Corres num prado verdejante,
Cosmos que te mira de cima.
E assim entras de rompante,
Num coração que muito estima.
Em puro contraste com o verde,
E os braços caidos a teu lado.
Neste sentimento que já cede,
É contigo que quero sentir o fado.
É condição para abraçar.
Numa página que já foi branca.
É imperativo com força te agarrar,
Para entenderes que a sensação é franca!
Mas o tempo apenas mostra um sentido.
No passado já ninguém vive.
E o futuro passa depressa, corrido...
Quando penso no que já tive.
Mas de que vale ter ou deixar de ter?
Não é assim que vemos o que precisamos...
E por muito que o queiramos esconder,
Temos de ser verdadeiros com quem amamos.
Hoje, já não te procuro...
Sei que um dia hás-de me encontrar.
Posso até ser um pouco duro...
Mas aprendi a por ti esperar.
De que vale entregar-nos a alguém?
Quando desconfiamos que não vai resultar...
Passa o tempo e depressa porém...
Chega-se à conclusão, que não basta amar.
domingo, 23 de março de 2014
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