sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Já não chega...?

Com tudo o que a sociedade faz...
E tudo o que passa na televisão.
Refugiados que procuram paz,
Ou um caloiro exagerado no final do verão.

Olhamos para onde em busca de um futuro...
Quando o verão se vai embora?
Quando o futuro aqui é duro...
E se lembra tempos de outrora.

As eleições são já em Outubro,
Pode ser que algo mude...
Neste Portugal em recobro,
Que o primeiro-ministro seja mudo!

As mentiras já começaram a circular...
As promessas andam de mão em mão...
Os refugiados vêem cá parar...
Enquanto eu para trabalhar terei de ir para o Japão.

Mas a sociedade e a vida global,
Não são mais que uma ovelha clonada, normal!
Nos percursos delimitados por outros,
Andamos com as palas, nem cavalos, mas potros.

Dia após dia, sempre a levantar a cabeça,
De olhar para o chão sempre a ver se vê uma carteira...
Ou a achar uma razão para que se esqueça...
As palavras predestinadas da parteira.

"Rico filho cheio de saúde,
A ver se vai para o estrangeiro..."
Repetidas em miúdo,
Destino que se revelou verdadeiro...



quinta-feira, 24 de setembro de 2015

That's it... that's all!!!

Somos um saco de recordações antigas, recortes de jornal e bilhetes contorcidos de terem ido à máquina ou à água num ou noutro mergulho mais descuidado, pulseiras de festivais, polaroids, rótulos de garrafas e desenhos. Chegamos ao final do dia e o que acharmos (nesse dia) que vale a pena lá estar, vai para dentro do saco. Este saco... vamos carregar a nossa vida toda... Nisto, fazemos decisões levianas e julgamos mal... como sempre iremos fazer sem conseguir enxergar o cenário todo mas sim aquele que se nos aparece em frente dos olhos apenas. O tempo passa... o saco enche... e mais à frente... encontramos alguém que nos pergunta se somos o Pai Natal...? O estranho não é o saco que carregas nem o seu tamanho... o estranho é esse olhar que te perscruta enquanto como se numa via rápida estivesse e que te acerta mesmo no ponto frágil e sensível que tu sabes que carregas sem sequer perguntar onde está o saco que essa pessoa deveria carregar... sim, porque se ele não anda contigo e se o pudeste deixar em casa... é porque está demasiado carregado para andares com ele e isso mostra muito mais... somos o que somos! Sem vergonhas, sem lamurias, sem tremores de ter errado... sou tudo aquilo que fiz que me levou até este ponto, do qual... não posso verdadeiramente criticar, porque estou contente... não com o que consegui... mas quem sou! E em todas as escolhas em que tive discernimento suficiente para jogar para dentro do saco as memórias que carrego e que me marcaram.

Não vou continuar a olhar para trás a pensar o que poderia ter sido... vou olhar para a frente e esperar que venha o que vier... que venha com mais garra, que venha com mais vontade, que venha com mais amor, que venha... que venha sempre e todos os dias, mas que venha...

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Por vezes,
As histórias permanecem...
O ponto final que julgávamos seguro,
Transforma-se em virgula...
A história passa a presente.
O parágrafo é repetitivo,
A escrita é conhecida...
E a dor que tive,
É sentida e revivida...
Mas o conto já terminou,
E com ele levou toda a magia...
Já fez mossa, já acabou.
Não vale pensar no que poderia.
Então porque o pesar?
E as recordações presentes...
Quando já tudo estava digerido...
Foi o processo interrompido...
Foi mais um dia surpreendido...
Mas e porque é que se sente tanto?
Porque é que se tem obrigatoriamente de dar tanta atenção...
A estes sentimentos primordiais...


Como o ser humano se esquece,
Das coisas que fez...
Pode ser a dor ou alegria que aparece,
Ao lembrar uma certa vez...

Muito ou pouco tempo em assuntos do coração,
O que é para um, para outro é ilusão...
Mas que o tempo continua a correr não há duvida...
Até aparecer tamanha surpresa subita.

Até o tempo parar no imediato,
E os ponteiros insistirem em se demorar...
Será que consigo ser sensato...?
E aproveitar este tempo devagar?

As saudades que me inebriam,
Fazem-me sonhar em demasia...
E é nestes sonhos que arrepiam,
Que me perco como que por magia.

O toque da tua pele,
A tua respiração...
Teus beijos de mel,
Ou a nossa emoção...

O silencio que se estende,
Não nos deixa saber um do outro...
Até quase se comprende,
Esta sensação de vida morto.


quinta-feira, 10 de setembro de 2015

A distância não pára o pensamento...
Nem as actividades paralelas um objectivo...
E depois de ter presenciado mais um casamento...
Olho para todas as relações que tive...

Os problemas que se formam aqui no meu silêncio...
São fruto de demasiado tempo sem amor ou sem carinho...
E este virar de direção para perscrutar o passado...
Não me ajuda nada nem me coloca de volta no meu caminho...

As fotos ainda estão na parte de dentro das pálpebras...
E cada vez que fecho os olhos sorrio...
Mas depois vêem as recordações das nossas fricções...
E como tanto quisemos magoar nossos corações.

Que havemos nós de fazer?
Quando as palavras já não querem correr...?
Como posso eu continuar a conjurar...
Novas formas para te falar...?
Se de ti nada parte na minha direcção...
Já devia imaginar que fui eu que criei esta situação...

I feel the ropes of the ship tightening as the wind picks up... The boards crank and moan as if they had something to say, As the silence ar...