimidos vão fundo.

Recorro às nossas imagens,
Para colorir estas paragens...
De coloridos horizontes,
Com alegria a jorrar de fontes.

Antecipo o teu beijo,
E assim me despeço do trabalho...
Pois esses lábios que desejo,
Se carregam de sedução e orvalho.

Ainda sentado na cadeira,
Vou matando estas saudades...
E tacteando na madeira,
Vou disfarçando vontades...

Que fazer quando o relógio não se mexe?
O calor que sobe, o amor que cresce...
Que fazer quando a vontade é enorme?
Quando se come e não se sacia a fome...

Ainda bem que não me enche a barriga,
Esses teus beijos que a ausência castiga...
Pois cada dia mais te quero...
E na tua falta desespero...

sábado, 2 de junho de 2012

Today you were far away
and I didn't ask you why
What could I say
I was far away
You just walked away
and I just watched you
What could I say

How close am I to losing you

Tonight you just close your eyes
and I just watch you
slip away

How close am I to losing you

Hey, are you awake
Yeah I'm right here
Well can I ask you about today

How close am I to losing you
How close am I to losing...








Há poucas coisas no mundo inteiro, que nos conseguem transportar, que se revelam apenas no nosso interior, que nos marcam ou que mudam o nosso curso de vida... elas existem, por mais reduzidas que sejam... sabemos que algumas coisas vão fazer-nos sentir de uma certa forma, sorrir, chorar... amar... tudo isso são apenas manifestações do que nós somos perante certas coisas e da forma que agimos... esta musica... da mesma forma que a Indiference (Pearl Jam) quando tinha 16 anos, da mesma forma que a Roads (Portishead) quando tinha 17, da mesma forma que a House of Cards (Radiohead) de à 4 anos atrás, da mesma forma que a Can We Start Again (Tindersticks) quando tinha 16... vai acompanhar-me sempre!


Adoro isto! A simplicidade da musica.... o coração a disparar ao ouvir o dedilhar nas cordas, aquela sensação de algo importante se perder pelo meio dos dedos, a voz do Vanderlyle... a sensação que o geral pode sentir do individual... é muito bom e recomendo para alguma introspecção! :-)


Ainda para mais agora... não quero perder-te!!! Gosto muito de ti babe! :-*

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Já procurei maravilhas em terras de carvão... por muito que procurasse... só sujava as mãos e deprimia com a falta de resultados. Já curei chagas a mim infligidas, pela inóquidade do carvão na procura... nessa terra quente e obscura. Já... respirei e olhei na distância... já procurei miragens, de leitos de água, de outras paragens... mas ao baixar de novo a cabeça... volto ao carvão, este objecto negro e sombrio, que apesar de quente é bem frio... assim são certas noites, em que de nada vale procurar... quando nada há para achar...

sábado, 26 de maio de 2012

If only there would be a way,
To loose myself, to be a stray.
I would maybe find another me,
Wishing I was the one I now see.

Would I be satisfied to be someone else?
Another person, a soul on the shelve...
Clarifying your thoughts...
I love who I am but hate robots...

And life has a tendency of surprising you,
It might be good, might be bad, but it's surely true...
How you look at life changes who you are,
And looking at it the right way, brights your stars.

Smile as if you have just been a father,
Breathe in the fresh air and kiss the mother...
You've just been awarded the greatest gift of all...
Now, you know love at it's purest and it's never small.

So be kind to the ones close to us...
Don't be afraid of getting in the bus.
For the voyage will start with pain,
But only in the end, will you know what you've gained.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Percorri teu corpo com o desejo nas pontas dos dedos...
E suavemente abriste os olhos que me enfeitiçam...
Era para acordar ou assim parecia pelo orvalho na janela,
Mas fiquei a contemplar o que os meus olhos cobiçam...

Nesta dormência amorosa e preguiça intrinseca,
Vou-me esticando devagar num acordar demorado...
Imaginando o que se vai passar na antes cama seca,
E ambicionando teu toque num beijo prolongado.


