As nuvens acumularam-se nesta presença,
E a luz deixou de brilhar por algum tempo.
Ao tanto que já foi lida a minha sentença,
Que já merecia algum pequeno alento.
Foi com um sopro de vontade,
Que mudei a minha envolvente...
Recuperei a alegria, que saudade,
Meti energia neste corpo dormente.
As ondas do mar lavaram,
Toda esta alma perturbada.
Duas pessoas que se amaram,
E sigo sozinho nesta cruzada.
Se os caminhos que traço hoje,
São pelas escolhas que tenho feito.
Então é esse destino longe,
Onde possa encontrar meu leito.
Passo ante passo avanço,
Neste meu caminho que escolho.
É em novo destino que me lanço.
E vejo-o pelo canto do olho.
Não há dúvida alguma em mim,
Que possa escolher as opções.
É a forma de sentir por fim,
Que valorizo as minhas emoções.
Sei que me vens ler...
Mesmo que o silêncio seja a tua forma de falar.
Vou continuar a escrever...
Mas já deixei de te aguardar.
Agora que só consigo olhar para o horizonte,
Não consigo enxergar onde coloco meu pé.
É mais difícil porque sozinho escalo este monte,
Seguramente que não vou voltar ou dar de ré.
Já cheiro o topo com todas as suas flores,
Levanto uma perna de cada vez, cheia de dores.
E já daqui consigo bem enxergar,
Um novo augúrio, o sol a brilhar.
Ainda lá atrás vens devagarinho,
Fiel companheiro como estás velhinho.
Hás-de me ajudar sempre nestas travessias,
Ou não estivéssemos ambos à espera de melhores dias.
Pouco a pouco vamos recuperando,
O que decisões passadas nos roubaram.
É pelo que nos vamos lembrando,
E pelas razões que terminaram.
Importante será lembrar,
Tudo o que se passou e viveu.
Não será isso o amar,
Que por tanto se sofreu?
Guardar as pequenas recordações,
Os sorrisos e gargalhadas...
Esquecer de vez as discussões,
Lembrar as tardes encharcadas.
sábado, 30 de janeiro de 2016
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