domingo, 25 de outubro de 2015

Um passo atrás...
A perspectiva muda.
Um novo olhar,
Na mesma direcção.
Um passo atrás,
Quando tudo recua.
Algo a alterar,
Mesma situação.
A cabeça cai...
O corpo inerte.
A vontade já foi,
Em rumo incerto.
Mas algo há...
Que cria alegria.
Mas se for para já...
Onde está a magia?


domingo, 18 de outubro de 2015

O refugio é duro,
As frases frias...
Deste ser puro,
Sorriso merecias.
A história não é convincente,
Os detalhes sórdidos...
Penso que estou demente,
Teus são esses desejos mórbidos.
Abro o olhar,
Perscruto o horizonte...
Se um dia voltarei a amar...
Haverá ainda água na fonte?
Neste pára arranca que se arrasta,
Sou actor mudo ou cineasta...
Não sou autor ou escritor da peça,
Sou eu e só isso não basta.

Abro meu peito cada vez que me vejo em alguém...
E ignoro tudo o que já me aconteceu.
Mas não sou só eu, és tu também...
Nessa relação em que um coração morreu.

Depois passo dias a coser os bocados,
Os dias tornam-se em semanas e meses...
Até sarar os pontos e ambos os lados.
Enquanto me esqueces...

Darkness is taking over again,
Slowly it creeps in and takes my will...
Darkness is here my friend.
Please just hug me and stay still.

The memories like knives...
Remind me where the scars are.
My head in a bee hive,
And still you're not close you're far.

Indiference is something painful,
But so is regret!
Will you ever talk to me again...
Or should I just forget?

I'm not someone who is special,
I'm not looking for your full attention.
I'm just trying to make the most,
Of your stupid invention.

But now I look back,
Blue skies and warm seas,
I left them all for you...
Wet grass and dark clouds,
Were traded into.


Hoje vou ler Fernando Pessoa...
E mergulhar nas suas letras.
Mas atenção que é Fernando Pessoa...
E não aquelas pessoas que tu inventas.

Vou estudar esse teu distanciamento,
Essa falta de sensação...
Pois eu só invento,
Quando se trata de tomar a vida na mão.

Sou abalado por sentimentos,
Que não me deixam ver o horizonte.
E é nesses breves momentos,
Que não te enxergo no monte.

O destino da minha ambição...
Em planos mentais delineados.
O escrutínio do amor vs razão,
Em espíritos tão vincados.

Vou ler Fernando Pessoa,
Vou ver se aprendo...
Sei que vou andar um pouco à toa,
Mas se for devagar... entendo!

quarta-feira, 14 de outubro de 2015


O bater das ondas como que me enfeitiça...
Meus sonhos perdem-se no ritmo em que elas quebram na areia.
Batem sem cuidado, como quem cobiça...
Mas é disto que tenho na veia...
O mar acalma estas minhas vontades,
E sua cor no luar, preenche minha ambição.
Quando não conseguir admirar sua beleza...
É porque ficou em gelo este meu coração.
E me entreguei por fim à tristeza.

Quando as vagas vêm rolando pelo horizonte,
E as nuvens em turbulência empurradas pelo vento.
A areia começa a deixar sua cor no mar como as searas no monte.
A superfície do mar está pintada com areia sem alento...
Assim como eu quando fico na chuva a admirar o mar.
É isto que eu quero mesmo contemplar...
É aqui que eu desejo rir, chorar, entristecer... amar!

Quando é que as coisas mudam e com que motivo?
É que sempre quis o mesmo mas nunca fui atrás do que queria...
Note to self: Face your fears!!! LIVE YOUR DREAMS!!!!