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Foram longos os dias,
Em que o sal me tomava...
Em águas profundas,
Até minha pele me saltava...
Por fim no horizonte vislumbrei,
Um pequeno grão de areia na distância...
E assim bem devagar lá cheguei.
Com o galopar das ondas no casco,
E a expectativa de terra firme pisar...
Vazei tudo o que tinha neste frasco,
Com intensa vontade de me animar.
Mas as ondas fustigavam esta terra,
E o desembarque revelou-se complicado...
Com promessas de pomares na sua serra,
E um ribeiro de água doce movimentado...
Ainda se perderam dois botes na rocha...
Nem nos apercebemos bem como foi...
Ouvimos um estrondo alto como trovão na pedra do "olho de boi",
Já do "rabo de peixe",apenas vimos o apagar da tocha.
Na areia contamos menos 3 amigos,
Reclamados pelo mar, seus corpos perdidos...
Mas recompensados por o chão não oscilar...
Recuperamos o folego ou tentamos recuperar...
Deitados na areia a vomitar o nosso mar...
Desejando profundamente nunca mais voltar.

Agora que já temos o peito seco e o orgulho reposto,
Olhamos uns para os outros e escondemos o medo do rosto...
Ainda nos falta aventurar,
E nesta selva profunda entrar e explorar.
Coube-nos a nós encher os cantis de água fresca,
Algumas peças de fruta e com sorte carne acabada de sucumbir...
Juntamos, cada um a força que nos resta,
E olhamos para a montanha que temos de subir.
Enfrentamos juntos tudo o que possa surgir...
Ignoramos tudo, onde cada passo custa mais do que temos...
E nem quando o povo hostil começamos a ouvir,
Galopante seu ruido e brutos no seu grito, não nos demovemos.




domingo, 20 de maio de 2012

Abro os olhos ainda com algum receio,
Da antecipação, da luz que não veio...
Prolongo este despertar por prazer...
Numa vontade deste calor manter.

Mas teimosos os raios me cegam,
Mesmo ténues com a luz que carregam...
E o despertador que já tocou...
Ao bater na parede, se calou... quebrou...

Parece que faço o que for necessário,
Para que este aconchego não acabe...
Comodidade que passou a bem primário...
E tão bem que me sabe!

Num piscar de olhos, retorno ao adormecer...
Ao deitar-me ontem na cama... a teres feito meu corpo tremer.
E suspiro por te ver a meu lado,
Bem perto de mim, num olhar quase desfocado...






sábado, 19 de maio de 2012

Como o tempo tem mania de nos fazer rasteiras...
Como o que achámos ontem se altera hoje e como o que achamos hoje, se pode dissipar amanhã em multiplas hipoteses, cada uma mais dispar e diferente que quaiquer outras possiveis noutra altura da nossa vida...
A vida é mesmo assim... a sua imprevisibilidade é a força que nos rasga um sorriso acentuado nas bochechas, é o aperto que nos dá a distância daqueles que nos são queridos, é o reviver de recordações, de emoções... é o correr do ar que nos arrepia num segundo e a mesma corrente de ar que nos arrefece no segundo seguinte... a sua imprevisibilidade, a sua força e surpresa... fazem-nos viver! :-)

terça-feira, 1 de maio de 2012

Há, indubitavelmente...
algo mais forte,
Que nos prende...

Há, indubitavelmente...
vida repleta de sorte,
que à procura de outro Norte...
Por amor se troca, se vende.

Há, uma certeza crescente...
Que se mostra em calor.
E mesmo em corpo ausente...
Deixa os arrepios, os sussurros... o amor.

Cimentamos sentimentos com beijos,
Neste rodopiar de vidas...
Neste malabarismo de desejos...
Em caricias por ambos sentidas.

E delineamos projectos,
Nestas telas ainda virgens...
Contemplamos falsos tectos,
Em angulos que antes eram rectos.

Hoje a visão é difusa,
Mas ao longe perfeita e limpida...
A mente farta de estar confusa...
Gritou alta sua voz, firme e decidida!

quarta-feira, 25 de abril de 2012


Mais um dia que custa a chegar ao fim, não pelas horas de trabalho ou o tempo em si... as palavras... prendem-se à ponta dos dedos e não perdoam distracções ou alterações de humor... cada vez mais me apercebo que são elas que comandam o meu pensamento e não o contrário, como deveria ser...
Sentei-me com o intuito de escrever... de desabafar... se é que algo há para desabafar... mas sinto... como se... as ultimas silabas de cada palavra, puxassem as unhas atrás... como se tivesse de perder parte de mim para as proferir, para as escrever...

Todos conhecemos os ciclos que regem a nossa vida... a roda mirabolante da qual nunca temos controlo na totalidade, mas que esperamos sempre que pare onde nós desejamos que ela pare... vivemos nas ilusões que nós próprios criamos nas teias da displacência, preguiça ou gosto de ver o mar a subir, cada vez mais perto dos pés, ambicionando aquele "perigo" de molhar, apenas para no limiar desse acontecimento, recuar e nem sentir o mar a tocar-nos...

