Fui correr,
Fui correr para expirar,
Para inspirar novos começos...
E mudar...
Temos receio da mudança...
Como povo ignorante.
Pois como o tempo avança,
Há pessoas mais avante...
Mas ela vem de qualquer maneira,
Umas vezes forte outras nem tanto.
Como uma brincadeira,
Adaptamo-nos sem alento...
De que vai ser assim sempre,
Sem controle algum...
E mesmo que alma tente,
Não resta nem dois nem um,
Tudo o que foi vai voltar,
Quando menos esperarmos...
Bocas de sino agora estão a faltar,
Aposto que ainda as vemos.
Mas os amores são para destruir,
Senão são eles que nos minam o futuro,
Avançar a olhar para um passado a ruir...?
Não vale a pena, serás impuro!
Viramos o interior para fora,
Mudamos com intenção...
Mas depois metade vai-se embora,
Ficam os pedaços no chão...
Como um caco sinto-me sem propósito,
Quando já fui Uno...
E assim agora deposito...
Fé nessa mudança seu gatuno.
Foste a força da desilusão,
Por conseguires tal afastamento.
Fiquei a segurar o coração na mão,
E perpetua-se na minha mente esse momento.
sexta-feira, 13 de julho de 2018
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