domingo, 17 de janeiro de 2016

A faca saiu de mim...
Depois de tanto tempo aqui alojada.
Sei quem a meteu aqui...
Fruto de confusão malfadada.

Tudo se distorceu desde que a faca chegou...
Meu caminho ficou difuso e sombrio,
Mas recordo-me como devagar ela entrou...
E de como rápido veio o frio.

Agora ando de ferida aberta...
A curar o que conseguir.
A ver se o caminho acerta...
Ou se vou voltar a sorrir.

Como sinto a falta da adaga...
E arrepia o vazio aqui dentro.
Não há nada que a apaga,
Nem mata as borboletas no ventre.

Ainda sinto nas veias a tua presença,
Ainda vejo o bombear de sangue...
Como condenei tua ausência,
Nem recipiente nada estanque.

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