Todos nós nos cansamos de ciclos... todos nós nos cansamos de rotinas e salvo raras excepçções, todas as rotinas acabam por nos cansar! :-)

quarta-feira, 18 de abril de 2012

São pequenas esferas que se juntam como por magneto.... começam na ponta dos ombros e depois de os transformarem em algo rijo, inquebrável e demasiado tenso... começam a criar mais e mais esferas que corroem a minha boa disposição, que me minam o sorriso e apagam aquela luz que devemos carregar sempre...
É estranho todo este processo...
Uma habituação ferve para se impor...
Incómoda como um abcesso...
Sem permitir qualquer dor.

É raiz que fura a terra...
É olhar que não desmente...
É fruto raro da serra...
Que não traz nem faz semente.



sábado, 7 de abril de 2012

Desabafo das 06:30

Como gostava,
Que o amarelo do sol,
Não mudasse para vermelho...
Como eu apreciaria,
Que o dia não acabasse,
E que visse no espelho, tua face.

Mas como a lua se levanta,
E o mundo continua a girar...
Nem tudo perdura e tem mesmo de acabar...
O escurecer traz a certeza,
Nessa sua doce beleza...
Que os sentimentos são para durar.


segunda-feira, 2 de abril de 2012

É engraçado como na vida, acabamos sempre por pintar por cima daquele primeiro quadro em que nos auto-desenhamos. Vamos nos re-inventando enquanto pintamos e da nossa criatividade surge uma cor nova que traça antigo desenho, que se auto intitula como mais relevante ou necessário para o momento, apenas para quando se vê colado à cor original no quadro, se aperceber que mesmo contra seu desejo foi alterado o seu tom unico, para outro apenas mais raro, mais inconcebivel de ser criado sem ter bagagem.

domingo, 1 de abril de 2012

Kings of Convenience - Boat Behind



Ainda ontem alguém me perguntou... Mike... já não escreves?

Se escrevo ou não? Escrevo... se não aparecerem letras aqui é porque o que tenho escrito foge do plano que gosto de partilhar e entra num foro intimo que prefiro manter na minha privacidade... mas escrevo sempre... mentalmente desenho quadros em que as palavras pintam o cenário... em que as musicas são cantadas nas virgulas, entoadas nos parágrafos e versadas no balanço da leitura... mas escrever... escrevo sempre...  :-)

quarta-feira, 21 de março de 2012

Todos os dias há renovações, sejam de espirito, da razão, da confiança, do amor, de cumplicidade e de tudo... Renovem-se de vez em quando, se não por necessidade, por opção... a vida ganha logo mais cor...

domingo, 11 de março de 2012

Deitei-me para dormir pensava eu...
Não sei porque, levei o computador.
Num acesso desenfreado de The National...
Deu-me para escrever...
Deu-me para divagar pelas correntes do pensamento,
E ali me perdi...
Quando a musica chegou à Bloodbuzz Ohio,
Mudei... não por não aguentar...
Mas mudei, apenas por mudar... por não sentir essa.
Veio o bom inverno com a sua delicadeza...
A Blindsided humedeceu-me os cantos dos olhos,
Mas segurei as lágrimas, para mim tão valiosas.
Recapitulei o que já havia vivido, em flashes minusculos...
Mas depressa me lembrei... que as lágrimas tiveram justificações.
E que o facto de elas não lá permanecerem...
Implica muita coisa!
Houve mais umas quantas do Bon Iver que ainda me fizeram tremer...
Sentir que o que atrás ficou, poderia ter tido outra história!
Mas... ICMYLMIYD... esta... teve como tiro certeiro... meu peito!
Não consegui! depois... consegui... mudar de idéias...
Houve uma pessoa que me saltou à imagem...
Houve uma pessoa que de mim não quis ficar à margem...
Esta pessoa com quem gosto de estar, deixou-me a pensar...
Deixou-me feliz na minha cama, sozinho a imaginar...
Aqueceu-me o peito com o seu mau feitio,
Peito esse que andava já demasiado vazio.
As musicas ainda tocavam, quando encerrei meus olhos...
A foto que levei comigo... foi nova...
Os sonhos coloriram-se de novas nuances,
O abrir de olhos foi lento e ansioso de olhar para a almofada ao meu lado...
Continuava vazia como quando me deitei, mas foi preenchida a noite toda com a tua presença.
Os sonhos foram diferentes... o passeio pela praia foi solitário...
O Giga... arrastava-se atrás de mim a queixar-se das patas,
E a prancha que eu carregava era grande... mas minha...
Os passos estavam mais lentos que hoje em dia,
Como o Giga, também eu envelheci...
O que vivi, chegou para aprender, depressa esqueci!

quinta-feira, 1 de março de 2012

Cada dia que passa... aprecio algo novo...
Uma chuva desejada, o olhar de um corvo...
Uma gota de água, pequena fonte de vida...
Um cruzamento, decisão incorrida...

