segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Já não quero escrever!
Pois como adagas envenenadas,
Um simples raspão, mina este coração...

E para que sofrer de amor?
Quando tudo o que trás,
São promessas vãs, solidão e dor...

Escrever sobre isto então...
E a dor que se rasga no peito,
Com as recordações desse leito.

As palavras carregam-se de significado,
Mesmo não querendo mostrar seu peso,
Demonstram meu estado alterado,
E as feridas num coração antes ileso!

São elas que sempre se manterão inalteráveis,
Com o passar do tempo, nada mudará nesta folha.
A tinta esbater-se-á mas permanecem imutáveis,
Significado distinto para quem as colha...

Escorrem como se água fosse,
Neste riacho seco de amor...
E podem até parecer doce...
Não carregassem elas tanta dor...

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