sábado, 30 de julho de 2011

Falamos linguas diferentes nós...
Tentamos ainda acertar pontos convergentes mas as pequenas saliências de carácter que cada um de nós tem, impele-nos em direcções contrárias, cria uma forma estranha de viver e essa fricção das saliências afasta-nos um do outro.
As palavras já tiveram significado e os tempos já foram outros... hoje em dia, por muito que me faças falta e me deixes os teus comentários, uns bons outros nem por isso, segues o teu caminho, e eu o meu, sempre com a consciência tranquila das águas que já me movimentaram esta plataforma que segura o meu coração, flutuando debilmente antes de ser arrastado pela corrente forte que corre sem cessar...

terça-feira, 26 de julho de 2011

Out of the starless night that covers me,
(O tribulation of the wind that rolls!)
Black as the cloud of some tremendous spell,
The susurration of the sighing sea
Sounds like the sobbing whisper of two souls
That tremble in a passion of farewell.

To the desires that trebled life in me,
(O melancholy of the wind that rolls!)
The dreams that seemed the future to foretell,
The hopes that mounted herward like the sea,
To all the sweet things sent on happy souls,
I cannot choose but bid a mute farewell.

And to the girl who was so much to me
(O lamentation of this wind that rolls!)
Since I may not the life of her compel,
Out of the night, beside the sounding sea,
Full of the love that might have blent our souls,
A sad, a last, a long, supreme farewell.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Há pessoas que como cavalos encarcerados quando lhes abrem as cancelas galgam terreno na vida... que se soltam de um momento para o outro e correm pelos prados fora que lhes aparecem à frente... Há também pessoas que, também como alguns cavalos, consideram o que têem e não saem disparados pelas cancelas fora... que olham para trás, recordam as escovadelas, a ração, a sela, o feno jogado pelo chão e tudo o que de bom existe... ou existia, pois a partir do momento em que os cascos pisam solo virgem... o instinto solta-se! O orvalho que lhes toca nos cascos liberta o animal e o vento a espalhar a crina e a cauda enche-lhe o peito e torna-o, de novo, como antes seria, SELVAGEM!!!

Como eu quero ser selvagem! Quero conseguir inspirar o ar todo apenas com um encher de peito e sentir que quero correr em direcção ao desconhecido... não quero olhar para trás com nostalgia, mas sim com vontade de dizer um dia, o que foi e deixou de ser, ou não devia de ter acontecido ou será apenas para esquecer!!!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Existem tantas provações na nossa vida,
E altos e baixos definem momentos,
Uns lentos e outros rápidos em corrida,
Sempre encarados como segmentos.

É o pouco e tudo que temos,
Nesta correria de sensações,
Prendemo-nos no que vemos,
Ignoramos verdadeiras emoções...

É o caminho que percorremos,
Em melodias saltitantes ou deprimentes,
Muitas vezes nem o escolhemos,
Pois são acções bem presentes, mas inconscientes!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Soltam-se palavras desta boca muda,
E os gestos que faço assemelham-se a gritos...
De que serve falar com uma pessoa surda,
É nada mais que dar atenção a antigos mitos...

Estas palavras só têem sentido em mim,
Enclausuradas neste espirito quebrado...
São palavras que tem significado enfim,
Embora não cheguem a nenhum lado...

Elas permanecem aqui para serem lidas,
Nesta timida folha de papel que as absorve...
Vocês sabem que existem timidas,
Em ambiente escuro que as envolve...

As palavras que nos marcam o dia a dia,
As coisas que acabamos por nunca dizer...
O que acontecia se um dia diria...
Todas estas palavras que prefiro esquecer...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Tenho saudades desse sorriso,
Que iluminava a rua inteira...
Por vezes, menos ou mais conciso,
Mas ficaria feliz à tua beira...

Um pequenote alegre e despreocupado,
Envolto e submerso em ideias banais,
Agora é mais responsabilidades em todo lado,
São tantas que por vezes são surreais...

No entanto, esse sorriso imperfeito,
Que a mim me deixava tão feliz,
Deixou-me assim tão a jeito...
De passar por provações interiores infeliz...

Apenas para me erguer um dia em pleno,
Ainda recordando o miúdo que era feliz,
Despistando a adolescência em campo de feno,
E rumando à maturidade enfim!

