Olho para o papel com medo que as letras não façam sentido quando lidas por outra pessoa, mas avanço intrépido por este oceano de emoções com que lido no meu âmago... será mais uma tempestade que assola esta embarcação, não será a ultima!
Na incerteza do querer esconde-se o medo,
Esse vil bandido que assombra sonhos e esconde ambições,
É certeza assumida do fracasso de tantos.
Nunca aparece senão no seu canto escuro...
E infecta tudo a que chega até emoções...
Procura a escuridão nestes cantos,
E deixa teu coração frio e duro.
Fazendo-te acreditar que não mereces mais o amor.
Como animal domesticado que é devolvido à floresta,
Timidamente começo a olhar, a sentir...
Mas depressa me escondo dos olhos de outros,
Ao contemplar quão relevante é para mim não ter nada,
E o quão relevante é para os outros terem a sensação de posse...
Volto a me sentir pequeno, insignificante e vazio,
Sucumbo nas expectativas que supostamente não acredito,
E procuro piedade no falar das pessoas relevantes.
Não a quero...
Acho que procuro uma empatia de sorriso,
Uma palmada nas costas como que dizendo,
Até isso um dia passa...
Tudo passa...
Até a objectividade da vida passa...
O foco ou a determinação...
E quão mais certo de quem és,
Menos volátil serás.
Anseio essa sensação...
De me aceitar em plenitude e graça,
Com defeitos e qualidades,
Com medos e coragem...
De corpo em manifesto para as intempéries da vida,
Sem vacilar o olhar perante a montanha a escalar...
O deserto que se estende é apenas o areal até casa...
Que venha o mar e a sua borrasca que cá estarei,
Pois eu fui feito na tempestade e na tempestade viverei...
Venham os ventos também que lhes mostrarei quem comanda o leme do destino nesta viagem.
Podem ranger todas as tábuas da embarcação mas ficará firme,
No desígnio que lhe atribuí, na direcção que eu escolhi.
Ou isso, ficarei em casa de qualquer forma.
quinta-feira, 2 de janeiro de 2020
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