quarta-feira, 13 de julho de 2011

Tenho saudades desse sorriso,
Que iluminava a rua inteira...
Por vezes, menos ou mais conciso,
Mas ficaria feliz à tua beira...

Um pequenote alegre e despreocupado,
Envolto e submerso em ideias banais,
Agora é mais responsabilidades em todo lado,
São tantas que por vezes são surreais...

No entanto, esse sorriso imperfeito,
Que a mim me deixava tão feliz,
Deixou-me assim tão a jeito...
De passar por provações interiores infeliz...

Apenas para me erguer um dia em pleno,
Ainda recordando o miúdo que era feliz,
Despistando a adolescência em campo de feno,
E rumando à maturidade enfim!

Não era algo que precisasse ou quisesse,
Foi a melhor forma que achei de me distanciar,
Uma coisa no entanto lhe peço,
Não me venha nunca mais falar de amar...

Pois coração que sente e é obrigado a esquecer o amor,
É pedra fria, orgão inerte num espaço vazio com dor,
E esta pedra que já foi só tua em tempos,
Se a quiseres de volta é bom que relembres.
Pois o tempo não volta atrás!

4 comentários:

  1. Nada que se possa dizer fará diferença.
    Nada que se possa fazer mudará.

    Tudo o que te possa dizer complicará.
    Tudo o que te possa fazer magoar-te-á.

    É o vazio tal como o vai vem de uma onda.
    É o vazio que preenche e se instala...

    Também o sinto.

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  2. Não te reconheço... é tempo de, mais uma vez, deixares que o presente se sobreponha ao que se sente... eu disse-te que o ias acabar por fazer de novo... e, sem perguntares, perceberes ou te preocupares, desistes de reconhecer a outra metade de ti... I'm still here...

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  3. Os fantasmas do passado só são relevantes porque se manifestam no presente... Os sorrisos que antes acendiam ruas em noites de lua nova, desligam a capacidade de um carinho assim, mais presente, mais consciente e repudiam qualquer avanço que se possa suceder a uma conversa comum e até banal. No desejo de algo doce, procuro-te em cada esquina e esse reflexo que vejo em caras indistintas na multidão relembram-me esse sorriso imperfeito que me preenchia... quero algo doce na minha vida! Quero tirar este agridoce que ultimamente invade a minha vida em sucessivas investidas pelas memórias não desaparecerem! Quero um gelado! Quero mas quero mesmo! Procuro e volto a procurar pelo que quero e reparo tristemente que procuro algo que não se encontra ao virar da esquina... procuro um magnum e este que procuro adoça-me a boca, a alma, o feitio e a pedra que insisto em transportar no peito... não encontro! E procuro, se o procuro dentro de mim, dentro de tudo o que procuro em mim... se procuro... ao me aperceber que não há o magnum que tanto desejo, opto pelo calipo no mostrador para me saciar este desejo de doçura, este desejo de luxuria e desejo do teu sabor... mas de que serve isto? Que propósito terei em me satisfazer com algo que não desejo, que repudio em muitos momentos... apenas porque o que realmente quero não se encontra lá, não manifesta importância alguma à minha existência e muito sinceramente, não merece toda esta atenção que não consigo evitar de proporcionar...

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  4. Há sentimentos que se sentem...
    E , também, há aqueles que evitamos sentir...
    Por vezes, há aquele sentimento que nos transporta para outra dimensão de nós mesmos.
    Que está intrinsecamente ligado a memórias tácteis, olfactivas e gustativas.
    Como um ADN tatuado.
    E que nos reportam para certos momentos intemporais e infinitos, no sentido em que, jamais os esqueceremos e existirão sempre em nós.

    Estes sentimentos e momentos são insubstituíveis assim como, quem os viveu.
    Resta seguir o curso da vida.
    Haverá outros momentos.
    Haverá outros sentimentos.
    Haverá outras pessoas.
    E tudo e todos serão importantes para nós e em nós numa escala por nós designada, tal e qual um Magnum e um Calipo!

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I feel the ropes of the ship tightening as the wind picks up... The boards crank and moan as if they had something to say, As the silence ar...