quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Em vésperas de viagem,
Contabilizo emoções reminiscentes...
A forma como as pessoas agem,
Em situações mais ou menos coerentes.

Percorremos milhas e quilometros,
Em aeronaves que carregamos de esperança...
De recordações vividas a fogos impostos,
Ou imagens que depressa nos alcançam...

Imaginamos desfechos improváveis,
Vá, talvez uns sejam mais palpáveis...
Mas esperamos sempre pelo melhor,
Visualizações com menos pudor.

Os itinerários mudam de hora para hora,
As expectativas volatilizam-se...
A companhia a melhor, muito embora...
Os medos agora materializam-se.

É a expectativa da viagem,
Que se materializa em receios...
Como o veneno da folhagem,
Colhendo os bichos dos seus enleios...
Tudo o que dizemos,
De uma forma ou de outra...
Altera o que somos...

Interiorizamos as palavras,
E depois esquecemo-nos de nos esquecer,
E persistem até doer.

Muitas palavras nem sentidas foram,
Mas já foram ditas e ouvidas...
E mesmo palavras magoam!

Mas dizemos sem pensar,
Muitas vezes apenas nos saltam,
Mas seguramente que devagar matam...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Por vezes preferia,
Que a vida fosse tal e qual...
Como palavras em papel...

Em letras corredias,
Contava as alegrias...
Que encerro neste quartel.

Mas que fossem palavras,
E que de palavras não passassem.
Pois não são palavras que nos fazem!

Não somos nada escrito...
Nem a carvão nem a tinta permanente,
Mas tudo o que é escrito,
Merece ser vivido com intensidade presente.

domingo, 25 de setembro de 2011

Rasga o retrato,
Já não vai fazer falta!
Pois tudo o que foi,
Ficou para trás...

E hoje em dia o que eu bem queria,
Era deixar só de pensar...
Dar o primeiro passo para a frente,
E o resto deixar andar...

Queima os pensamentos que persistem!
E deixa acabar as recordações efémeras...
Quando não dá para esconder sentimentos que existem,
E as relações nunca são eternas...

De que forma começas algo novo?
Bagagem carregada e bilhete comprado?
Ou continuas a pensar que andas solto...
Em modo sentimentalmente ocupado...

sábado, 24 de setembro de 2011

Já me revi em mil e uma frases e sentenças,
Já me identifiquei em situações extremas...
Mas nunca nenhuma contou tantas presenças...
Como o medo de prender este coração em algemas.

Os passos que dei até aqui chegar,
Alguns foram confiantes e maior parte decididos...
Fossem quais fossem, fizeram-me aqui desembarcar,
Quando na minha opinião, alguns se consideram perdidos.

Como disse, nem todos foram seguros...
Uns foram mais do que um pouco instáveis,
Outros foram bem imaturos...

Não me considero alguém sentimentalmente disponivel...
Nem tenho grandes ambições para que isso aconteça.
Prefiro algo que seguramente me dê a volta à cabeça...
Do que uma relação que rapidamente subirá de nivel!

E em vésperas de mudanças (não sentimentais),
Revejo esta minha atitude,
Que identifico muitas vezes em atrasados mentais.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Bom dia alvorada...
Mal fiz eu que não te vi nascer.
Mas parece que vieste pela calada...
Talvez propositadamente para não te ver.

Chegaste por fim...
Ambicionava já tua presença.
E mostraste novo dia em mim,
Limpaste a antiga doença.

Não me importa o tempo que trazes,
Se as nuvens te perseguem ou não...
Interessa sim o que me fazes,
Pois cada acção se manifesta em emoção.

Revelas-te em pouco tempo visivel,
E logo logo passas para manhã...
Dia sem ti, nem é exequível,
E se não te vejo, prefiro o amanhã.

Então ó alvorada desejada...
Nem com despertador acerto no teu revelar?
Dormirei a noite toda de pestana escancarada...
Pois esses segundos far-me-hão sonhar!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011


Já raia novamente esse astro,
Que regula a ampulheta das horas...
E seria aqui como em Castro,
Celebrada nas muralhas de outrora.

