sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Houvessem sempre dias de sol...
E manhãs radiantes.
Independentemente de onde olhe,
Visões impressionantes.

São olhares cruzados,
São passos pesados...
É caminho rotineiro,
A vida, o ano inteiro.

Saturei de contigo sonhar...
Apenas sonho e nada acontece,
Estou cansado de tanto esperar,
Acontecimentos que não se esquece.

Sonhos vermelhos, sonhos escondidos...
Sonhos privados, sonhos perdidos.
Pois nem só de sol vive a alma,
Precisa da  intempérie e depois da calma.

Quero abraçar o que sonho,
E correr ao teu encontro...
Partir o relógio e rasgar o calendário,
Triturar as más recordações,
Colar e unir as emoções.

Mas ao fazê-lo antecipo um choque,
Esse beijo ansioso e por demasiado afastado...
O meu calafrio ao teu toque,
E as minhas mãos no teu corpo arrepiado.

O ardor dos lençóis na minha tez,
De rebolar ao teu encontro vazio,
Cama vazia, sente a tua falta, vês?
E deixa-me aqui com o meu corpo frio.

My feet say go,
My head tells me no!
My body attracted to you,
My chest sad and true...

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Things were colder in the sun,
Than within these darken sheets...
You're breath fogging up my glasses,
As we swirl in crazy dances.

The pictures we had...
By not seeing them... sad.
Somewhere, images... puzzle up,
With white teeth and big smiles...

I urge the touch...
That makes my chest a torch.
And your sweet mellow smell,
It's like something that I'll never tell...

I miss the air from my chest...
As I felt full for so little time.
Cause the absence you demand is crime,
Why not let our souls rest?

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Corre seco este velho rio,
Já carregou riquezas e tesouros...
Sentimentos e velas de pavio.

Já vida se elevou dessa água,
Em correntes tumultuosas e incertas...
E assim se perderam descobertas.

A corrente secou,
A vida morreu, murchou...

Hoje os seixos ficam para contar a história,
Já a água em si...
Não carrega memória!

Aqui ainda está bem presente,
As margens até acima, a forte corrente.
A dor da ausência de ve-lo a correr,
Águas galopantes que carregavam o viver.

Na inocência que tudo dura para sempre,
Construo uma pequena jangada...
Com o objectivo que me lembre,
Zarpar com a minha amada...

Mas tempo demais já passou,
Neste rio seco e frio,
A água deixou de correr, secou.
Correndo apenas nas imagens que crio.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Tenho areia na cara...
O sol, já ausente, iluminou o dia...
Senti a água no seu estado natural,
Mergulhei e inspirei o seu sal...

Cansado,
Mas apenas de sorrir...
Levo daqui apenas recordações ao partir...
Com as partilhas de felicidade,
Rejuvenesci e perdi alguma idade.

Estive de férias é verdade,
E nada sabe da mesma forma,
Mas já batendo alguma saudade,
Não ambiciono essa tal de reforma...

E são rugas sim...
Carrego-as com orgulho e determinação,
Serão de rir, chorar ou viver?
Ou serão deste peso que carrego no coração?
De sentir que não viver é morrer...

Deambulo pelas noites,
Por vezes sozinho, por assim o desejar...
Da skate nos pés, sinto o vento a me abraçar...
Corro ruelas e pequenos bares,
Perco-me para me encontrares...

Mas de que serve o desejar,
Quando ninguém o pode mascarar,
E a máscara que colocas na tua bela face...
Não esconde nada, não é disfarce!

É perdido onde me encontrei,
É esquecer tudo o que sonhei,
É acordar para o que me espera,
Trabalhar, trabalhar que nem uma fera...

É para viver assim, em sociedade,
Uma reclusão de ideais, uma vida em cidade...
Quando tudo o que acreditámos enquanto novos,
Foi dissipado e esquecido enquanto nos chamavam de loucos...

Em breve voltarei ao que me espera,
Horários manhosos e turnos incertos.
Vai tudo dar na mesma esfera,
Presos, com idéia de estarem libertos!!!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sussuras-me ao ouvido murmurios,
Do passado e do que para ti foi a vida.
Tão baixo falas que assemelha assobios,
Em palavras doces e voz sentida.

Imagens materializam-se ao ritmo desse som,
Não perguntes o quê, mesmo querendo saber...
São imagens minhas, algo bom.
Pedaços do que gostaria de viver...

sábado, 8 de outubro de 2011

30 aninhos....

