sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Pai...

Hoje, como sempre que cá venho...
Fui ler-te e perdi o amor à água salgada...
Hoje, posso dizer que tenho...
Uma saudade deveras exacerbada.

Foste tu que me ensinaste a cuidar,
E me ensinaste tantas outras coisas...
Como em vida as pessoas apreciar,
Ou como construir minhas prosas.

Foste e sempre serás meu protector,
E apesar de por isso teres lutado,
Sei que tomaste em ti tamanha dor...
Que te moldou um bom bocado.

A distância a que a vida obrigou,
Foi mais que desnecessária, foi cruel.
Fez de mim grande parte de quem sou,
Sou o teu filho que te adora, o Miguel.

Como te digo meu coração pesa,
Quando não te posso ver ou consultar...
Até o teu corpo a cinza leva,
Custa não te poder visitar.

Mas carrego-te sempre comigo,
Nos valores, genética e moral...
Vais no meu coração bem protegido,
Até já tatuei o teu animal.








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