quinta-feira, 12 de julho de 2018

Vamos levantar paredes....

A faca já entrou,
Já não dá para voltar atrás...
Como se esperava já sangrou,
Pois é isso que o amor faz...

Agora aqui deitado no chão,
Ainda na esperança que voltes...
Apanho os pedaços do meu coração,
Que ainda palpitam soltos.

Mas o peito está escancarado,
Cada vez que os encaixo...
Cai cada um para o seu lado.
Nem consigo sair daqui de baixo.

O chão é apenas uma passagem,
Já que a respiração há-de parar...
E começo a ver a miragem,
Da porta abrir e tu a chegar...

Que venha já o final que anseio...
Apressa-te tempo para me levares.
Pois não houve pessoa que veio,
Impedir a faca que meti de me matares...

Sei que te culpo a ti,
E eu fico isente de culpa pensas tu.
Verdade foi tudo o que eu senti,
Nunca me disfarcei ao contrário de ti, estava nu.

Anulei quem era em milhões de maneiras,
Aceitei programas de família que não eram meus...
Gastei mais que tu em todas estas feiras,
Fui a todas, até as de família dos teus.

Devido ao que se passou,
Criei um muro bem mais grosso à minha volta...
Sei que o tempo não voltou,
Mas não entra mais nenhuma à solta!

Que se foda o amor e a cumplicidade,
Para quê abrir as portas de casa para entrar violência?
Já não tenho paciência nem vontade...
Prefiro que o amor mantenha a sua ausência!


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