segunda-feira, 9 de maio de 2016

Vens e bates suavemente
No meu casco...
Essa tua água ardente,
Que não cabe em nenhum frasco.

Vens e trazes a corrente,
Fria e cheia de vida.
Com a minha mão no teu ventre,
Dessa água despida.

Vem que já vens tarde,
Pois é por ti que anseio.
Nesta alma que assim arde,
A tua temperatura ainda vai a meio.

Será que ainda vens ou estás a chegar?
E desculpa as minhas perguntas de seguida...
É porque a tua ausência está-me a custar,
Quase que parece uma despedida...

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