sábado, 13 de dezembro de 2014

Os sonhos pararam...
Mas justificadamente...
A almofada apesar de debaixo da cabeça,
É sentida como um bloco de cimento em cima.
Os picos que estão nos lençóis,
Perfuram o pijama, incomodam na cama...
O som...
Esse infiltra-se nas frestas da janela,
E irrompe em vibrações intrusivas dentro da minha cabeça.
Os pensamentos acumulam-se...
Em tudo menos no que era suposto...
Queria conseguir vazar e limpar seu conteudo,
De maneira a me perder no nada.
Mas cada vez que tento limpar os pensamentos...
A tua face surpreende-me e retira o peso das pálpebras.
Já passou tanto tempo,
Desde que me apeteceu aqui ficar deitado...
Já passou tanto tempo,
Que quase me esqueci que apenas me deitei para te ter ao meu lado...
E isso é o que diferencia o dia de hoje e a noite passada...
Não sinto teu calor, mas sinto o teu amor ao nascer da alvorada...
São apenas algumas horas seguidas que nos retiram...
Em situações, opções, que a vida nos proporcionam...
Tão bom que é deixar de procurar,
Alguém que coloca penas na almofada,
Ou que te cante para adormecer...
Alguém que num abraço te limpa dos picos incómodos dos lençóis,
E que num beijo te clareia a cabeça e acaba com tudo o resto...

Sem comentários:

Enviar um comentário

I feel the ropes of the ship tightening as the wind picks up... The boards crank and moan as if they had something to say, As the silence ar...