segunda-feira, 24 de outubro de 2016

A injustiça continua a ser uma imagem presente na minha vida,
O passar dos dias trás uma sensação exponencial de desespero...terrores!
Instala-se de forma segura nesta sociedade falsa e ressentida,
E corrói os alicerces da moral e da educação, os sentimentos e os valores.

Há sempre aqueles que vingam em tal sociedade,
Pela primeira boa impressão, cara de sérios ou por se mostrarem prestáveis.
Não é bom saber que não há valor na experiência ou na idade,
E que não há sequer avaliação no trabalho mas sim em horas extra saudáveis.

Continuamos a correr atrás do dinheiro,
E a menosprezar o que realmente importa.
Já não somos o povo que éramos, verdadeiro!
Somos miséria num luxo que não se comporta.

O valor do salário cada vez mais parece o petróleo,
Quanto mais o petróleo baixa, mais aumenta o imposto.
Mantém-se esta flutuação para lixar o Zé Povinho,
Que não tem outra escolha senão aceitar.

Ainda assim andamos com os gadgets da ultima moda,
Nem que para isso tenhamos de, como um rato, correr na roda...
Girar o motor do capitalismo e mostrar,
Que também eu na vida estou a vingar...

Mas o que estou é mesmo a negar a minha essência,
Os valores que me foram incutidos e acarinhados.
O que quero mesmo do capitalismo é a sua ausência,
E ver os valores de antigamente restaurados.

Talvez seja mesmo eu que nego a existência da injustiça no antigamente...
Apesar das inúmeras provas de era essa a realidade.
Mas também era época da honra e do sentimento de altruísmo presente,
E que importava o sentimento de uma humanidade.

Em que o justo ao menos poderia enfrentar o mal,
Levantar aço temperado e bradar o sentimento que lhe dá ímpeto...
Já hoje, não há forma de o fazer e se o conseguissem fazer seria algo anormal.
Pois nada somos mais que um rebanho em caminho estreito.

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