Não era algo que precisasse ou quisesse,
Foi a melhor forma que achei de me distanciar,
Uma coisa no entanto lhe peço,
Não me venha nunca mais falar de amar...

Pois coração que sente e é obrigado a esquecer o amor,
É pedra fria, orgão inerte num espaço vazio com dor,
E esta pedra que já foi só tua em tempos,
Se a quiseres de volta é bom que relembres.
Pois o tempo não volta atrás!

terça-feira, 12 de julho de 2011

São letras juntas umas às outras que compõem o que nos vai pelos pensamentos... encaixam-se perfeitamente encadeadas em frases que manifestem lógica e sentido... perdem-se em dilúvios e enchentes sem sentido que ninguém quer ouvir e assim se desperdiçam... rodopiam pelas memórias algumas que perduram essas letras... a forma como muitas delas foram encadeadas permanecem ainda hoje bem presentes no pensamento, algumas por me lembrarem de coisas boas (palavras de sabedoria ditas pelos pais que só alguns anos depois é que vemos a importância que elas têem), outras não tão boas (que obviamente não descreverei)... são actos, são pensamentos, são histórias por contar ou contadas nunca a pessoas suficientes... são, o maior invento do Homem!

sábado, 9 de julho de 2011

Passam os minutos, dias, semanas e meses... tudo isto parece agora pálpavel, real e absorto de tudo o resto que se passa no mundo... passa o tempo... devagar, mas não deixa de passar... esse que dizem ser amigo, esse que dizem ter os poderes necessários para tudo nos fazer esquecer e resolver pela insolvência das ampulhetas que nos regem a vida em grãos por vezes mais teimosos... esse animal!
Olhei para o meu futuro timidamente ontem... assustei-me e regressei com o olhar onde ele devia estar, no percurso decidido por mim e não o necessário percorrer por sentimentos inerentes a mim, ao que o meu peito me pede...
Entretenho-me em mil e uma actividades com pessoas de quem gosto e nutro carinho, distraio-me com brincadeiras e alguns objectivos mais sérios a nivel pessoal, dedico-me a melhorar, dedico-me a perseguir o que realmente quero e corro atrás do que for que me interesse e me suscite curiosidade, porque afinal, isto tudo que faço nada mais é que viver, sofrer, rir, chorar, pular e saltar, mas sempre viver e viver com alegria, com sorrisos e abraços, com ternura e carinho, com gritos e gargalhadas, com amor e amizade e momentos nem sempre tão bons... mas... como disse anteriormente, isto é viver! E esta interiorização é que desvalorizará toda a importância do tempo e ao mesmo tempo valorizará o tempo que temos todos!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Eddie Vedder - Sleeplees Nights ft. Glen Hansard



By me:
I've been hiding down my smile,
Not by purpose or intention...
Doesn't want to come outside for a while,
Just affraid of getting hurt in affection.

Uneasy steps and heavy legs,
Parted ways as we both left...
Keeping life suspended in time,
Always with you in my mind.

You say we can't turn back,
On decisions made for ourselves...
I'll have to come and collect,
The ones forgot on the shelves.

Cause the piece is still missing,
And I still look for it's completion...
When imagining us finnaly kissing,
I feel like I've solved the equation.

It's still your face I see,
When I close my eyes at night...
Your still the girl for me,
As I see your picture I sight...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Vim escrever sem grande vontade de nada dizer...
Vim só aqui para ver se me saía algo mais palpável que os sentimentos que me têem estado a perturbar...
Consigo dormir bem e encostar a cabeça na almofada. Mas só de escutar alguma musica mais sentimental de alguma forma ou a ver cenas carinhosas ou de felicidade extrema que passam no cubo mágico que todos temos em casa, humedecem-me os olhos... contraio a cara e as expressões que lhe fogem sorrateiramente e soluço por vezes... um soluço rápido, nada para preocupações! Mas o sentimento de vazio, a falta de ser importante para alguém que desejamos e esses silenciosos momentos em que dá para perscrutar tudo o que já aconteceu em retrospectiva na vida... hmmm... se calhar não devia ter vindo escrever!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Estive em retiro que tenciono prolongar
Vou deixar de relevar a importância que lhe atribuo
E nestas tuas ondas revoltadas do mar
Derramo as minhas lágrimas e em esforço suo

