sábado, 10 de outubro de 2015

O pavio ardeu...
As palavras que ainda me consomem...
Fazem-me sentir amargo.
A história morreu!
O silêncio destruiu a certeza...
Tudo num desespero de tempo largo.
Fechámos capítulos...
Somos mais do que éramos!
Mas as letras... que contem a história.
Tivemos uma ideia...
Abandonar a aldeia!
De mão dada seguimos...
Fomos devagar e sem saber...
Mas éramos dois...
Tu a minha mão direita,
Eu, a tua esquerda.
Tomámos carinho no colo um do outro,
E as saudades foram mais levianas...
Mas tudo muda!
Nem precisa de motivo por vezes...
Mas tudo muda!
As palavras arrefeciam quando o tempo aquecia...
Os sorrisos ficaram fechados nessa caixa,
E meus esforços ou tentativas de os soltar,
Foram em vão... ficaram presos no gelo que te circundava.
Ainda tentei novamente...
Mas histórias não têm finais felizes...
Isso são os contos de encantar.
Meu local de eleição era mesmo ao teu lado...
Mas tudo muda!
Regressei à aldeia...
Já não havia a minha alcateia!
Tudo mudou...
A lua vestiu-se de preto para me receber,
E na sua escuridão encontrei-me...
Sem recurso à luz, entrego-me no teu abraço...
E por instantes estive bem.
Fechei os olhos finalmente sem te ver a ti apesar de secretamente ainda o desejar...
Sou pouco do que já fui!
Mas serei novamente...
Hoje, já procurei o meu passado com vontade...
Hoje, já arrisquei tudo e fiquei sem nada...
Mas hoje, também já comecei a pavimentar a estrada onde vou caminhar...
E por muito que sinta, escolho não mudar...

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I feel the ropes of the ship tightening as the wind picks up... The boards crank and moan as if they had something to say, As the silence ar...