sábado, 10 de outubro de 2015

O pavio ardeu...
As palavras que ainda me consomem...
Fazem-me sentir amargo.
A história morreu!
O silêncio destruiu a certeza...
Tudo num desespero de tempo largo.
Fechámos capítulos...
Somos mais do que éramos!
Mas as letras... que contem a história.
Tivemos uma ideia...
Abandonar a aldeia!
De mão dada seguimos...
Fomos devagar e sem saber...
Mas éramos dois...
Tu a minha mão direita,
Eu, a tua esquerda.
Tomámos carinho no colo um do outro,
E as saudades foram mais levianas...
Mas tudo muda!
Nem precisa de motivo por vezes...
Mas tudo muda!
As palavras arrefeciam quando o tempo aquecia...
Os sorrisos ficaram fechados nessa caixa,
E meus esforços ou tentativas de os soltar,
Foram em vão... ficaram presos no gelo que te circundava.
Ainda tentei novamente...
Mas histórias não têm finais felizes...
Isso são os contos de encantar.
Meu local de eleição era mesmo ao teu lado...
Mas tudo muda!
Regressei à aldeia...
Já não havia a minha alcateia!
Tudo mudou...
A lua vestiu-se de preto para me receber,
E na sua escuridão encontrei-me...
Sem recurso à luz, entrego-me no teu abraço...
E por instantes estive bem.
Fechei os olhos finalmente sem te ver a ti apesar de secretamente ainda o desejar...
Sou pouco do que já fui!
Mas serei novamente...
Hoje, já procurei o meu passado com vontade...
Hoje, já arrisquei tudo e fiquei sem nada...
Mas hoje, também já comecei a pavimentar a estrada onde vou caminhar...
E por muito que sinta, escolho não mudar...

domingo, 4 de outubro de 2015

So...

The artwork of our life
Has turned dark in a hurry...
Maybe when you felt as a wife,
Looking back, the past's blurry.

We flew over the borders,
Your head in my shoulder...
So much like our formers,
Maybe a lit bit older.

There's no point to precise,
Or to point fingers for blame...
Maybe I've just realized,
That without you, nothing will ever be the same.

Now the sketches don't even come close,
To our details, our bright colors.
Not one of our drawings compares to those...
When we could care less about others.

Our song is not yet complete,
Our chorus is merely a beat.
The lyrics are strong not discreet,
Won't you please come over and have a seat?

Let's please investigate where we went wrong...
The time, the will...
Was it our song?

All has lost it's color...
The sky, the ocean, my mother.
Until today, I wonder where and how you are...
Will it ever heal this scar?

Eleições 2015

Que se foda o que se espera...
Quem são esses e que querem?
São Reis quando o povo desespera,
E assim como aparecem, desaparecem.

E nós que vivemos nesta ansiedade,
Conseguir viver aqui ou mudar de cidade?
Quando todos os dias temos de comprar pão,
E nunca temos nem mais um tostão.

Procuro trabalho, não emprego...
Mas trabalho que dê para minha família criar,
E não para andar aqui a definhar...
Não procuro nenhum sossego!

Sou tuga e digo-o com orgulho,
Fomos capitães de Abril e de naus...
Hoje somos monte de lixo e entulho,
Movidos a medo da Europa e dos seus paus.

Será que já não chega desta merda?
Quando é que podemos dizer não?
A ver se é desta que acerta...
Senão perco a fé em qualquer eleição...

sábado, 3 de outubro de 2015

Existe revolta aqui... cada vez que inspiro sinto isso... não estou contente... com algo... talvez com as consequências dos meus actos... talvez com a facilidade que tive em deixar tanta coisa boa para trás. E com a dificuldade que tenho agora de não ter o que tive... o que demorei a alcançar... e com o facto de ter de olhar para trás em nostalgia e não querer agarrar o presente...
O futuro precipita-se em dia que aparece sem avisar atrás de outro dia... em que olho para o calendário e pergunto onde ficaram as semanas e como é que quinta vem a seguir ao domingo...
Diz-se que quando a diversão é muita que não damos pelas horas a passar... no entanto, as horas passam rápido porque eu ando embrenhado nos meus pensamentos, completamente indiferente ao que se passa à minha volta, sorrio e converso, mas intimamente guardo lá bem no fundo, o arquivo aberto dos ficheiros que analiso... que revejo e revisito numa procura de luz, verdade mesmo que seja unilateral(facto)... este arquivo aberto impede-me de entrar verdadeiramente numa conversa e consequentemente dar a minha opinião ou tentar argumentá-la em sua defesa... Sinto-me preso numa letargia, numa dormência acordada mas quase que em piloto automático... Já joguei as mãos aos comandos, mas nada quiseram de mim... Vou voltar a fazê-lo amanha logo pela manhã, com o meu amigo Otis Redding a gritar, vou calçar a luvas de cabedal e agarrar nos comandos a cantar com ele...

I feel the ropes of the ship tightening as the wind picks up... The boards crank and moan as if they had something to say, As the silence ar...