terça-feira, 20 de outubro de 2020

Sopras com terrível força,

Quebrando galhos e troncos...

Tão forte que parte a louça.

Quando entram pela janela soltos,

Esses troncos...


Parece que anuncias o fim,

Mas parece tão confortável...

Que não deve ser para mim,

Presumo que não seria tão amável...

Esse fim...


Depois de ter tratado dos imprevistos,

Deleito-me com a tua chegada...

Aguço e desperto os meus sentidos,

E acorda esta alma desejada...


Que o bater das gotas,

Seja o prelúdio de vida a chegar...

Assim como notas soltas,

Todas juntas uma música vão formar...

As plantas regojizam-se com esse alimento,

E eu amo ver a vida acontecer...

Assim vou aproveitar este momento,

E deixar a chuva sobre mim escorrer.

Pois como uma planta, eu não sou mais!

Desejo a água sobre mim também assim...

Que estas raízes fiquem sempre iguais,

Que nunca conheça esse fim!


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