sábado, 30 de agosto de 2014

Trabalhar... em que ritmo e onde?

O céu estava descoberto...
Num dia menos normal,
E eu de peito aberto,
Desconsiderava o trivial.
Mas colhendo as memórias,
Que criámos e sentimos...
Vivemos as nossas histórias,
E neste olhar cumplice sorrimos.
Já sabemos que aí veem...
Os ventos da mudança constante.
Mas não sabendo o que teem,
Nesse percurso erratico e divagante...
Existe certo receio que se revela,
Como olhos escondidos em armários...
Que seja reflectido na minha vela,
Ou perdido nesses otários.
Que venha quem vier...
Mesmo que seja em gigantes tumultos,
Pois de que serve viver,
Se não se responder a insultos?
Somos gente de sangue vivo,
Que trabalha na labuta árdua...
E ganhamos o respeito no suor, não altivo.
Pois partimos de rasa tábua.
Mas que não vos sinta no meu caminho...
Pois não o fiz para vos encarar...
Sou doce gigante brandinho,
Mas não me vão querer ver a transformar.
E se em parte integrante de mim vos sentir,
Posso garantir que me vão ver de perto...
E resolverei assim,
Algo que sempre deveria ter sido certo...

domingo, 17 de agosto de 2014

Já passa do meio do verão...
E mesmo assim o calor não regride...
Custa-me sentir esta sensação...
Dos kms que não me permite.

Alcatrão envenenado,
Que me afastas e consomes...
Aqui permaneço alterado...
Uma sombra do que fomos...

Mas que melhor invenção,
Se é que existe, que a memória?
Onde seguro momento em emoção,
E pormenores recorrentes de história.

Nada poderá suplantar,
Essa memória que ficou gravada...
Desde que não se possa olvidar,
A luz da alvorada...

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Os segundos arrastam-se como em tantas coisas que não temos vontade de fazer...
A disposição não melhora, talvez por te procurar em cada virar de cara, em cada sala preenchida...
O aperto comprime-me a capacidade de tomar ar, mas a vontade é ir ter contigo a correr...
E nesta temperatura doida ao sol, não consigo ver a minha vontade concedida...

Tão perto mas no entanto, tão longe... não te vejo, mas sinto-te todas as noites que os olhos fecho,
Quando cerro as portas do sentido da visão... parece que se abrem outras vias... as do...
E continuo a amaldiçoar os minutos, as horas, a noite, os dias... troco tudo por um beijo!
Pois não quero nunca resignar-me a esta distância, a não ter teu beijo ou a tal ficar habituado...

A casa essa já nem se reconhece... no caos organizado em que se encontra...
Perco vontade de tudo fazer numa displacência que não reconheço em mim...
Até o giga reclama comigo em forma que me surpreende e confronta,
Serei eu que tenho de encontrar a coragem de mudar por fim?

I feel the ropes of the ship tightening as the wind picks up... The boards crank and moan as if they had something to say, As the silence ar...