Mas algo se apresenta com outro brilho,
Algo, no chão, perdido num trilho...
Jóia que luz, nesse trilho perdido...
Pedra para uns, tesouro de alguém sentido.

Numa revelação aparentemente turva,
Esfreguei os olhos de repente...
Serias tu no final daquela curva?
Ou apenas uma miragem ausente...?

Pois de que serve tal caminho?
Se apenas serve para caminhar sozinho...
Para ir ao teu encontro, te beijar e regressar?
Correr ao teu encontro, e talvez me perder... me achar...

São sonhos recorrentes estes dos passos que dou,
Reparo no peso que carrego nestes passos...
Perco-me por vezes sem saber bem quem sou...
Relembro-me do peso, do que me fazes... e logo sei...

Que o objectivo não será o destino...
E que nem sempre o caminho percorrido, tem de ser clandestino...
Caminha com orgulho na vida e ambição,
Ignora pequenas pessoas e louca sedução.

Não te deixes abater com infelizes momentos,
Pois todos erramos em alguma altura da vida...
Comentários tristes, por vezes de jumentos,
Não te deveriam entristecer, isto não é uma corrida!

Sorri com vontade coisa boa,
Pois o nosso tempo voa...
E beba o néctar que lhe apetecer,
Não há-de ser por isso que te deixo de querer...! ;-)

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Surpresas surpresas...

Se se soubesse delas... deixavam de o ser. É talvez essa a magia das surpresas, das atitudes, circunstâncias que nos surpreendem... que nos pegam de sobressalto, quando piscamos os olhos.

Por vezes, são raios de sol que furam as nuvens e nos aquecem a face, outras vezes, uma chuva repentina num dia solarento. Certo é que colocam uma certa pitada de sal no dia e nos fazem apreciar os mesmos momentos mas com uma intensidade diferente.

Ao abrir o peito para o sol, ao inspirar profundamente este ar... apercebo-me... que ainda carrega o teu aroma, imagens recorrentes surgem abruptamente, indesejadas, tento mudá-las... e... assim o faço!

Não sou mais comandado, mas sim comando da minha vontade.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Foi o mar que me limpou,
As nódoas que me manchavam...
Agora saudade ficou,
Do peso que transportavam.

Ao mar retorno hoje,
Com saudades das vagas do passado...
É uma vontade que não me foge,
Nem em mar revoltado.

Doce água que dás vida,
Ajuda-me em mais uma investida,
Para te poder navegar...
Para te poder abraçar!

E abraça-me tu também...
Com todo o frio que tiveres.
Pois não existe mais ninguém...
Que te chegue aos calcanhares.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Mais uma luz que se apaga,
Uma noite mal dormida...
E esta mente que indaga,
Quer levantar-se e dar uma fugida.

A escuridão também encerra segredos,
Mas de uma forma singular...
Altera reflexos em espelhos,
De algo que não nos conseguimos lembrar.

Os sonhos continuam a amontoar-se,
Em sequências ilógicas e sem sentido...
Será que alguma vez vai passar?
A dor de um amor perdido?

Agora a consciência rege a razão,
Ao invés, do que puxa o teu intimo...
Será que se esbateu a emoção?
Ou se tornou mais ínfimo?

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Chapter

Ao fechar um capitulo, começamos inevitavelmente outro...

No decorrer dos passos que damos, apercebemo-nos que uns são mais estáveis que outros, que nem todos carregam a mesma certeza e que alguns são dados no mais completo desequilíbrio. Com mais ou menos certeza, levam-nos onde queremos chegar, num passo seguro em geral e com a confiança que precisamos para os tomar.
Os caminhos que a vida nos permite percorrer nem sempre são os que escolhemos tomar. Aprendi isso há bem pouco tempo e aí temos de saber também aceitar essa recusa, que no fundo é apenas mais uma lição de vida.
Pouco a pouco, vou juntando histórias, possíveis de serem contadas aos meus descendentes um dia destes... se algum dia existirem... mas se alguma história é de relevar e contar... é que nem sempre conseguimos o que queremos ou desejamos... que temos de aceitar desistir na vida, porque a luta por algo que pode não te querer é bem mais doloroso, bem mais demorado, bem mais complicado, que aceitar a derrota... derrota essa que pode estar designada à partida... condenada!