Devo horas à cama...
Ninho que a minha falta sente.
Como os meus pés sentem alfama,
Essa estrada sempre presente...

Falta-me horas de descanso,
Que tenciono recuperar,
Antes de me lançar nesse romance,
Para nunca mais voltar...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Sunsets have had a special feeling lately...
The tones in the air, the smell of someones hair...
Reflections and colours brighten the horizon,
Giving the notion that tomorrow's day will be better than today.

Could everything be as simple as that?
As pure and clean, as the sun touching the sea's skin...
Could everything be downgraded to simplicity?
Or must we get lost in the caos of this city...?

The seagulls never complicate...
It's always a better day tomorrow, there's no debate!
So they fly, they eat and they rest...
Not as if they were preparing for a test...

But the truth and honesty I must say...
Could it be with another person... could it be another way?
I believe that tides can go and come back again...
But they won't bring back the same shells, or even the same sand...

So savour the salt from the waves,
Care not of the strengh it takes...
And take the sun in your chest wide open,
Let it warm you up, mend what's broken...

And enjoy those little moments one has,
With a pint of beer or wine in a glass...
Be sure to be with someone good to you,
But be sure to be good to someone too.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Venham tempestades...
Essas que destroem tudo e matam...
Venham tempestades e tufões...
Venham já depressa mostrar esses dentes de tubarões.
Ameaçam e desviam tormentas,
E deixam assim intermináveis lamentas...

Venham tempestades daí...
Se pensam que podem matar este espirito.
Venham daí mas venham fortes,
Estarei cá para vos mostrar as vossas sortes...
Podem vir na rescalda de outras ou vir em conjunto,
Que nunca me levarão ao fundo...

Pois eu carrego mais que águas e dilúvios...
Eu carrego tudo lançado de todos os vesúvios...
Venham daí mostrar essa vossa força,
Que cá estarei para vos mostrar a forca.
E serão derrubadas vez e vez de seguida,
Pois será sempre o homem a ganhar essa corrida.
Se já houve tanto que se passou,
Se o ontem não volta a ser...
Corro para o amanhã...
Com medo de também esse se perder...
Não vou levar a mobilia antes criada,
Pois há-de me atrasar e relembrar o passado.
Quando o que quero mesmo é uma nova entrada,
E não quero percorrer a mesma estrada.

Hoje o dia amanheceu como já vem sido normal,
Acordei com a recordação, não do teu sorriso, brutal...
Hoje veio-me outra pessoa à mente ainda pouco desperta,
Pessoa essa que me veio sussurrar ao ouvido, "Tenho a porta aberta."

A tristeza que antes me assolava,
Deixou um pouco de si para trás...
E este meu vulcão já sem fogo nem lava,
Revelou-se não como quando tinha 15 em são brás...
Veio devagarinho e lentamente a ascender,
E em ferro e fogo começou a arder.

Mesmo quando olhava para o céu nublado e escuro,
Recordava-me desse teu sorriso...
E depressa tudo o que me parecia frio, impiedoso e duro,
Se revelava nessa luz, que depressa tudo tornava difuso...

Ainda hoje me lembro dessa ternura,
Que surgia por impeto próprio quando me recordava de ti,
Privilégios de uma imatura doçura,
Que escondeu de ti sentimentos, mas não de mim.

Já não procuro nem desejo,
Nem o teu abraço, nem sequer um beijo...
Hoje valho apenas por mim,
Acredito no que escrevo enfim!
Hoje a vida é só minha...
Neste percurso em que foste uma espinha...
Não mais irei revelar este sentimento,
Nem mostrar o que sinto como um jumento.
Sou eu e não quero nada mais,
Pois para mim, começo a surgir leão nos animais.
E animais outros há deles altercados em espécies,
Mas nunca mais me perderei em intempéries.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Time slips away...
Just as sand in my hand...
The moon shines on your face,
With no intention to set a trend.

These memories I locked on to,
They reveal themselves in someone.
Certainly I'll recall us two,
But I'll forget you were my loved one.

