Não sei porquê...
Mas continuas a gritar aqui dentro...
Não percebo bem o quê...
Mas sinto-me no centro.
As palavras como adagas...
Perfuram e rasgam...
Tuas mãos agitadas,
Fogem e não param.
As coisas amontoam-se...
E os temas crescem...
E tuas palavras ecoam...
Enquanto sentimentos padecem...
Não te quero sequer contrariar,
Mas não queria ficar calado...
Pois enquanto me estás a atacar,
Deixas tudo o resto sossegado.
Vou falar baixinho,
Pode ser que me tentes ouvir...
Não posso nem de fininho,
Deixar que me vejas a rir.
Já aprendi a deixar de me exaltar,
Mesmo perante a injustiça...
E um dia hás-de para trás olhar,
E destes dias sentir cobiça.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
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