Cada dia que passa... aprecio algo novo...
Uma chuva desejada, o olhar de um corvo...
Uma gota de água, pequena fonte de vida...
Um cruzamento, decisão incorrida...
Mas algo se apresenta com outro brilho,
Algo, no chão, perdido num trilho...
Jóia que luz, nesse trilho perdido...
Pedra para uns, tesouro de alguém sentido.
Numa revelação aparentemente turva,
Esfreguei os olhos de repente...
Serias tu no final daquela curva?
Ou apenas uma miragem ausente...?
Pois de que serve tal caminho?
Se apenas serve para caminhar sozinho...
Para ir ao teu encontro, te beijar e regressar?
Correr ao teu encontro, e talvez me perder... me achar...
São sonhos recorrentes estes dos passos que dou,
Reparo no peso que carrego nestes passos...
Perco-me por vezes sem saber bem quem sou...
Relembro-me do peso, do que me fazes... e logo sei...
Que o objectivo não será o destino...
E que nem sempre o caminho percorrido, tem de ser clandestino...
Caminha com orgulho na vida e ambição,
Ignora pequenas pessoas e louca sedução.
Não te deixes abater com infelizes momentos,
Pois todos erramos em alguma altura da vida...
Comentários tristes, por vezes de jumentos,
Não te deveriam entristecer, isto não é uma corrida!
Sorri com vontade coisa boa,
Pois o nosso tempo voa...
E beba o néctar que lhe apetecer,
Não há-de ser por isso que te deixo de querer...! ;-)
quinta-feira, 1 de março de 2012
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