O céu estava descoberto...
Num dia menos normal,
E eu de peito aberto,
Desconsiderava o trivial.
Mas colhendo as memórias,
Que criámos e sentimos...
Vivemos as nossas histórias,
E neste olhar cumplice sorrimos.
Já sabemos que aí veem...
Os ventos da mudança constante.
Mas não sabendo o que teem,
Nesse percurso erratico e divagante...
Existe certo receio que se revela,
Como olhos escondidos em armários...
Que seja reflectido na minha vela,
Ou perdido nesses otários.
Que venha quem vier...
Mesmo que seja em gigantes tumultos,
Pois de que serve viver,
Se não se responder a insultos?
Somos gente de sangue vivo,
Que trabalha na labuta árdua...
E ganhamos o respeito no suor, não altivo.
Pois partimos de rasa tábua.
Mas que não vos sinta no meu caminho...
Pois não o fiz para vos encarar...
Sou doce gigante brandinho,
Mas não me vão querer ver a transformar.
E se em parte integrante de mim vos sentir,
Posso garantir que me vão ver de perto...
E resolverei assim,
Algo que sempre deveria ter sido certo...
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