domingo, 27 de novembro de 2011

Deixei esta página em branco... durou demais!
Queria preenche-la... mas para quê mais?
Letras merdosas que nada fazem....
Pensam que aliviam a dor, que enaltecem o amor...?
Letras... de letras não passam...
E os sentimentos ameaçam?
Não... não quero mais disso...
Não quero mais nada...
Não quero companhia, não quero alegria...
Não quero merda de musicas que trazem nostalgia....
Fodasse que se nada nos impedir,
Faremos o percurso destinado a bater com a cabeça e partir?
Quem seremos nós se a nós não nos respeitarmos?
Se a nós não nos protegermos e amarmos?
Somos merda como as palavras que escrevemos,
Que dizemos sem sentir, que forçamos a sairem...
Somos menos ainda... somos nada!

domingo, 20 de novembro de 2011

Hoje redigi uma carta de ódio...
Fui buscar palavras e acções,
Inspirei-me em frases ditas,
Em situações perdidas e...
Pontos de vista oclusos.
Redigi essa carta de ódio,
Sem vista de propósito algum.
Talvez para acabar o ócio,
Que vivia aqui em mim...

A chuva já não me molha,
Nem o mar me abraça...
O azul que vivia em mim,
É agora cinzento sem cor,
Viver sem dor ou amor...
É o que espera a minha alma de mim...
A terra já perdeu o cheiro,
E a laranja do laranjeiro,
Nem sabor me traz ao paladar,
Que também sinto acabar.

Aquela chama que me levantava,
Que me acendia e apagava,
Já nem faz luz hoje em dia,
Mas lembro quando ardia...
Afastava más vibrações,
Iluminava-me as emoções,
Era a minha força num simbolo,
Mas como tudo... um simbolo apenas de nada serve...
Com a chama apagada,
O breu tudo conquista...
Nesta besta encurralada,
Num canto que despista............
Hé diversas situações em que fico "estupidamente" a olhar para esta tela... na expectativa que ela fale comigo, que me diga, "Escreve sobre X ou sobre Y... se não te apetecer divaga sobre o teu tema favorito, a forma como as pessoas se relacionam ou sobre o amor... mas escreve!" Essa expectativa acontece normalmente... quando tenho algo para escrever e não o quero fazer... quando algo tenta transpirar da minha pele e eu contrario sua vontade e a repreendo novamente para o meu pequeno reino de discernimento...
Não sei se sou unico neste caso... gostaria de pensar que nãomas não sei... parece que nunca me consigo fixar nalgo em particular, que os meus pensamentos (quando normais) disparam para mil e uma possibilidades de diálogo, de acção, de imensas alternativas para seja o que for que se está a fazer... Por exemplo, pensando em azul... mar, ondas, golfinhos, barcos, vento, cartas hidrográficas, tudo isto me salta em imagem só de pensar numa cor... não consigo, nem quero controlar esta linha de raciocinio que possuo... é que no meio deste caos de turbilhão de idéias que se sucedem, consigo enxergar, lá bem ao longe e com idéias a bloquaerem-me a vista momentaneamente, o azul... todas as outras idéias derivadas ganharam vida, espaço e tentaram sobrepor-se à inicial... esta visão, esta forma de olhar para criar lógica nalguma parte deste raciocinio adverso... é minha!!! No entanto... acredito que possa haver alguém que se identifica com este processo... ;-)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Carrego nas pontas dos meus dedos,
Frustação, raiva e medos...
Palavras carregadas de significado,
Neste invólucro já tão pesado.

São passadas para o papel,
E discretamente dispostas...
Numa reconstrução fiel,
Do que gostas e não gostas.

O ar do balão fugiu...
E estas rugas vincadas,
São prova disso...
Não sei para onde foi esse ar...
Que me alimentava imagens...
Que me dava coragem...
Agora...? balão vazio,
Interior frio...
Queria aquecer seu ar mas não tenho pavio...

domingo, 13 de novembro de 2011

Os minutos que devia à cama,
Estão repousados nas pálpebras,
Amontoando-se e fechando a entrada de luz...

Não tenho alternativa,
Apesar da falta de cooperação do sono,
Em manter os olhos abertos e a postura correcta...

Houvesse alguma coisa...
Mesmo que vaga esperança,
Em retornar ao sono desejado...
Para encontrar o sonho continuado.

Em flashes volto onde estava,
Imagino e revivo em nano-segundos...
Memórias e fotos que a memória lava,
Naufrágios em pensamentos profundos.

Processando todos os impulsos,
Mesmo digerindo alternativas,
Controlo comentários obtusos...
Em reacções menos explosivas.

domingo, 6 de novembro de 2011

Não consegui comentar a resposta... fica aqui então o que penso sobre o ultimo comentário que recebi...




To be anonymous...
To be secretive...
To be distant and intrusive...
To be anonymous in such a way...
I have to know you I must say...
I've slept in nowhere new...
Although I've dreamt of someone, maybe you?
What was going through my mind and plans for the future?
A lot to answer to a big crowd,
So I'll shout it loud...
I just want to be happy...
Smile with will and never let my heart ill...
I hope it's gona be snappy...
Cause the waiting is bad, my body killed, my soul sad.
Que cabo de tormentas,
Que transpira ao dormir...
Pouco importa o que aguentas,
Sabendo o que está para vir.

Visões recorrentes,
Pinturas alternadas,
Apertam as correntes,
Almas encarceradas.

sábado, 5 de novembro de 2011

A manhã desperta num bocejar antecipado,
Este olhar ainda forçado, tenta fazer sentido...
Nos numeros baços, alarme disparado, invadido...

O frio da alvorada, assalta também a minha viatura,
A nuvem das palavras, ainda pesadas, é densa e palpável...
O caminho esse... de água espalhada na estrada,
É sempre o mesmo, viagem automatizada.

Que nem um pinguim,
Disfarçado entro neste iglo,
De partidas e chegadas,
Que parece não ter fim...
E logo venho continuar,
Este genero de diálogo,
A necessidade que há em mim...

I feel the ropes of the ship tightening as the wind picks up... The boards crank and moan as if they had something to say, As the silence ar...