De derrocadas sentimentais que ficaram
Em que grilhões se quebraram e deixaram fugir
Dividiram o que antes se sabia e conquistaram
Rasgando sorrisos de quem mais quer sentir

Hoje arranco justificações para as outras emoções
Que me solidificaram este cubo que carrego no peito
E desta frieza que me torna nada me salva, nem bafo de dragões
Nem mil preenchimentos em cama alheia ou sem ti no meu leito

De que serve esta vista maravilhosa que me premeio?
Se parede branca me parece neste olhar...
Se este amor por ti não conhece nenhum freio...
Nada pode ser feito para tu sentires que podes mudar...

sábado, 2 de julho de 2011

Como tanta coisa na vida... o tempo não chega! Por muito que seja demoroso e que custe a passar o tempo por vezes preferiamos que ele se alongasse e que no mesmo dia, as horas em vez de 24 fossem 48 ou 72...
Hoje tinha mil e um planos e quando dei por mim... já não conseguia ir a nenhuma das actividades que tinha programado. Trabalho é verdade, mas é o trabalho que me alimenta estas pequenas escapadelas e tomadas de ar fresco... é devido a esta responsabilidade que consigo planear tudo, ou quase tudo, de maneira a estar com as pessoas com quem quero estar e que comigo querem privar. É através do horário de trabalho que coordeno todas as outras actividades e sociabilizações... hoje bem me lixei... tinha uma sardinhada com os meus amigos combinada a começar ainda de manhã quase, que se estenderia até ao final da tarde seguramente, depois um sunset no rooftop do Sui Generis com um grande amigo meu, Ivo Afonso a passar som para ver o por do sol com estilo e mojitos e para terminar, a tal festa na praia que todos ansiavamos para extravazar... sendo que entrei às 15:00 e vou sair às 22:00, ainda posso ir comer umas sardinhas frias e curtir a festinha na praia... ERRADO!!! Amanhã entro às 06:00 e só vou sair às 22:00!!! O que quer dizer que não me posso esticar mesmo nada... assim, quando sair vai ser ir à casa do Gavino comer umas sardinhas e caminha!!! Que merda!
Bom... uns dias assim também não fazem muito mal!!!
Ultimamente sinto que carrego uma espécie de aura de energias negativas... que alguém ou alguma coisa se aproveita dos caminhos que faço para se agarrar às minhas costas e vir sem ser convidado. Não sei bem explicar porque também não identifico o que seja... seja o que for é algo que já me começa a aborrecer solenemente e em relação à qual sinto que tenho de algo fazer...
Tenho tentado sacudir estes sentimentos e consequentes recaídas emocionais... tentei inclusivamente, substituir um amor por outro e aprendi que temos de, segundo o Miguel Esteves Cardoso com o qual hoje em dia concordo, de fazer um luto ao amor que já foi... agora o que fazer quando o amor que já foi, deixou uma sensação de presença, de incómodo assunto inacabado e desejo de retorno ao passado?
Esta fica para vocês... ;-)

Insensatez - Tom Jobim

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Este meu emprego é uma montra de pessoas, cada uma individualmente diferente da outra e cada qual com os seus próprios jeitos e tiques... vejo-os todos os dias a desfilar despreocupadamente, como se ninguém olhasse para eles e aquilo que vestem e mostram... como disse anteriormente, cada um individualmente mostra certas tendências ou pequenas revelações da pessoa que é... mas se quisermos mesmo saber... ou tentamos uma aproximação ou só podemos adivinhar...
Chegam cheios de malas e brancos como a cal com que protegemos os nossos muros, trazem também, embora menos do que já o fizeram, os bolsos cheios de notas de euro novinhas para gastar nesta economia já de si tão debilitada e enfraquecida. As meninas que vêem para aproveitar a praia e os raios de sol que caracterizam o nosso clima no Algarve partem com sorrisos estampados na cara, autênticos cartazes de publicidade no estrangeiro para o turismo... essas caras vão de mão dada com a cor de pele que levam daqui, ansiosas por ganhar alguma cor, mesmo que efémera, partem dolorosamente vermelhas as mais descuidadas e com recordações de dor misturadas com muita loucura e dias solarengos...

Logo volto para acabar este tópico... agora tenho mesmo de trabalhar! ;-)

I feel the ropes of the ship tightening as the wind picks up... The boards crank and moan as if they had something to say, As the silence ar...