É sempre de mares revoltos que se lembra o marinheiro...
Raras, se algumas as há, são as memórias de calmo mar e bonança...
Mas das tempestades que varreram o navio, ou a que afundou o primeiro...
Essas sim, ninguém esquece... onde se abandonou a esperança.
Quando os barris galopavam pelo convés do navio,
E as velas gritavam com o vento a rasgá-las...
De como tudo ficou silencioso e vazio,
Ou do quanto corremos para apanhá-las.
De quando vimos o brilho dos olhos das sereias,
A convidarem-nos para as profundezas...
Estávamos também rodeados de baleias,
E prometeram-nos muitas riquezas.
Mas com doces tesouros em casa,
Fortes marinheiros com vontade de ferro...
Manifestam com um valente berro,
Onde é mesmo o seu lugar e recusam.
Pois mesmo sem debaixo de água respirar...
Um marinheiro conhece sua casa e lhe chama de mar.
Mas sem a familia que em terra deixou,
Nunca seria completo, nunca seria quem sou...
sábado, 24 de janeiro de 2015
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