A tinta começa a ficar velha,
E o desejo de renovar aparece...
Quase como o valor a uma bela sela,
É um reviver que não se esquece.
Desejo por vezes imposto pelas condições,
Em paredes que precisam de obras profundas...
Agitam-se assim as fundações,
Desta casa de boas famílias oriundas.
E a tinta aplicada sobre a velha cor,
Que na primeira camada nem desaparece.
Foi na cor daquele pano de fundo o meu amor,
Tantas vezes mostrado o meu interesse.
Até pensar nisso magoa e aflige,
Mas a mudança vai chegar.
Pior sou eu com a dor que a mim inflijo,
Por ainda nisto perder tempo e pensar.
Fosse só eu a morar nesta minha casa,
Mas carrego cá dentro tantos outros que merecem o sorriso.
Não me sinto jovem em quente brasa,
Mas de ver o bem nos outros preciso.
Por isso vou correr agora novamente,
Com a musica que me enche o peito quando aperta...
Correrei até não te sentir mais presente,
Nem que me leve a parte incerta.
domingo, 29 de julho de 2018
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