terça-feira, 10 de maio de 2016

Na intimidade dos sonhos não há represálias e os desejos são manifestados sem filtros, sem premissas escondidas e sem subterfúgios. Nesses desejos traduzidos em imagens e sorrisos, em abraços e beijos divididos somos uno connosco e trazemos o que de mais instintivo temos ao de cima.
Os sonhos de cada um são na realidade tão dúbios como relativos e a forma de os interpretarmos é tudo menos uma ciência exacta...
Mas se os sonhos é tudo o que temos para matar o silêncio e calar o tempo no seu infernal tic toc então não são os sonhos que nos alimentam os desejos e os criam?
Será que sub-conscientemente o cérebro nos indica uma direcção que não é aquela que seguiríamos naturalmente...?

Sei que agora ando de mãos dadas com os meus sonhos que se repetem num ciclo estranho de déja-vu... ao contrário do passado, anseio os sonhos e aguardo a sua repetição já que a vida neste decorrer de circunstâncias estranhas não é mais que uma sucessão de acontecimentos, uns melhores que outros... vou-me embalar no ritmo da vida ao invés de tentar acompanhá-la ou de a tentar ultrapassar...

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