Tinha já escrito mais de mil palavras... quando de repente... puffff... não sei que atalho terei utilizado mas tudo o que tinha escrito até então não estava lá!
Comecei a escrever eram ainda perto das 05:40 e são neste momento 07:12, levei cerca de 10 minutos para decidir se voltaria a escrever ou não e se sim, se seria pelo mesmo tópico...
Faço referência à pontuação na vida... agora desculpem mas os floriados ficaram no outro texto... referências a Saramago e faltas de virgulas em situações levaram-me a olhar para este texto com uma crueza, um desdém amargo de insatisfação e ofensa, de perjurio e indignação... falava da necessidade da pontuação na nossa vida, do saber meter uma virgula e não nos apressarmos nos pontos finais, no saber meter pontos finais e de exclamação quando estavamos já habituados às reticências... há, como em tudo na vida, que ter equilibrio! Esse equilibrio, apesar de frágil e feito por nós, assenta-se naquilo que esperamos de algumas pessoas da nossa vida, nas reacções esperadas dos que nos rodeiam, das expectativas em geral, que quando defraudadas, podem afectar de alguma forma o nosso fragil equilibrio...
Dizia também no meu texto, que fechar capitulos não é fácil... que aplicar pontos finais quando o que queremos mesmo é prolongar as reticências... não só não é fácil, como é bem penoso. A nostalgia e melancolia que este acto acarreta, entristece e por momentos, tudo o resto fica disforme e sem sabor.. numa deriva permanente de direcção e sentido... ir contro o que se deseja profundamente, apenas porque pensamos que agimos da melhor forma no futuro... assim como que nos mata a vontade, dilacera o desejo e nos retira a vontade de sorrir...
Mas fechar capitulos é isso mesmo, é a aceitação que assumimos que nada mais há a fazer que não tenha já sido feito, é o assumir da culpa da desistencia que praticamos... é a tristeza em personagem fisica... é a morte de uma pequena e infima parte de nós que poderia ter sido muito mais do que aquilo que foi...
http://youtu.be/KHytuO8xVkw
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
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Saudades das vírgulas mas sobretudo das reticências e escondo-me nos pontos finais porque encerrar capítulos, ainda que não saiba porquê tem que acarrretar estas contradições interiores... mas permanecem linhas em branco, que talvez nunca se escrevam mas que nunca serão escritas por mais ninguém... "cinderela"
ResponderEliminarNada melhor que entrar num novo ano a fechar capítulos e abrir outros...
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