Dont forget our own things...
Cause they will never fade away.
Our pictures on the strings,
And feelings left astray.

domingo, 4 de setembro de 2011

Ontem... já em mar alto,
Subi à vigia e perscrutei o horizonte...
Já te tinha avistado e delineei,
Uma rota que não fosse ao teu encontro...

Senti o calor do teu sorriso ao longe,
E esse fechar de olhos de quando o sorriso é sincero,
Denunciou algo... algo que não sei o que é...
Algo que infelizmente nem tu sabes o que é...

Percorri a rota delineada religiosamente...
E não mais me viste...
Nem eu a tuas águas fui à deriva...
Nem tu me pareceste viva...

Continuas nesse estado latente,
De dormência acordada hibernada...
E sim continuas com sentimento presente,
Nesta alma já em tempos habitada...

Não fugi nem dei importância,
Dancei, bebi e diverti-me...
Sem te retirar relevância,

Até bem assim, senti-me...

Houve vinho tinto e outras bebidas,
Muitas a tentar apanhar ou dar mordidas,
Não senti nada mais que boa disposição,
Mas trocava tudo por um xi-coração...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Pressões....

O que são pressões afinal e de que forma influenciam as pessoas e as atitudes que cada um tem?

Cada um é individual e como sabemos cada acção não representa necessariamente a mesma reacção de cada pessoa, daí a individualidade de cada um... podemos mesmo afirmar que o que é pressão para um, pode nem ser considerado pressão para outro... no entanto, e partindo do principio que seria universal a pressão e que poderia ser encarada da mesma forma por cada indivíduo... de que forma é que podemos discorrer acerca deste assunto? Opiniões aceitam-se... o que são pressões? Acho que cada um lida com isso consoante a pressão que é, consoante a importância que tem para cada pessoa...
Pressão... se tiver 100 amigos para convidar para os meus anos e só puder convidar 10, vou sentir alguma pressão em convidar fulano X e não convidar fulano Y... isso acho que todos conseguimos identificar como pressão... existem mil e um tipos de pressão e hoje, fazendo algo que nunca fiz... quero que sejam voces... os poucos que me vêem ler que me digam o que acham de pressões e de que forma é que são afectados pelas pressões... seja pelas normais do dia a dia, quer outraas anormais que vos aborreçam ou incomodem... tipo as dos bancos!!! LololoL

Receita especial para um sorriso dificil de arrancar...

Melhor receita do mundo para me sacar um sorriso em dia mau:

Dia de ondas partilhado com amigos, Alex, Filipa, Macaco, Ventura e Roberto... todos de longboard a saltarmos de prancha em prancha, com gargalhadas e risotas contagiantes a todos os que nos viam...
Cervejinhas na esplanada do Roberto e muitas conversas animadas, para um culminar de gargalhadas regadas a gin tónico no surf camp com o Alex e a Filipa...
Cama que já me chamava há horas e em doces rodopios para um acordar cedinho e energia substancial para aproveitar o surf matinal antes de ir trabalhar...
Primeiros a chegar à praia, com uma visão invejável de ondas, onde um pequeno, mas falso, vislumbre da esquerda a funcionar me encheram de ansiedade... acabei por surfar na direita e as palavras que me disseram quando saí de dentro de água foram, pelo Vitor Hugo, instrutor da International Surf School... já encheste a barriga sacana enquanto eu dáva aulas! Já Vitor Hugo, guru... enchi a barriga para agora ir para o aeroporto e deixar-te aqui com o resto da tua vida que é aquilo mesmo, vê-las a rebentar e a dar aulas ao mesmo tempo... a minha é vê-los a levantar enquanto lhes vendo vôos... inveja Vitor Hugo... muita inveja!!!
Barriga cheia de ondas, corpo destilado do gin da noite anterior e muita boa companhia para dividir alegria...!
Estou cheio de sorrisos... querem um?

I feel the ropes of the ship tightening as the wind picks up... The boards crank and moan as if they had something to say, As the silence ar...