segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Se já houve tanto que se passou,
Se o ontem não volta a ser...
Corro para o amanhã...
Com medo de também esse se perder...
Não vou levar a mobilia antes criada,
Pois há-de me atrasar e relembrar o passado.
Quando o que quero mesmo é uma nova entrada,
E não quero percorrer a mesma estrada.

Hoje o dia amanheceu como já vem sido normal,
Acordei com a recordação, não do teu sorriso, brutal...
Hoje veio-me outra pessoa à mente ainda pouco desperta,
Pessoa essa que me veio sussurrar ao ouvido, "Tenho a porta aberta."

A tristeza que antes me assolava,
Deixou um pouco de si para trás...
E este meu vulcão já sem fogo nem lava,
Revelou-se não como quando tinha 15 em são brás...
Veio devagarinho e lentamente a ascender,
E em ferro e fogo começou a arder.

Mesmo quando olhava para o céu nublado e escuro,
Recordava-me desse teu sorriso...
E depressa tudo o que me parecia frio, impiedoso e duro,
Se revelava nessa luz, que depressa tudo tornava difuso...

Ainda hoje me lembro dessa ternura,
Que surgia por impeto próprio quando me recordava de ti,
Privilégios de uma imatura doçura,
Que escondeu de ti sentimentos, mas não de mim.

Já não procuro nem desejo,
Nem o teu abraço, nem sequer um beijo...
Hoje valho apenas por mim,
Acredito no que escrevo enfim!
Hoje a vida é só minha...
Neste percurso em que foste uma espinha...
Não mais irei revelar este sentimento,
Nem mostrar o que sinto como um jumento.
Sou eu e não quero nada mais,
Pois para mim, começo a surgir leão nos animais.
E animais outros há deles altercados em espécies,
Mas nunca mais me perderei em intempéries.

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