segunda-feira, 15 de junho de 2020

Veio pelo silêncio frio da noite, sob uma lua calma,
Teve salpicos em suas raízes das minhas lágrimas...
As estrelas como confidentes e o mar sob os nossos pés...
Olhámos para a profundeza do que pensávamos que era o TU.
Um no outro.
E sorrimos...
Sorrimos porque ao pensarmos que nos aceitávamos,
Aceitámos o nosso reflexo nos olhos do que o EU quer ser...
Achando que era por este caminho que o criarias.
Unimos as almas convictos de que seria este o caminho,
Caminhámos escondendo os dissabores em mãos dadas forçadas...
Porque julgámos que o caminho era conjunto...
Porque sentimos que o amparo que nos era dado na altura...
Era o que precisaríamos para o resto das nossas vidas,
Mas a vida é longa e o tempo é cruel...
As emoções são como as correntes do mar...
A forma como as interpretamos é que pode variar...
Pois elas correm sempre da mesma forma nas profundezas,
Mas variam à superfície...
Se nos entretivermos a olhar para o horizonte,
Podemos nos deixar marear com estas correntes,
E menosprezar as verdadeiras correntes que somos...
Qunado submersos... somos uno...
Não há mais ninguém...
Não é suposto...
Quando imersos em nós próprios...
Somos verdadeiros...
Somos energia confiante e inabalável que estremece o chão.
Somos quem é suposto sermos.
O crescimento é algo que não é fácil...
Maior parte das coisas que não são fáceis são as que mais recordamos...
A confrontação com esta minha perspectiva de olhar a realidade...
Não é fácil!
Retira muito do miolo do que pode acontecer de significativo na minha vida,
Sem dúvida que retira a eternidade da equação...
Minimizando ainda a componente amorosa e de amizades.
Cada vez mais a aceitação que tudo é efémero...
Relações, amor, dor, saudade...
Consome-me...
Tudo é relativizado à sensação de solidão...
O medo está sempre presente e não sei porquê ainda condiciona...
Ainda me permito sonhar com a altura em que vou ignorar tudo em que acredito...
Por amor!
Mas já não o desejo!
Já procuro esconder-me de relações com as quais possa depois deixar marcas...
Mesmo que boas...
Tenho sensações contraditórias neste campo e nem sei bem onde piso...
Talvez assunto para outra altura.....


 

Sem comentários:

Enviar um comentário

I feel the ropes of the ship tightening as the wind picks up... The boards crank and moan as if they had something to say, As the silence ar...