sábado, 12 de março de 2016

Pouco há a dizer...
Posso dizer como me sinto... mas que propósito vai isso servir, penso enquanto lanço o copo amarelado pelo seu conteúdo à boca. Sou algo deturpado pelo fumo e alcóol, em que fujo ao que posso ser, em que me contento e ao mesmo tempo me condeno. Sou produto do que se espera de mim no mais brilhante contraste do que poderia ter sido salvo todas essas pressões e ambições que não são minhas. Mas sou! E neste manto cinzento em que envolvo a minha vida muitas vezes perco direcção, divago nas decisões até estas expirarem e derivo num estado de complacência em que nada parece acontecer mas em que essa mortalidade de eventos me nutre de um carinho que não tenho de mais nada senão a pintura, a escrita ou o surf. Uma calma e paz de espirito que normalmente me define e caracteriza... ou seja, devo ser para além do produto de tudo o que foi anteriormente dito produto também desses elementos e da sua falta. É intrigante o quanto se pode presumir ou aprender... num copo de whisky.

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