terça-feira, 21 de janeiro de 2020

A luz fundiu-se,
Não tenho forças para me levantar...
Ainda incrédulo,
Ligo e desligo o interruptor,
Como se mudasse algo...
Nesta cama que já foi alegre,
Os lençóis jogados pelo chão,
Janelas abertas e temperatura que ferve...
Foi assim enquanto houve emoção.

Agora os lençóis estão frios,
O quarto breu,
E sozinho, aqui estou eu!

Com pensamentos do que já foi,
E vontade de regar os cortinados...
Ainda a pensar como tanto ainda dói,
Sinto os químicos em mim desgovernados.

Deixo a gasolina para outro dia...
E agarro a garrafa.
A olhar para o meu reflexo não te via,
E pensava onde estava.

Já não sou...
Talvez nunca tenha sido...
Aquela pessoa que eu quis ser para ti.

Tento abraçar os fragmentos de nós,
Para ter algo para sorrir...
O jantar com os meus avós,
Em que assumimos que queríamos sentir.

Mas depressa volto ao ponto de partida...

Com a casa escura e triste,
No seu ar pesado e tenebroso..
Relembro a primeira vez que me viste,
E quão depressa comecei a subir o fosso.

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