quinta-feira, 12 de julho de 2018

Já chega de dar...

Sou alma que não conhece o mal,
Sou reflexo da falta de importância material...
Dou sem pensar sequer em receber,
Mas não sei porquê não consigo esquecer...
Como de livre vontade dou e gosto de dar,
Há algumas pessoas a aproveitar...
Eu, idiota por acreditar na bondade,
Não procuro razões nem justificações de idade.
Abria o peito e deixava quem amava servir-se,
Até que houve alguém que tirou tudo e ficou a rir-se...
O peito já não anda cheio,
Sem valor, sem vontade, sinto-me feio...
Contrario o que a minha mente me obriga...
Essa tua imagem que me fustiga.
E levanto a cabeça sem direcção...
Obrigando-me a fugir do chão.
Dizem que não tenho desejos grandes,
Mas eu tenho desejos gigantes...
Enquanto vocês querem é viajar e gastar,
Sou ser que procuro amar e acarinhar.
O conhecimento do sitio onde estamos é relevante,
Mas se apenas vivemos uma vez, amar é mais importante!
Acordar com um sonho, olhar para o lado e sorrir,
Pois não há nada melhor na vida que o que está para vir...
Aquele amor que dói na distância,
Ou apenas sentir numa hora a tua ausência...
Vou continuar a tentar melhorar no interior,
Agora que cada vez mais conheço a dor...
É na volta o que preciso, abraçar esta dor e ensinar,
Que a vida não é para amar...

Sem comentários:

Enviar um comentário

I feel the ropes of the ship tightening as the wind picks up... The boards crank and moan as if they had something to say, As the silence ar...