quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Viagem ao mais intimo...

Preferia não lhe chamar um regresso... mas se a ultima vez que publiquei alguma coisa aqui foi em Novembro de 2012... como poderei não o fazer...?

Como sempre o papel e esta tela branca que se recorta com contornos negros, curvas e traços que que simbolizam algo, sempre cá esteve para mim... mas como tantas coisas... foi desprezado e a sua importância renegada por momentos divididos com alguém... mas perdura aqui... à minha espera... ao contrário de tantas outras coisas que perdemos quando nos afastamos, o meu doce confidente todos os dias me acompanha ultimamente... todos os dias me tenta confortar por me ouvir e nada dizer... todos os dias me sente a ausência e com medo de pressionar as minhas palavras ao exilio se cala e me espera... não é alguém que me conforte com palavras, mas também... as palavras magoam, as pessoas magoam, o silêncio magoa... tudo magoa quando as alterações se processam... prefiro que me ouças... mesmo que nada digas meu amigo.

O vazio que se espalha nas minhas paredes em casa é sinónimo do meu âmago, espelho da minha alma e carácter constante da minha cara... as paredes que já foram de um amarelo alegre e uma pintura mexicana, que já tiveram muitos quadros pendurados e vida dos mesmos... foram pintadas de uma cor neutra que nada tem a ver comigo... foram pintadas não por minha causa... e os quadros retirados...

Os sorrisos que já brotaram milhares de vezes, refundem-se em esgares e pequenas alterações de um rosto rigído, frio e hoje, indiferente à maior parte dos estímulos. Mas até isso terá um fim... e esse fim já esteve mais longe.

Hoje vou pendurar os quadros da minha vida, aqueles que pintei com gestos decididos e que marcaram o percurso que fiz até hoje... Hoje, aquela cor luminosa vai-se transformar em moldura de emoções, em tela pintada com o passado, em alma cheia...
Sei que as paredes já estiveram alvas... incólumes... mas já não estarão amanhã... pois decidido, preciso de preencher o que de mais importante tenho... preciso de dar aquele passo que comanda a alma num impulso alegre, determinado e continuo. E assim o farei.... :-)

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I feel the ropes of the ship tightening as the wind picks up... The boards crank and moan as if they had something to say, As the silence ar...