Houve e há muitas outras histórias... o poder de uma verdadeira paixão, a forma como te arrasta pela lama quando algo corre menos bem e como de um momento para o outro te eleva no mais alto espírito e as nuvens parecem-te pequenos objectos surreais a kms de distância numa paz inigualável. A verdadeira amizade... que todos podem pensar que não existem entre duas pessoas, floresce mesmo no deserto e brota sentimentos mesmo quando tudo o resto pode parecer perdido. A mentira... como ela vai sempre estar presente na nossa vida... até história é contada através de mentira e decepção... essa, por muito que eu vos queira proteger dela... vai sempre existir! Se a deixam entrar no vosso circulo intimo, mantenham a consciência de onde ela está e o que ela vos pode trazer... preparem-se para tudo!

Mas acima de tudo... que se sintam bem com o que fazem, que os sentimentos incutidos em vós enquanto crianças sejam os sentimentos que comandam o vosso destino, que direccionam o vosso ser e que a felicidade seja sempre uma constante na vossa vida... pois quando assim não for... algo correu mal, algo se perdeu no vosso caminho da esperança correcta que esperam atingir...

Mas tudo isto... será apenas os decalques dos passos que dei... não sigam os meus passos, mas antes aprendam a pisar ao lado, não num seguimento, mas sim numa nova caminhada que irá acarretar novas tomadas de direcção, consciência e ética moral. São as decisões e a necessidade delas que fazem-nos crescer, que nos obrigam a saltar em frente à responsabilidade de peito inchado e queixo levantado.

Tenho estado a sorrir para a vida ultimamente... acho que a vida... começou a sorrir de volta! ;-)

domingo, 12 de fevereiro de 2012

May this rain of emotions,
Fall on each one diferently...
And should the drops get us wet,
I'm almost willing to bet,
My temperature will drop quickly.

I've missed the rain that pours,
That's why I'm here, outside...
Sounds like a happy bear who roars,
When we lived in the countryside...
Como o mar a retroceder da areia que molhou,
Como o doce vento deixa de soprar sobre as searas,
Foi assim que o meu amor me deixou,
E assassinou as minhas singelas manias e taras.

Podia dizer que foi de repente,
Mas seguramente que exagerava...
O momento já não está bem presente,
Esse triste acontecimento, por mim não lembrava.

Gravado a ferro e fogo,
Conheço-lhe os detalhes mais intimos,
Os pormenores sórdidos,
As amarguras que ainda residem na lingua...

E prossigo na travessia,
Que vislumbra no seu final o brilho,
A miragem que pode se revelar,
Na luz que paira entre a areia e o ar...
De inicio não acreditava ser possivel...
Tendo as palmas dos pés a arder,
Mas forcei e acelerei o passo,
Com o Sol e um pau fiz o traço,
Pelo qual guiei o meu caminho original...
Com o final do percurso no horizonte,
Baixei a cabeça e obriguei-me a subir o monte,
Mas parece que tudo o que diziam era verdade...
E assim valeu a viagem,
Passei fome e passei sede, mas o que me matava era a saudade,
Agora quero mais é beber e comer, já que a saudade não me traz bondade.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

MARAVILHOSO ESTE TEXTO... Não é meu!


todo o amor é para sempre

.
se pudesse dizer-te apenas uma coisa que recordasses para sempre, seria isto: ama com cuidado.
não te falaria na implacabilidade do tempo ou nas amarras que ele constrói, nem na fortaleza que é um amigo a sério, nem na magia da música ou dos livros (mas lê os poemas do Eugénio e todas as palavras do António).
talvez um dia te digam que todos amamos com cuidado. talvez tu também um dia penses isso. que todos temos medo de sofrer. que o amor nos desarma e que por isso nos defendemos tanto. mas o que eu quero dizer é que ames com cuidado porque todo o amor é sempre.
e que pouco importa se nunca mais vês alguém que amaste, se esse amor se mascarou de ódio ou se a vida o apagou das tuas lembranças.  essa pessoa fez de ti mais um pouco daquilo que és hoje. por isso ficou-te debaixo da pele, dissolveu-se na tua memória, diluiu-se nos teus gestos, em algumas palavras ou numa música que ouves.
para o bem e para o mal, o amor transformou-te e por isso o amor é para sempre.
ama com cuidado, que o amor é indelével (mas não recordes esta última. só queria escrever a palavra de que mais gosto).
Essa melodia que ouviste foi tocada no desespero, entoada na esperança e composta nessas teclas suavemente premidas. O piano que dizes ouvir é balanceado pelas improbabilidades da vida, sonando  alto e estridente no meu peito. Vibrando esta carcaça num sonante poderoso, não cabe mais ar neste peito... e o piano que ouves agora à distância, lembra-te sons e atitudes, recordações na plenitude e umas imagens que se preenchem de sorrisos de alguém e pequenos saltos como se fossem retiradas de um dia da praia...