Pois é...
Daqui a poucas horas farei 30 anos de existência!
Em retrospectiva vejo curvas e intersecções que tomei, onde a estrada deveria ter sido tomada a direito, sem distracções, sem opiniões externas, sem dúvidas! Hoje em dia, gosto de todos os percursos que escolhi, todas as entradas galopantes em prados no abandono da estrada percorrida, foram com um sorriso rasgado, um passo acelerado e muita vontade... Nunca quis seguir as rotas normais da adolescência... nunca quis ser apenas mais um a chegar à idade de assentar, comprar um carro melhor que aquele que temos quando novos, casar e dar todas essas alegrias aos nossos mais queridos... acho que nisso, sempre fui um pouco parvo... Mas como disse no inicio, gosto e tenho orgulho em todas as incursões galopantes e desconsideradas que fiz em sair da estrada rectilinea.... foi isso afinal, que fez de mim quem sou!!!
Houve alguns buracos nesse caminho que fiz... que criei! Mas o que é a vida se não tiver alguns altos e baixos, emoções e desaires, alegrias e tristezas, amores e desilusões...? All and all... só tenho mesmo de agradecer a todos os que de alguma forma me influenciaram, me marcaram, pela positiva e negativa, a todos os que de mim gostam e de quem gosto eu, a todas as pessoas que consciente ou inconscientemente ajudaram a criar quem sou hoje! Não trocava quem sou... por nada! E isso é capaz de ser das poucas coisas que me orgulho na vida sem ser os meus irmãos e irmãs que adoro!
Sinto falta do meu Pai! Acho que todas as pessoas que já perderam alguém relevante poderão identificar-se com esta afirmação... o meu Pai, apesar de ausente da minha vida... foi e será sempre uma pessoa bem presente que carregarei sempre comigo, que virá sempre aqui juntinho do meu peito e que incutiu em mim, coisas impossiveis de incutir por outra pessoa qualquer e amo-o muito! Hoje e sempre....!
A minha MÃE, que para mim precisará sempre de ser descrita em letras maiusculas, é a melhor pessoa que conheço, é, sem sombra de duvida a mulher mais bonita que conheço, e apesar de a ter desiludido em não aproveitar o meu potencial, como ela diz, amo-a com todo o meu coração e temos de gostar das pessoas e manifestar o que sentimos por elas enquanto são vivas... MÃE, és a maior e adoro-te!!!
Parece um discurso de victória, porque para ser verdadeiro, nunca tomei isso como garantido, já que quando vivemos o moto "Carpe Diem" esse dia pode chegar a qualquer momento!!!
Adoro Viver! Adoro Amar!
Adoro-vos a todos vós... pois viver sozinho... não só seria triste, como também seria sobreviver e não Viver!!!

Beijos e abraços
I've been dodging words and thoughts,
Through the days lately,
And in the middle of beers and shots,
I've lost my way surely...

I've managed to memorize something...
In these last couple of days.
And no matter what you may think,
I haven't lost my ways!

I'm a creature of hungry desires,
And I crave for human interaction!
It lights inside my fires,
To have love consume me as an infection.

The fine print of your portrait,
Stamped in the back of my eye lids.
Was for so long considered as great,
Now unvalued as my heart bids!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

London Calling? Nop... Home Calling! ;-)

Há na realidade poucas coisas boas,
Como voltar ao nosso recanto após uma viagem...
E na realidade pouco interessa para onde voas,
Porque o importante é mudar a paisagem.

Sentes falta das pessoas por onde andas,
E das piadas de alguém em particular...
Andaste em casas, praças, ruas e varandas,
Mas sentiste a falta daquele unico olhar.

Agora que voltaste a casa e sentes os kms nos pés,
Sabe bem o conforto, as conversas e as malas ainda feitas...
Mas há algo mais que mudou, quase consigo ver através,
A pessoa em quem pensas e com quem sonhas que te deitas.

Elações e suposições de viagens individuais,
Em que a oportunidade possa não ter surgido,
Todos bem sabemos, não há situações iguais,
Mas crias aqui um sorriso, só de teres aparecido!

domingo, 2 de outubro de 2011

Hoje cultivo campos de outrora,
Em semente melhor escolhida,
Dessa terra infertil vim-me embora,
Sem ter sequer plantacao colhida.

Estas maos farao brotar,
Um ingrediente que em tempos perdi...
E esses ventos de mudanca alimentar,
As pequenas miserias que vivi.

Mas precisamos de viver e colher,
Experiencias tanto boas como mas...
Pois so com elas no futuro aprendemos,
E assim entendemos as que ficaram para tras.

Agora olho para o que ai vem,
Com um olhar alegre e rugoso,
Nao interessa o que alguem tem,
Desde que o sentimento seja poderoso.
Retrato rasgado e fogo consumido,
Imagens que se esbatem,
Num presente ja esquecido...

Vontade de fotos novas tirar,
Mas paisagens podem ser as mesmas,
Espero que alguem venha a passar,
Para esse novo retrato fotografar...

Ja improvisei outras imagens,
Nao para substituir o que antes tinha...
Fotografias simples de folhagens,
Num outuno quente que se aproxima.

Imagens bonitas que evitam pensar...
Em relances habituais em que vou a passar,
Vejo folhas e animais onde antes embevecia,
Que fotos sao essas? Que ja me esquecia...

Foram essas as fotos e retratos,
Que foram todos alterados...
Substituidos por comodidade,
Folhas, animais e cidade.

Este retrato que rasguei,
Nao implicava alegria eterna,
Talvez por isso o queimei,
E deixei de o carregar no bolso, na perna.

Agora que ando de bolsos vazios,
Nao te procuro onde vou,
Procuro noutra pessoa arrepios,
Contente com a pessoa que sou.

Esse sorriso e esse raiar,
Que me causava risos ao despertar,
Deixou de ter o seu encanto,
E jah nao me causa espanto,
Que eu nao o queira ver retornar.

Hoje em dia, alegria...
Esteja eu onde estiver,
Nao me vou sentir como um dia,
Em que nao havia gosto em viver...

I feel the ropes of the ship tightening as the wind picks up... The boards crank and moan as if they had something to say, As the silence ar...