quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Já não espero por ti...
Ainda te procuro nas faces das outras pessoas,
Inconscientemente claro está...
Mas já não desacelero a passada...
O olhar fica perdido por vezes,
Em olhares complexos de cor variada.
Mas assim que há o assumir que não és tu,
O interesse fugiu, desapareceu, partiu...
A ansiedade das saudades,
É o que me faz procurar-te...
Já nem é tanto por ter gostado de ti,
Mas sim por ter sentido plenitude,
Em alguma parte do nosso amor.
Por ter sentido algo maior,
Como se tivesse de novo na juventude.
Pensei que esse impacto que tiveste em mim,
Fosse o amor em estalo marcado numa cara distraída.
Depressa descobri que era eu que desejava,
Uma história de amor que não acabava...
E foi o que a fundo por nós assumi,
Sem olhar a custos, despesas ou consequências.
Fiquei no final apenas eu, sozinho, assim...
A questionar as minhas questões ou demências.
A questionar a minha falta de visão,
Ou onde terminei a nossa interacção...

Já começa a cansar teres marcado tanto,
O tempo teima em não passar...
Por vezes ainda acordo num pranto,
Por lembrar que não sei o que é amar.
Por pensar que já conheço,
Quem me faz bem à alma...
Mas agora já não esqueço,
Mesmo que perca a calma...
Que a vida no final começa e acaba em mim...
E perco eu tempo a ficar assim?

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