domingo, 20 de março de 2016

Ciclos... a olhar para o passado, para poder prever o futuro.

O dia amanheceu e os meus olhos semicerrados viram os primeiros vislumbres de luz a passarem pelos buracos da persiana mal fechada enquanto divagava nos teus olhos. O teu vulto não se fez visível e tu não estavas lá... a lembrança de tal passado distante deixou-me incomodado, agitado, saudoso...
Como produto do meu passado, olho para trás e contabilizo os sorrisos, as más disposições, o amor que não permitita o afastamento e as caricias que constantemente se entregavam.

Tenho saudades de me sentir assim... quase completo... quase inteiro...

Tenho vindo a aprender que não se pode acelerar os ciclos da vida. Num dia podemos estar na crista da onda como no dia a seguir presos no inside enquanto caem sets infindáveis de ondas. Não serve de nada remar com mais força, fazer os bicos de pato bem fundos... se forçares a tua saída não vais ter o mesmo "commitment" para apanhar a tua onda como deve ser e mesmo que a apanhes, não a vais aproveitar e disfrutar como se tivesses sentado no outside à espera dela e ela te tivesse escolhido. A vida é um puzzle complicado onde uma peça pode-lhe dar significado e retirar-lhe o brilho. A paciência é peça constante dessa equação e sendo uma virtude, apenas se pode aprender dela...

Assim vou-me deixando andar nesta tempestade de acontecimentos, levando a minha jangada onde o mar me deixar. À deriva pode ser que acabe num porto seguro ou a conhecer os cantos do Oceano, nesta jangada sozinho.

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I feel the ropes of the ship tightening as the wind picks up... The boards crank and moan as if they had something to say, As the silence ar...