Mas depressa me dei conta que a cama não era nossa.
Que o quarto onde estava era tudo menos normal,
E que me doía tudo como se levasse grande coça.
Maior era a dor de não te ver por perto,
Mas os músculos ardiam como se tivesse corrido...
E alma ausente deste corpo partido,
Mostraram a tua partida como certo.
Levantei-me para contrariar,
O corpo que ainda busca teu cheiro.
E decidi ir correr para variar,
Naquela corrida perto do ribeiro.
Aumentei o som da música,
Corri o mais que pude...
Deixei a alma na partida,
A desejar que algo mude.
Quando voltei para a apanhar,
Desgastado de ir a fugir...
Já a encontrei a contemplar,
O futuro e tudo o que possa vir.
Com um sorriso na cara,
Um brilho no olhar...
Uma calma que ninguém pára,
E muita vontade de agarrar.
Vou tentar repudiar este cheiro,
Que me remete para saudade e tristeza...
É este meu sentimento verdadeiro,
E não o digo com nenhuma leveza.
Gostava de sentir que não houve mais para dar,
Mas houve e muito ficou por dizer...
Mais uma vez ficou provado que não sei amar,
Mas ainda tenho tempo para aprender.
Por ora fico aqui indisponível,
Sem desejar que nada aconteça...
Serei eu de baixo nível?
Ou amar é história que recomeça?
Se assim é haverá alguém específico?
Ou isto é tipo a lotaria?
Como disse aqui fico...?
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