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O que dizer quando as palavras se escapam da mente?
Para que ir rever e observar as fotos de ontem?
As atitudes que tomamos e que nos moldam, moldam também outros.... aqueles que mais queremos...
Para que tanta saudade? Para sentir os pedaços cairem pouco a pouco neste chão sujo e gelado?
Só tenho visto altos e baixos, sentido amargos na barriga e apertos no peito... tudo está agora em equilibrio, tudo está agora na lamina da faca, que ameaça desventrar-me ao mais pequeno deslize... e aqui me quedo.... inerte num pensamento que se me foge que se dilui em imagens novas e distractivas... apenas por segundos consigo deixar de sentir a lamina... apenas por segundos não sinto como se tudo estivesse dependente de atitudes erradas e decisões rápidas... apenas por segundos... estou calmo! Mas apenas por segundos, porque assim que me distraio um pouco mais da realidade que me envolve começo logo, imagino produzo e realizo filmes e passos futuros como certos, desiludo-me nos instantes seguintes e começo tudo de novo ao tentar achar a melhor saida... saída? ou deverei dizer entrada?

Estou perdido nestas montanhas que me tapam o sol... o meu peito tem medo de se tornar algo semelhante ao que possa cair dele mesmo... um pedaço de gelo às tombolas na estrada... frio.... sujo.....

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012


Nesta neblina que se levanta,
Um grito profundo é ouvido...
Sente-se a dor na garganta,
Neste aperto sentido...

Há em mim outras histórias,
Talvez de belezas raras e vagas memórias.
Mas há aqui este desejo...
Que anseia fortemente teu beijo.

Em rosas colhidas,
Crio este desejo em algo palpável...
São duras as mágoas vividas,
Mas estou aqui, sou saudável!

Na entrega do objecto que carrega o meu afecto,
Sorriste e aqueceste este coração.
Pois apesar de falarmos diferente dialecto,
Derreto o gelo que trazes com emoção.

A dor já existiu,
A dor já partiu,
O que resta somos nós dois...
Não o que passou, por quem sois?

A visibilidade continua nula,
Olho pela janela a imaginar-te a chegar...
Saudades de ti e da tua pele crua,
Serás tu naquele carro... já estou a alucinar!

A brancura da tua pele,
Esse sorriso que adoro criar...
Como a minha musa numa tela,
Um pequeno intervalo para amar.

Desce o manto da escuridão,
A lua permanece ainda escondida,
Atrás daquela montanha enevoada...

Os sorrisos que se geram,
São profundos e sinceros...
Nesta nova atmosfera.

Há em mim desejos e expectativas,
Mas estão selados nos envelopes...
Para não arruinar as tentativas.

Assim sorrio com vontade,
Não manifesto a saudade,
Neste ambiente Sui Generis.

A lua já saiu da névoa que a cobria,
Ilumina agora grandiosamente a montanha que a escondia...
Pisco os olhos... não para enxergar melhor,
Mas para durante aquele milésimo de segundo,
Imaginar-te ao meu lado já sem dor...

A noite ficou fria,
As estrelas falam-me de ti...
Do que sentiste,
Do que eu perdi!

Agora só me resta esperar pela alvorada,
Essa que traz consigo o calor saudade da sua amada.
Raios que a mim me aquecerão,
E um brilho que mesmeriza e força o olhar...
Como volto o pescoço quando penso que por ti passei,
Sabendo de antemão que aqui não estás, no way!

O percurso da lua atrás do sol,
E do sol atrás da lua...
Trazem-me nostalgia ,
Amor cruel a que obriga!

I feel the ropes of the ship tightening as the wind picks up... The boards crank and moan as if they had something to say, As the silence ar...