quarta-feira, 25 de março de 2020

Old Post
2018

O desejo de me agarrar à garrafa é forte hoje...
O corpo treme pela fraqueza que sente.
Apesar de estar uma luz ofuscante que foge...
É o negro a cor presente.
Deixo de me sentir como espécie dominante,
O medo instala-se...
E do tamanho de um grão de areia...
Olho para cima para ver a pisadela.
A que me deixa com um longo caminho a subir...
A que me mostra que não é a confidência o caminho.

A noite foi tão clara como este dia está a ser,
O corpo dorido, o espírito vencido e o sono a não vir...
As circunstâncias são tais que nem sei que fazer,
Nem vontade de falar com alguém ou rir.
As perguntas que se juntam num turbilhão,
Não me conseguem dar clarividência...
Também não ajudam o meu coração...
A ultrapassar esta experiência.
E como os minutos magoam,
E os segundos custam a passar...
Os pássaros da mão nos voam,
E ficamos com nada para mostrar.
A facilidade de mudança de perspectiva de que me gabo,
De nada me serviu de preparação.
Vi agora que deixei destapado o rabo,
Em seguir os desejos deste cabrão.
Não consigo escrever...
Não que não tenha assunto ou vontade.
Não sinto que nada do que sai é verdade...
E o tempo passa...
O ecrã fica cada vez mais inerte em frente aos meus olhos,
As letras teimam em não sair com lógica...
E o desespero começa a tomar conta das minhas acções, da minha mente e desejo o contacto...
Sendo animais sociais como somos,
Preocupa-me a falta de socialização nas pessoas mais idosas.
Se eu que me sinto capaz de tudo e cheio de energia depois de todo este descanso me sinto frustado e deprimido com a falta de poder practicar os meus hobbies ou simplesmente estar com os meus amigos, como será que estão as populações mais idosas que ambicionavam as visitas mensais dos filhos ou dos netos para lhes colocar um sorriso na cara e força de vontade para reprimir tudo o que viesse contra até à próxima visita.
Preocupa-me que o mundo seja tão alterado, que os nossos costumes sociais fiquem tão modificados devido ao contacto, que nos possamos tornar pessoas mais independentes em termos de sociedade e com menos necessidades sociais do que antes tinhamos.

Devo continuar este texto mas se alguém quiser deixar comentários para onde o devo levar em termos de direção estejam à vontade...

sábado, 7 de março de 2020

Prendo-me no teu cheiro...
Na vontade que tens de me ver.
E sendo verdadeiro,
Não te quero esquecer...
Os dedos fogem-me para as palavras,
E a imagem de ti ocupa tudo...
Que me dera que fossem forçadas,
Ou silenciadas num grito mudo.
Já não sonho...
A tua ausência faz com que seja tortura.
E os olhos onde os ponho?
Já que não te vejo nesta aventura...
Vou dançando nas entrelinhas,
Enquanto te passeias neste pensamento.
Era sempre a sorrir que vinhas,
Enquanto eu imortalizava o momento.
Agora quero voltar atrás até onde...
Onde deixei o coração queimar-me a alma,
E este sentimento que se prende,
Retira de mim qualquer calma...

I feel the ropes of the ship tightening as the wind picks up... The boards crank and moan as if they had something to say, As the silence ar...